Organizador minimiza ameaça de Ecclestone de que não terá GP do Brasil em 2017. Mas “apostaria que vai acontecer”

Promotor do GP do Brasil, Tamas Rohonyi minimizou as declarações de Bernie Ecclestone sobre o futuro da prova em Interlagos. Mas admitiu que o evento brasileiro vai fechar o ano no prejuízo e que a previsão é de uma perda ainda maior em 2017

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Em que pese todo o trabalho realizado em Interlagos nos últimos anos e as reformas que ainda estão programadas, o futuro do GP do Brasil segue cercado de incertezas. E isso começa já pelo calendário da FIA, a Federação Internacional de Automobilismo, que foi divulgado em setembro. Naquele documento, a etapa no circuito paulistano veio acompanhada de um incômodo asterisco. Ou seja, a prova ainda carece de confirmação.

 
O que se sabe é que o contrato entre os promotores da corrida brasileira e a F1, no papel da FOM, a empresa que cuida de toda a parte comercial do Mundial e dos direitos de imagens, vai até 2020. Mas nem isso é uma garantia total de que a prova do ano que vem vai acontecer de fato. A questão toda se resume a um só ponto: dinheiro.
 
O GP do Brasil está no vermelho. E quem confirma é o próprio organizador da corrida, Tamas Rohonyi. Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, às vésperas da prova em Interlagos, admitiu que há um prejuízo “na casa de US$ 3 a 4 milhões” neste ano – algo entre R$ 10 e 13 milhões. E que a previsão para o ano que vem ultrapassa bem essas cifras. Daí a preocupação com o futuro do maior evento do esporte a motor no país.
 
Questionado sobre o asterisco que surgiu na lista da FIA, Rohonyi disse não ter ideia da razão para a incerteza. Mas reconhece a apreensão da F1 quanto à saúde financeira da corrida. “Neste ano, nós vamos ter um prejuízo na casa de US$ 3 a 4 milhões e a previsão para o ano que vem é a cifra maior, na casa de US$ 30 milhões (cerca de R$ 100 mi). E isso talvez seja a preocupação de [Bernie] Ecclestone. Se nós não conseguirmos trazer de volta os patrocinadores que neste ano, por vários motivos, não apareceram, aí a FOM (Formula One Management) tem de cobrir esse buraco”, explicou.
GP do Brasil ainda não foi confirmado pela FIA (Foto: Mercedes)

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O evento em São Paulo, que já está em sua 45ª edição, perdeu dois importantes patrocinadores: Petrobras e Shell. A saída das gigantes petrolíferas “foi uma pancada feia”, segundo Tamas. “No caso da Petrobras é compreensível. A empresa teve um prejuízo imenso. Mas acho muito difícil que uma companhia que venda produtos para automobilistas, para gente da área de motor, deixe de comparecer e participar do maior evento do esporte a motor no país. Ou seja, é muito mais interesse para a Petrobras estar na F1 do que no Rock in Rio, por exemplo. Eles vendem gasolina, afinal de contas. No caso da Shell é um pouco diferente. Houve uma mudança de estratégia, com a entrada da Raízen”. 

 
E as indefinições ainda são reforçadas pelas recorrentes declarações de Bernie Ecclestone, o homem forte da F1. O britânico já colocou em dúvida a realização da prova em 2017 mais de uma vez. E, em Interlagos, o inglês chegou a dizer ao jornal ‘O Estado de S.Paulo’ que “não apostaria meu dinheiro nisso”, ao responder sobre a etapa da próximo ano.
 
O GRANDE PRÊMIO também quis saber do promotor a opinião sobre os seguidos comentários e ameaças do manda-chuva do campeonato. “Antes de mais nada, você precisa conhecer a linguagem de Bernie Ecclestone. Quando ele diz que não apostaria, ele não quer dizer nada. Agora, se ele disser: não vou fazer, aí é outra coisa. Mas só 'não apostaria' não quer dizer nada. Nós temos um contrato até 2020”, lembrou.

Rohonyi, no entanto, reconheceu que as dificuldades financeiras pesam neste momento. “Não são ameaças [os comentários de Ecclestone]. Ele falou a verdade. Nós precisamos saber como vamos fazer. Nós temos um contrato e nós vamos ter de correr, mas como a gente faz com esse dinheiro? Estamos conversamos”, falou. 

 
A corrida acontece no ano que vem? “Eu apostaria que vai acontecer", afirmou Tamas.  
Bernie Ecclestone (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
A palavra de Bernie
 
O GP ainda ouviu Ecclestone. O dirigente-mor da F1 reiterou que ainda não há nada definido. Questionado sobre o asterisco que acompanha a etapa no calendário de 2017, Ecclestone respondeu: “Não está confirmado porque ainda não tomamos uma decisão quanto a isso. Temos de esperar. É só o que eu posso dizer no momento.”
 
O britânico de 86 anos também falou sobre o autódromo em si. Uma das grandes queixas da F1 quanto à pista paulistana dizia respeito à estrutura. Inclusive, a exigência de uma reforma sempre esteve atrelada à continuidade da corrida por aqui. Agora, depois de passar por uma extensa reforma, que incluiu o asfalto novo, ampliação do paddock e novos prédios de apoio, o esforço parece ter agradado ao chefão do Mundial.  
 
“Eu gostei de tudo que foi feito aqui [no autódromo]. Estou satisfeito. O circuito sempre foi bom, agradável, e agora está ainda melhor com a nova estrutura, os  novos prédios. Muito bom, de fato”, disse o chefão da F1.
 
Por fim, Ecclestone, que também tem negócios no Brasil, como uma fazenda de café no interior de São Paulo, disse que, apesar de tudo, o país tem potencial. “Eu acho que, neste momento, o Brasil tem um monte de coisas a serem feitas. O país passa por momentos difíceis e sempre esteve marcado por problemas de corrupção e coisas assim, mas acho que o Brasil é um país de grande potencial. E tem um grande futuro pela frente. Vamos ver o que acontece”, concluiu.
 
O GRANDE PRÊMIO cobre 'in loco' o GP do Brasil de F1 com Flavio Gomes, Evelyn Guimarães, Fernando Silva e Rodrigo Berton. A largada da 20ª e penúltima etapa da temporada 2016 acontece às 14h (horário brasileiro de verão) de domingo. Acompanhe o noticiário aqui.
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