Pérez critica Ocon, fala em incidente inaceitável em Baku e dispara: “Ele tem de entender as corridas”

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O insano GP do Azerbaijão ainda vai ecoar por muito tempo no mundo da F1. Além de toda a rivalidade entre Sebastian Vettel e Lewis Hamilton, que eclodiu depois da ‘briga de trânsito’ em Baku, a prova escancarou de vez a crise interna entre os pilotos da Force India. Sergio Pérez e Esteban Ocon, que já haviam se estranhado nas voltas finais do GP do Canadá, em junho, se tocaram durante uma das relargadas da prova azeri, com o francês encostando no carro de ‘Checo’, que levou a pior. Até hoje, Pérez lamenta por ter perdido a chance até de vencer a disputa.

 

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (6) no Red Bull Ring, palco do GP da Áustria neste fim de semana, Pérez foi questionado se a Force India precisa impor ordens de equipe para controlar os ânimos. E o mexicano foi categórico. “Não. Esteban simplesmente tem de entender o que significam as corridas, correr significa correr contra outro carro, não bater em outro carro”, disparou.

 

“Praticamente todos os companheiros de equipe do grid são livres para correr, obviamente com respeito ao outro carro e ao outro adversário”, continuou Pérez, que lembrou dos tempos que teve como companheiro de equipe Nico Hülkenberg. ‘Checo’ recordou que jamais teve qualquer problema com o alemão, também sempre muito competitivo na pista.

“Em quatro anos com Nico, nós estivemos livres para correr, tivemos grandes batalhas na pista, e a partir de quando Esteban entender o que significam as corridas, isso vai ficar claro”, afirmou.

 

Ao explicar sobre o que aconteceu na batida entre os dois no Azerbaijão, Pérez tentou encontrar os motivos que levaram o jovem Ocon, de apenas 20 anos, a tocar no seu carro durante um momento que lhe vinha sendo muito favorável. 

 

“Eu não sei se ele ficou com mais raiva com o que aconteceu no Canadá, mas o ponto de vista da equipe é que no Canadá nós éramos livres para correr. Defendi mina posição não tão duramente como eu fiz com Max Verstappen em Baku, por exemplo, tentei defender minha posição, o que qualquer piloto vai fazer”, disse.

 

“O que aconteceu em Baku foi totalmente inaceitável do ponto de vista da equipe, e esse foi o retorno que veio da equipe”, bradou. Pérez citou o posicionamento da equipe, que liberou a disputa entre seus pilotos, mas os advertiu ao lembrar que os interesses da equipe vêm em primeiro lugar.

 

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E Pérez continuou disparando sua metralhadora verbal contra Ocon. “Em toda a minha experiência que tive com companheiros de equipe, a disputa foi bastante intensa, mas nunca nessa medida, jamais batendo de forma desnecessária um com o outro. Eu dei espaço suficiente, ele já estava à frente, não havia necessidade de arruinar as nossas corridas, e é a equipe quem paga o preço. A equipe tem dito isso desde então e, para mim, não há muito mais a dizer”, concluiu.

 

O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e em TEMPO REAL todas as atividades do fim de semana do GP da Áustria por meio do novo livetiming.