Pérez revela que ficou perto de ser titular da Ferrari em 2014 e diz que breve passagem pela McLaren ‘manchou’ reputação na F1

Sergio Pérez foi um dos bons destaques da F1 no início da década correndo pela Sauber. O mexicano de Guadalajara, depois de dois ótimos anos pela equipe suíça, garantiu uma vaga na cobiçada McLaren. A chance em Woking acabou lhe tirando a oportunidade de correr pela Ferrari

Sergio Pérez tenta recomeçar sua jornada rumo a uma equipe de ponta na F1. O mexicano brilhou no começo da década, quando estreou na Sauber depois de fazer boas campanhas na GP2. Em 2012, ‘Checo’, hoje com 25 anos, teve uma performance brilhante ao colocar a equipe suíça no pódio em três oportunidades, ficando muito perto da vitória no GP da Malásia daquele ano. Tal desempenho lhe valeu uma chance de ouro: substituir Lewis Hamilton na McLaren. Mas foi justamente essa oportunidade que acabou fechando as portas para virar titular da Ferrari em 2014.

Pérez foi um dos pilotos forjados pela Academia de Pilotos da Ferrari. Nos tempos em que defendia a Sauber, ‘Checo’ era frequentemente apontado pela imprensa italiana como sucessor de Felipe Massa em Maranello. Mas aí, a surpreendente contratação de Hamilton pela Mercedes abriu uma vaga na McLaren, que logo foi buscar Pérez na Sauber. Mas o mexicano fracassou defendendo a equipe britânica. Seu melhor resultado em 2013 foi um quinto lugar no GP da Índia. Ao fim daquela temporada, Sergio foi dispensado.

À época, Sergio Pérez se disse chocado com a decisão da equipe inglesa (Foto: Getty Images)

Hoje, o piloto de Guadalajara dá sequência à carreira na Force India. Depois de um décimo lugar no Mundial do ano passado, chegando a um surpreendente pódio no Bahrein, Pérez tenta levar o time anglo-indiano ao quinto lugar dos Construtores em 2015. Mas as lembranças do passado ainda povoam sua mente, sobretudo pela chance não concretizada de defender a Ferrari.

Em entrevista nesta quinta-feira (20) em Spa-Francorchamps, Pérez falou que ficou muito perto de correr pela Ferrari.

“O relacionamento com eles ainda é bom. No passado eu fiquei muito perto de guiar para a equipe. Na F1 você nunca sabe o que pode acontecer”, revelou. “Muito perto. Em um determinado ponto, Stefano Domenicali me disse para começar as negociações para 2014, então em 2013 eu teria de ficar mais um ano na Sauber, e então, em seguida, iria para a Ferrari. Mas então, veio a oportunidade na McLaren”, disse.

Apesar de ter vivido uma passagem frustrante, ‘Checo’ não se arrepende de ter aceitado o desafio de correr pela McLaren. Mas acredita que a breve passagem por Woking acabou manchando sua reputação na F1.

“Não. Naquela época, a McLaren estava vencendo há muitos anos, então definitivamente era uma equipe para se estar. Mas descobri que não era a equipe correta e, obviamente, olhando para trás, isso acabou abalando um pouco minha reputação”, comentou. “Quando uma equipe de ponta se livra de você depois de um ano, isso prejudica muito sua reputação no esporte, mas acredito que, com os meus resultados no ano passado e nesse ano, se eu puder ter bons resultados, então posso ter uma chance de voltar a um time de ponta no futuro”, adicionou.

Caso Pérez tivesse sido alçado ao posto de titular da Ferrari, ele ocuparia a vaga que hoje pertence a Kimi Räikkönen. O finlandês foi confirmado na última quarta-feira pela lendária escuderia italiana e vai ficar pelo menos até o fim de 2016 em Maranello. Uma surpresa para o mexicano.

“Fiquei surpreso. A Ferrari quer alguma estabilidade em razão das muitas mudanças que eles fizeram no passado, e eles estão buscando por isso. Acho que eles têm grandes planos para o ano que vem, e acho que a temporada para Kimi tem sido de altos e baixos, ele vem tendo muito azar também. Foi uma pequena surpresa ver o noticiário ontem”, finalizou.

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