Piloto das sextas-feiras em 2015, Palmer fala em “bela mudança” e projeta mais agressividade como titular da Renault

Confirmado como titular da Renault ao lado de Kevin Magnussen, Jolyon Palmer disse que compreende bem o ponto de vista de Alan Permane, diretor de operações da equipe, que pediu mais agressividade ao britânico. O campeão da GP2 em 2014 só teve condições de mostrar seu potencial nas sextas-feiras de treinos livres, tendo de ser mais cauteloso para evitar danos ao carro do então titular da Lotus, Romain Grosjean

Em 2015, Jolyon Palmer viveu um ano absolutamente atípico para qualquer piloto de corrida. Acostumado a acelerar ao máximo, dividir curvas com seus oponentes e lutar por posição, o campeão da GP2 em 2014 teve de se acostumar com a vida de reserva, tendo a chance de guiar o carro aurinegro da Lotus em 13 treinos livres às sextas-feiras de GP. Mas a realidade do piloto vai ser bem diferente em 2016, uma vez que Palmer foi elevado ao posto de titular da Renault, que comprou a Lotus. Tal posição demanda mais agressividade ao piloto, concordando com o diretor de operações Alan Permane.
 
Recentemente, o engenheiro disse que Palmer tem talento suficiente para ser bem sucedido na F1, mas que precisa mostrar um pouco mais de arrojo. “Jolyon não teve muita chance de brilhar no ano passado”, disse o engenheiro em entrevista à revista inglesa 'Autosport'.
 
À mesma publicação, o dono do carro #30 colocou seu ponto de vista a respeito e disse que não poderia ser agressivo além da conta como reserva. Mas agora, como titular da Renault, sua expectativa é de mostrar na pista um desempenho semelhante ao da época em que se consagrou na GP2. Além disso, Palmer crê em uma mudança significativa ao estar na pista em todo o fim de semana e não mais apenas numa manhã de sexta-feira.
Jolyon Palmer acredita que vai ser mais agressivo na pista como titular da Renault em 2016 (Foto: Getty Images)
“Quando você guia um carro num treino livre, ele obviamente não é seu, você não fica perfeitamente confortável dentro dele, os ajustes não são para você e, se você bater, então você simplesmente destrói o fim de semana do teu companheiro de equipe. Então você não pode acelerar ao máximo e, se você cometer algum erro, então você vira um grande vilão”, justificou o piloto.
 
“Mas as coisas são muito diferentes quando você está numa sexta-feira sendo um piloto titular. Eu considerei seus comentários e não questiono seu ponto de vista, mas agora tem tudo para ser muito diferente neste ano, quando eu vou ter meu próprio carro e vou trabalhar para minha própria corrida”, comemorou.
 
No fim das contas, Jolyon até reconhece que poderia ter sido mais ousado, mas entende que foi melhor ter sido mais cauteloso nos treinos livres em que fez parte. Mas tudo deve ser diferente em 2016.
Esteban Ocon ao lado de Kevin Magnussen e Jolyon Palmer (Foto: Getty Images)
“Poderia ter assumido mais riscos, mas eu ainda estava acelerando o mais forte possível porque tinha de mostrar do que era capaz. Você não pode bater o carro, mas você tem 90 minutos para mostrar o que você pode fazer, e se você for muito cauteloso, então você não pode fazer nada. Estou ansioso para voltar a correr porque sei bem quando estava na GP2, não havia a menor preocupação em ser cauteloso”, disse o piloto, que mal pode esperar para estrear como titular da Renault.
 
“Estou ansioso para terminar aquela sessão e já me preparar para a próxima. Vai ser uma bela mudança”, finalizou o piloto, um dos estreantes na temporada 2016 do Mundial de F1.
 
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