Presidente da Ferrari admite atraso no projeto do carro de 2015 e espera que desenvolvimento dos motores compense

Sergio Marchionne revelou que a Ferrari começou tarde a desenhar o carro com o qual vai competir na temporada 2015, porém, com a liberação para o desenvolvimento dos motores durante o campeonato, recuperar terreno não será tão difícil

A liberação da FIA para que as unidades de força da F1 sejam desenvolvidas no decorrer do campeonato de 2015 deve compensar o começo tardio da Ferrari no projeto do carro deste ano, afirmou o presidente da marca italiana, Sergio Marchionne.

Falando no Salão do Automóvel de Detroit, Marchionne reconheceu que o projeto demorou para ter início, porém se disse tranquilo quanto às perspectivas de crescimento ao longo do ano.

Sergio Marchionne (Foto: Ferrari)

“Estamos começando a temporada um pouco tarde porque o design do novo carro começou tarde. Mas não temos que congelar o motor na primeira corrida, então será uma temporada bem interessante. Acho que o carro vai melhorar no decorrer do ano”, declarou o italiano.

A Ferrari vem de uma temporada péssima, a primeira sem vitórias em duas décadas. Foram apenas dois pódios conquistados por Fernando Alonso, e o time não passou do quarto lugar no Mundial de Construtores.

Uma das grandes deficiências do time foi o motor V6 turbo, que não mostrou ter a mesma potência do Mercedes. Atrás da marca alemã, a Ferrari forçou para conseguir a liberação do desenvolvimento ao longo do ano, e conseguiu a partir de uma brecha no regulamento.

Ou seja, dessa vez, ao contrário do ano passado, não é preciso ter um pacote pronto antes do GP da Austrália.

Marchionne ainda reiterou a confiança nos novos cabeças do time, Maurizio Arrivabene e James Allison, respectivamente, chefe, e diretor-técnico.

“Temos um novo cara, chefe de equipe, que esteve envolvido com as corridas por boa parte de sua vida profissional. E ele está bem atarefado agora. Temos um novo cara na parte técnica, Allison, que está assumindo essa área. Então temos a equipe”, elogiou.

O dirigente também tornou a defender a mudança radical que foi feita no fim do ano passado, com a saída de Luca di Montezemolo para sua entrada. “Eu acho que Luca fez um ótimo trabalho por 23 anos, mas não vencemos um campeonato desde 2008. Tivemos uma temporada desastrosa em 2014 e acho que as operações estavam começando a ficar mais lentas. Então era a hora de mudar”, argumentou.

O GP da Austrália de 2015 será no dia 15 de março. Antes disso, a Ferrari pretende apresentar seu novo carro em 30 de janeiro para participar da pré-temporada durante o mês de fevereiro, na Espanha. O primeiro teste será em 1º de fevereiro, em Jerez.

NADA DE CONSERVADORISMO 
Diretor de competições da Pirelli, Paul Hembery entende que as estratégias de pneus nesta temporada podem se mostrar muito mais agressivas do que em 2014. A fabricante italiana não está fazendo nenhuma mudança drástica em seus compostos, apenas o pneu traseiro foi aperfeiçoado, especialmente no que diz respeito à distribuição da temperatura, que será maior agora. A ideia é melhorar o desempenho em corrida e tornar a borracha mais consistente.
 
Além disso, o composto supermacio também sofreu pequenas alterações para aumentar a "escala de trabalho", na tentativa de aumentar a possibilidade de outras táticas. Por isso, Hembery crê que 2015 será uma "evolução e não mais uma revolução" no que diz respeito à performance dos compostos.

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UM ANO MAIS
Bicampeão da MotoGP e longe da categoria desde 2012, quando anunciou a precoce aposentadoria, Casey Storner renovou seu vínculo com a Honda para continuar o trabalho de desenvolvimento das motos da marca japonesa no Mundial em 2015.
 
Como piloto de testes, o australiano vai realizar ainda mais dois treinos com a fabricante nesta temporada. A primeira bateria de treinos vai acontecer em Sepang, na Malásia, entre os dias 29 e 31 de janeiro, enquanto a segunda sessão está marcada para o decorrer do campeonato, mas sem data estabelecida ainda.

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EXPECTATIVA SEMPRE ALTA
Perto de estrear na F1, Felipe Nasr admitiu que a expectativa já é bastante elevada para a primeira temporada no Mundial, especialmente por ser um piloto brasileiro. O brasiliense de 22 anos justifica a cobrança devido ao histórico vitorioso do país na principal categoria do automobilismo mundial, que teve dois tricampeões, Ayrton Senna e Nelson Piquet, além de Emerson Fittipaldi, que obteve dois títulos no início dos anos 70. Nasr também citou o sucesso do ex-colega da Williams, Felipe Massa, que chegou a disputa a taça com Lewis Hamilton em 2008.
 
Depois de terminar a GP2 em terceiro no ano passado e atuar como reserva na equipe de Grove, Nasr assinou contrato com a Sauber e já reconhece que o fato de apenas estar na F1 não significa sucesso garantido.

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