Presidente da Ferrari exalta “força incrível” de Ecclestone, mas clama por plano de sucessão no comando da F1

Dirigente máximo do Mundial de F1, Bernie Ecclestone completou 85 anos em 2015 e não tem planos de deixar o comando do esporte por um bom tempo. Entretanto, sua idade avançada faz com que Sergio Marchionne, presidente da Ferrari, a principal marca da categoria, clame por um início de sucessão no comando da F1. Responsável pelos direitos comerciais do esporte, Bernie responde por 5,3% das ações da categoria, mas não tem a menor intenção em se desfazer da sua parte do negócio.

 

Mas o mandatário de Maranello entende que é chegada de a F1 preparar o futuro depois de Ecclestone, um dirigente que foi muito elogiado por Marchionne por sua longevidade, sua personalidade e seu vigor em trabalhar no comando do esporte.

 

“Ecclestone sabe que ele não vai estar aqui eternamente, e talvez isso também esteja conectado ao futuro da FOM (Formula One Management). O verdadeiro desafio para Bernie é se organizar. Ele precisa vir com um sistema onde talvez algumas responsabilidades possam ser desenvolvidas de maneira diferente”, declarou o empresário italiano.

“Temos uma responsabilidade de entregar um certo nível de continuidade da gestão da F1 com a FIA e a FOM. Então nós precisamos demais do máximo da habilidade de Bernie em desenvolver este esporte da melhor maneira. Acredite em mim, isso não é fácil”, afirmou Marchionne, exaltando a figura do chefe supremo da F1.

 

“Bernie é um grande personagem, mas ele é um grande cara e tem uma força incrível. Não sei o que eu faria quando estiver na sua idade. O que ele tem feito ao longo dos últimos dez anos é incrível e ele ainda está lá”, elogiou.
 

Na visão de Marchionne, cabe ao próprio Ecclestone iniciar esse processo de transição no comando da F1 e tornar o esporte cada vez mais atraente. “Bernie deve pavimentar o caminho para preparar o futuro para o mundo da F1. Essa questão da idade ainda está lá, então nós deveremos perguntar a nós mesmos: estamos apelando aos jovens?”.

 

“Este esporte tem um grande potencial, o qual nós não ainda não temos explorado em sua totalidade. Precisamos torná-lo interessante porque se tudo for previsível, fica chato”, fazendo menção indireta também ao domínio recente imposto pela rival Mercedes. “Precisamos tentar entregar um pouco mais de imprevisibilidade, por assim dizer, de modo que os resultados sejam imprevisíveis”, finalizou.

 

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