Prévia: no Bahrein, Hamilton tem histórico vencedor para virar jogo contra Rosberg

Em grande fase, Nico Rosberg venceu as quatro últimas corridas disputadas e ainda abriu a temporada 2016 no topo do pódio, tendo sorte e competência como aliadas. Mas Lewis Hamilton, vencedor dos dois últimos GPs do Bahrein, virá com ‘sangue nos olhos’ para reverter o jogo, tanto na tabela de pontos como também psicologicamente

Segunda etapa da temporada 2016 do Mundial de F1, o GP do Bahrein vai mostrar de forma um pouco mais clara em termos de ordem de forças. O GP da Austrália é sempre muito atípico e não costuma ser uma grande referência sobre o potencial das equipes do grid, sobretudo pelas características do circuito de Albert Park. Assim, a primeira etapa do ano num circuito permanente, com curvas de alta, baixa e longas retas seguramente vai mostrar de forma mais clara quem é quem.
 
Habitualmente, o seletivo circuito de Sakhir, com extensão de 5,412 m e quatro retas, premia quem conta com o carro melhor e mais equilibrado. Em 11 corridas disputadas, apenas em uma edição, a de 2010, o mais rápido não venceu. Naquela prova, Sebastian Vettel liderava com a Red Bull, mas enfrentou problemas e acabou abrindo espaço para a primeira vitória de Fernando Alonso com a Ferrari, que marcou a 80ª dobradinha de sua história com Felipe Massa em segundo. No mais, sempre o melhor carro venceu no país insular.
 
Assim, a Mercedes parte como grande favorita à vitória em Sakhir neste fim de semana. E no comparativo entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg, o tricampeão do mundo aparece com todas as condições de faturar mais uma vitória no Bahrein. Desde a adoção da nova ‘Era Turbo’ na F1, em 2014, Hamilton venceu as duas provas no deserto, a primeira delas lograda de forma épica. Portanto, nada indica que o britânico comece o fim de semana como favoritaço ao topo do pódio.
 
E nunca uma vitória foi tão necessária para Hamilton. Rosberg venceu as últimas quatro corridas disputadas: os GPs de México, Brasil e Abu Dhabi, no ano passado; e o GP da Austrália, há quase duas semanas. Nico vive grande fase e também vem sendo brindado por sorte e competência: levou a melhor sobre Hamilton, que fez largada horrível em Melbourne, e teve a melhor estratégia na luta contra a Ferrari de Vettel.
Lewis Hamilton precisa da vitória no Bahrein para virar o jogo contra Nico Rosberg (Foto: Getty Images)
Uma segunda vitória de Rosberg na temporada seria muito importante para o alemão não só pelos 50 pontos na tabela, mas também pelo jogo psicológico contra Hamilton. Lewis viveu momento parecido em 2014, quando abandonou na Austrália, mas emendou quatro vitórias consecutivas e se reafirmou. Mas um segundo triunfo seguido de Rosberg neste princípio de temporada pode deixá-lo mentalmente ainda mais forte. E aí, nessa situação, seria interessante ver qual seria a postura do tricampeão.
 
Em termos de vitórias, Hamilton tem ótimo retrospecto, com duas vitórias e uma pole, enquanto Rosberg largou na frente em 2013 e 2014. Vai ser um embate cercado de expectativa, com Nico tendo em seu favor a melhor fase, enquanto Lewis conta com um histórico vencedor no Bahrein.
 
A Ferrari corre por fora na luta pela vitória. Na Austrália, Vettel e Kimi Räikkönen fizeram uma largada excepcional e assumiram a dianteira. Foi um dos fatos que mais chamou a atenção em Melbourne, até porque a Mercedes fez uma largada paupérrima com seus dois pilotos. Mas em condições normais, a expectativa é que o time de Maranello fique um pouco atrás, embora o discurso de Hamilton e Rosberg seja de muito respeito perante os rivais. No ano passado, por exemplo, Räikkönen fez grande corrida, a sua melhor em 2015, enquanto Vettel teve problemas no fim da prova. 
Assim como na Austrália, a Ferrari vai tentar equilibrar o jogo contra a Mercedes na base da estratégia (Foto: Getty Images)
Nesta corrida, vai ser possível ter uma imagem muito mais nítida do quanto a Ferrari mais está próxima da Mercedes. Ao menos nos treinos livres na Austrália, os prateados foram bem melhores, com a Ferrari equilibrando um pouco as forças em ritmo de corrida, mas ainda assim com ligeira vantagem para os alemães. 
 
O que pode fazer a diferença no Bahrein é a tática dos pneus: Hamilton e Rosberg escolheram um jogo de pneus médios, seis de macios e outros seis de supermacios. Vettel e Räikkönen vão com três médios, além de quatro macios e igualando a dupla da Mercedes com seis de supermacios.
 
Se a luta pela vitória parece mesmo destinada à Mercedes, com a Ferrari correndo bem por fora, a briga no que diz respeito à terceira força do GP do Bahrein parece bem mais apertada e imprevisível. Na Austrália, a Toro Rosso apareceu com um desempenho surpreendente, chegando a andar só atrás das duas melhores equipes da F1 em boa parte da corrida, mas uma série de decisões erradas e a bandeira vermelha em razão do acidente de Fernando Alonso proporcionaram um resultado abaixo do potencial dos STR11 de Max Verstappen e Carlos Sainz.
 
Mas neste fim de semana, a equipe de Faenza não deve aparecer tão bem quanto em Albert Park. As características do circuito de Sakhir favorecem os times empurrados pelo motor Mercedes, como Williams e Force India, que devem aparecer bem no Bahrein. A Force India chegou ao pódio com Sergio Pérez em 2014 e foi um dos destaques daquela prova incrível, e no ano passado Valtteri Bottas teve uma performance bem decente.
Motor Mercedes é trunfo da Williams de Felipe Massa para ter um fim de semana melhor no Bahrein (Foto: Getty Images)
A Red Bull mostra ser uma incógnita. Tem um grande carro e um chassi bem equilibrado, mas resta ver o potencial do novo motor Renault (TAG Heuer) em um circuito muito mais exigente do que em Melbourne, onde o RB12 de Daniel Ricciardo — Daniil Kvyat sequer correu na Austrália — foi bem demais. Mas a expectativa é ver Williams à frente de Force India, seguida pela Red Bull, pouco melhor da Toro Rosso.
 
Na luta pelo pelotão intermediário, não dá para esperar muita coisa da Sauber, com Felipe Nasr bastante pessimista sobre o que o C35 pode entregar em comparação com as outras equipes do meio do grid. Já a McLaren ainda carece de um certo déficit de potência do motor Honda. Algo que não foi tão nítido na Austrália, mas que pode fazer a diferença em Albert Park. Fica a expectativa em torno do que a Renault vai poder mostrar, embora os carros amarelos ainda estejam longe de mostrar algum potencial relevante. Olho na Haas, que mostrou ter um bom carro e pode surpreender novamente no Bahrein.
 
No meio do deserto, a meteorologia indica que não há nenhuma chance de chuva para o fim de semana. Mas isso não significa que a natureza não vai influenciar nas atividades de pista. Ocorre que a velocidade dos ventos, que devem ultrapassar os 20 km/h, vai ser decisiva para jogar um pouco mais de areia no circuito, e isso deve prejudicar muito a aderência dos carros entre sexta-feira e domingo em Sakhir.

Prognóstico do GRANDE PRÊMIO

1 44 LEWIS HAMILTON ING MERCEDES
2 6 NICO ROSBERG ALE MERCEDES
3 5 SEBASTIAN VETTEL ALE FERRARI
4 19 FELIPE MASSA BRA WILLIAMS MERCEDES
5 11 SERGIO PÉREZ MEX FORCE INDIA MERCEDES
Foram 11 os GPs disputados no Bahrein. A prova acontece desde 2004, mas foi cancelada em 2011 em razão de conflitos sociopolíticos em razão da eclosão da Primavera Árabe no Oriente Médio;
 
O recorde oficial do GP do Bahrein pertence a Mark Webber, que anotou 1min29s527 correndo com a Williams em 2005;
 
Fernando Alonso é o maior vencedor do GP do Bahrein, com três conquistas: 2005, 2006 e 2010;
 
Seis pilotos já venceram no Bahrein: além de Alonso, Felipe Massa (2007 e 2008), Jenson Button (2009), Sebastian Vettel (2012 e 2013) e Lewis Hamilton (2014 e 2015) subiram no topo do pódio em Sakhir;
 
O GP do Bahrein representou a abertura da temporada da F1 em duas oportunidades: 2006 e 2010. Sakhir marcou a estreia de dois pilotos que sonham com seus melhores dias no esporte: Nico Rosberg, em 2006, e Nico Hülkenberg, em 2010. A curiosidade: ambos fizeram seu debute no Bahrein pela Williams;
 
A edição de 2015 vai representar o terceiro GP do Bahrein disputado sob luz artificial. Nas duas primeiras vezes em que a F1 correu à noite no deserto, vitória de Lewis Hamilton, com a Mercedes
 
 
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