Privatização de Interlagos pode não ser bom negócio, diz promotor do GP do Brasil. Nem Ecclestone se interessa

A privatização de Interlagos vem agitando o meio do esporte a motor no Brasil e até coloca em dúvida o futuro do GP de F1 na pista paulistana. O contrato atual com o Mundial vai até 2020. E depois, vai depender de um eventual novo proprietário. Ainda assim, o promotor da corrida brasileira garantiu que a prefeitura vai cumprir o acordo até o fim, mesmo que o principal autódromo do país realmente passe para as mãos da iniciativa privada

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Mesmo antes de ser eleito prefeito de São Paulo, João Doria já falava na privatização do Autódromo de José Carlos Pace, mais conhecido como Interlagos e palco tradicional da F1. Uma vez à frente do principal cargo executivo da capital paulista, o político passou a trabalhar intensamente para levar adiante a iniciativa de vender o circuito – que foi, inclusive, aprovada em primeira votação no início deste mês. Para Doria, passar a pista para as mãos da iniciativa privada vai reduzir as despesas que a prefeitura tem com o espaço e ampliar a capacidade de uso. É claro que a ideia encontra resistência, muito embora tenha a consentimento de boa parte dos vereadores da cidade. Ainda assim, o projeto chegou a ser barrado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. No fim de semana da etapa do Mundial, a liminar foi concedida em razão da não votação do projeto de lei em plenário da Câmara Municipal, burlando regime interno. A Justiça de São Paulo acabou derrubando a decisão dias depois.

 
Mas o prefeito ainda insiste em levar adiante a privatização, que considera agora irreversível. "O que expliquei ao Liberty Media (novos proprietários da F1), Bernie Ecclestone e ao Tamas Rohonyi é que a privatização é irreversível", disse o prefeito ainda durante o domingo do GP do Brasil. "Autódromo terá um bom preço. E terá um investimento imobiliário até para justificar tudo isso. E tenho certeza que será bom para os torcedores. Quero esclarecer também que o autódromo não deixará de ser um autódromo. Queremos que outros eventos aconteçam aqui. E vamos manter a F1. Temos contrato até 2020. E vamos respeitar isso. E depois tentar renovar por mais dez anos”, completou.
Interlagos (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

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O GRANDE PRÊMIO conversou com Rohonyi, promotor do GP do Brasil, sobre o cenário de uma possível privatização do autódromo. Para o dirigente, "a ideia do prefeito em privatizar esses espaços que causam despesas para o município é absolutamente lógica e normal". Mas fez uma ressalva. "Ele [prefeito] certamente conhece tão bem quanto nós aqui que o GP do Brasil traz para a cidade de São Paulo uma receita que hoje está estimada em quase R$ 300 milhões." 

 
"A prefeitura tem despesa com o autódromo – porque o autódromo não é meu e nem seu, é deles. Eles têm despesas da mesma forma com o Teatro Municipal, com parques… Então, uma grande cidade como São Paulo tem equipamentos públicos por algum motivo. Se ele conseguir privatizar como ele pretende, eu acho ótimo. Agora, ele deu garantias de que as obrigações da prefeitura serão mantidas pelo eventual comprador", explicou o dirigente.
 
Questionado sobre se a privatização pode pesar para uma eventual renovação de contrato com a F1, o promotor respondeu: "O nosso contrato com a prefeitura é para eles cederem o autódromo para a nossa empresa realizar o evento. Então, nesse ponto, nós não sabemos quem vai ser o dono do autódromo. A negociação será com esse novo proprietário, no caso, e se acontecer a privatização. Porque pode ser que sim, mas pode ser que não também. Neste momento, é muito difícil saber."
 
Ainda não há clareza sobre os interessados em entrar em uma eventual disputa pelo autódromo. Mas Rohonyi descartou a participação de Bernie Ecclestone, ex-chefão da F1, e foi mais longe. Para o dirigente, o investimento pode não ser um bom negócio. 'Não sei quem são [os interessados]. Ele não falou para ninguém ainda. E Bernie Ecclestone não tem chance de comprar, também. Não acho. Eu vou dizer uma coisa: autódromo não é um bom negócio. Autódromo é um equipamento de um município que tem equipamentos esportivos. Piscina pública é um bom investimento? Não. Teatro Municipal dá lucro? Que eu saiba, não. Então eu não sei se seria um bom negócio a compra desse autódromo, porque eu não sei quem está comprando e em que formato. Ninguém sabe. Imagino que possa existir uma solução muito boa, mas eu não consigo ver porque ninguém me explicou", explicou.
A largada do GP do Brasil de F1 – a etapa brasileira está segura, de acordo com o promotor (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

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GP do Brasil está seguro

 
Ao GRANDE PRÊMIO, o promotor do GP do Brasil de F1 também falou sobre a saúde financeira da etapa do Mundial. Tamas garantiu que o evento está seguro e é viável, mas que o problema está nos custos internacionais que a maior das categorias ainda gera. “Essa história ainda é muito mal digerida. Entenda, o evento em si não dá prejuízo, porque se desse prejuízo… A nossa empresa já teria quebrado. E momento não estamos quebrados, e eu pretendo pagar todos os salários”, revelou o dirigente.
 
“Nós montamos esse evento, que é um negócio enorme, complicado e caro. Mas isso nós pagamos. E até hoje, nesses 40 anos que fazemos isso, todo mundo recebeu na data certa. E vai continuar assim. Agora tem esse outro lado que está batendo pino”, emendou.
 

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Para logo em seguida dar a explicação: "Agora, da forma como o campeonato mundial vem evoluindo nesses últimos dez anos, os custos internacionais para trazer as equipes, para pagar equipes, fazer o transporte de 800 toneladas, isso não tem de cobrir essas despesas sem contar com uma contribuição de entidades do estado. Isso já foi explicado para o presidente (Michel) Temer em novembro, e ele entendeu. O João sabe também, o governador também, então agora estamos tentando ver qual seria a solução para tampar esse buraco."
 
E tem solução? "Existem muitas soluções para isso. Alguns países compram publicidade fora. Tem países que só fazem um cheque, que é o caso do Bahrein…", respondeu.
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