Promotor do GP do Brasil vê edição “100% positiva” e diz que policiamento ao redor de Interlagos “foi exemplar”

Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, Tamas Rohonyi fez um balanço da edição 2017 do GP do Brasil de F1. O promotor viu aspectos positivos, especialmente em relação à grande procura do público pela corrida brasileira. O promotor também falou dos incidentes relacionados à segurança no entorno do autódromo paulistano e elogiou a atuação da polícia

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"Melhor, impossível". Assim o promotor do GP do Brasil avaliou a edição deste ano da corrida da F1 em Interlagos. Como tradicionalmente acontece, o maior autódromo do país foi palco da penúltima etapa da temporada 2017 da principal categoria do automobilismo e a casa estava cheia. De acordo com a organização, 75 mil pessoas acompanharam a vitória de Sebastian Vettel no domingo, dia 12 de novembro, além da recuperação assombrosa de Lewis Hamilton e do adeus de Felipe Massa. Ao todo, foram quase 142 mil torcedores nos três dias de evento, um aumento de 10% em relação ao ano passado. Por isso, Tamas Rohonyi considera que o fim de semana tupiniquim do Mundial foi um sucesso. 

 
É bem verdade que a F1 desembarcou no Brasil já com o título decidido em favor de Hamilton, o que sempre tira um pouco da graça. Além disso, a despedida de Massa também não é das melhores notícias para o fã local. Mas Rohonyi entende que, apesar de tudo, o público que comparece às arquibancadas do circuito paulistano não está necessariamente atrás de ídolos nacionais. Quer mesmo ver o “espetáculo tecnológico da F1 e os maiores pilotos do mundo”. Portanto, ainda que em 2018 não haja nenhum nome do Brasil no grid, a procura pelo Mundial não deve ser prejudicada.
Tamas Rohonyi anda ao lado de Bernie Ecclestone em Interlagos (Foto: Getty Images)
Falando com exclusividade ao GRANDE PRÊMIO em Interlagos, o dirigente fez uma boa avaliação do fim de semana e detalhou um pouco mais o tipo de fã que a F1 possui no país. "Existem dois públicos distintos. Tem gente que gosta da modalidade, seja boxe, futebol, tênis ou automobilismo, e vai ver o show de qualquer jeito, porque deseja ver os maiores expoentes. No nosso caso aqui, também é um show tecnológico que tem os maiores pilotos do mundo. É gente que gosta disso, que entende disso. Há gente que torce para o Max (Verstappen), para o Sebastian (Vettel) e para o Lewis (Hamilton), ou por uma equipe – há muitos ferraristas no Brasil. É esse o público que enche o autódromo. Aí tem um outro público, que é totalmente distinto: o torcedor de heróis brasileiros. Quando tem, torce; quando não tem, ignora", explicou Tamas.
 

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"Foi que aconteceu com o tênis", lembrou. "Guga (Kuerten) era uma febre, mas, quando ele parou de jogar, ninguém lembrou mais. Mas há muita gente que assiste aos jogos e acompanha os principais tenistas. Entende que o Guga jogou bem e tal, mas, na realidade, são pessoas que gostam do esporte e seguem vendo, para torcer e acompanhar as partidas de nomes como Roger Federer, Rafael Nadal e por aí vai", disse ao GP.
 
"A Grande São Paulo tem mais 20 milhões de pessoas. Nós colocamos aqui 75 mil pessoas no autódromo em um domingo. Isso, na verdade, é muito pouco. Você tem GPs na Europa e, em países muito menores, que conseguem levar 180 mil pessoas para a pista. O autódromo aqui é muito pequeno. Tanto é que muita gente ficou fora aqui, porque não conseguiu comprar ingresso. Então, posso dizer que a minha avaliação da edição deste ano do GP do Brasil foi 100% positiva. Melhor, impossível, eu diria", completou.
 
Só que, apesar da boa avaliação, o GP do Brasil também precisou enfrentar problemas com relação a incidentes ligados à segurança ao redor da pista. Alguns membros da equipe Mercedes, atual campeão da F1, sofreram um assalto à mão armada na sexta-feira à noite. O caso também ganhou enorme notoriedade porque Hamilton usou as redes sociais para criticar duramente os protocolos de segurança da capital paulista e pediu por mudanças concretas. A polícia reagiu e intensificou a vigilância. Mas o episódio com o time alemão não seria isolado. Outras equipes, como a Williams, a Sauber e a Pirelli também sofreram tentativas de assaltos nos dias seguintes. A fabricante italiana de pneus, inclusive, chegou a cancelar o teste que faria com a McLaren em Interlagos na semana seguinte ao GP, alegando falta de confiança no policiamento. A repercussão também se alastrou pela mídia internacional. 
 
Questionado sobre os acontecimentos e como a organização lidou com os casos, Rohonyi lamentou os incidentes, mas afirmou que a segurança ao redor da pista não é uma questão dos promotores. E ainda comparou o cenário com os recentes ataques terroristas em cidades como Londres e Paris.“Para começar, isso não tem nada a ver conosco. Agora quanto a incidentes nas ruas de São Paulo… Isso não é novidade. É lamentável, mas não é novidade. A polícia faz um trabalho maravilhoso e extraordinário”, garantiu.  
 
"Mas esses assaltos ou qualquer assalto são situações que refletem mais uma questão social do que um problema policial. Aconteceu, sorry… Aí vem alguém, vem um francês e diz: 'Olha, é muito chato, mas eu fui assaltado em Paris'. Bernie Ecclestone foi assaltado duas vezes em Londres. E, em Londres, você corre o risco de um carro ou um caminhão fazer um strike e matar 30… Em Manchester, houve bomba em um estádio. E matou um monte de gente. Paris, mesma coisa. Desculpa, mas você põe isso em contexto, e não aconteceu nada. Alguém se feriu? Alguém morreu ou levou um tiro? Não. O que aconteceu? Levaram cinco telefones… Levam cinco telefones a cada hora em São Paulo", acrescentou.
 
Perguntado se a resposta da prefeitura e da própria polícia foi satisfatória, o dirigente disse: "O policiamento foi exemplar. Gente maravilhosa."
Lewis Hamilton (à direita) exaltou o clima com a apresentação dos pilotos em Austin (Foto: Reprodução)
A F1 e seus novos donos
 
Tamas também falou sobre o relacionamento com o Liberty Media, grupo que agora administra a F1, depois que Bernie Ecclestone executou a venda da categoria. O promotor do GP do Brasil vê com otimismo o desenvolvimento dessa relação e se mostra satisfeito. “O relacionamento é muito bom. Gente muito bacana, muito inteligente. Eles entendem muito, muito mesmo de televisão, porque vêm desse ramo. Posso dizer que estamos construindo um relacionamento muito bom.”
 
"Agora, falar do Bernie… Nós trabalhamos juntos durante 40 anos. É um pouco diferente. Já com os americanos são apenas seis meses. De qualquer forma, tenho certeza de que será uma relação muito, muito boa", falou, acrescentando a convivência e a relação de trabalho com o inglês de 87 anos.
 

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Ainda sobre a gestão do grupo norte-americano, Rohonyi acha que o caminho adotado pelos novos donos é interessante e que há uma tendência de adequar a F1 aos países que visita, como foi o que aconteceu no GP dos EUA neste ano e que o já acontece no Brasil há alguns anos. "Eles realmente fizeram ao gosto do americano. Mas aqui no Brasil, por exemplo, vamos seguir tendo iniciativas para agradar o povo brasileiro. Por exemplo, trouxemos a Anitta para cantar o Hino Nacional, que é uma grande estrela no país. Tivemos uma homenagem ao exército brasileiro, aos paraquedistas."
 
"Em todo o mundo, a música do pódio é um trecho de uma ópera. No nosso caso, é uma música brasileira, que foi composta especialmente para o nosso ambiente. Por isso, acho que é uma tendência de que cada país vai começar a mudar um pouco o foco. E eu acho realmente perfeito", concluiu.
 
O GP do Brasil de F1 tem contrato até 2020. A etapa na próxima temporada acontece em 11 de novembro e também será a penúltima do calendário. O GRANDE PRÊMIO acompanha o GP de Abu Dhabi, a última etapa da temporada 2017 da F1, AO VIVO e em TEMPO REAL.  
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