Räikkönen prova em 2018 que é maior que papel de escudeiro na Ferrari. E chance de seguir na F1 não é tão absurda

Último a conquistar título de Pilotos pela Ferrari, Kimi Räikkönen vive uma temporada distinta dos últimos anos. O finlandês surge mais combativo e constante, o que o coloca em uma posição interessante para os planos futuros da equipe italiana

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"Se você olhar os anos passados, a imagem é um pouco distorcida". A frase é de Sebastian Vettel e se refere ao desempenho de Kimi Räikkönen na Ferrari. O tetracampeão falava sobre as performances mais recentes do colega de equipe e defendia a opinião de que Räikkönen é muito mais do que os resultados podem sugerir. Vettel acredita que é preciso uma análise mais profunda para entender o trabalho do finlandês. E que as críticas são, muitas vezes, exageradas. Seb tem razão.

 
Räikkönen, último a conquistar o título de Pilotos pela escuderia italiana, no longínquo ano de 2007, vive sua segunda passagem por Maranello. A primeira foi bem-sucedida, mas esta segunda vem sendo de altos e baixos. Räikkönen voltou ao time italiano em 2014, e não conseguiu fazer frente a Fernando Alonso. A partir de 2015, passou a dividir as garagens vermelhas com Vettel. Até aqui, são dez triunfos do alemão, que chegou a entrar em uma luta direta com Lewis Hamilton pelo título no ano passado. Enquanto isso, Kimi ainda corre atrás de uma vitória nesta fase complementar dentro da Ferrari. Talvez por isso a equipe quase sempre o sacrifique em prol do tetracampeão.
 
2018, porém, se desenha um pouco diferente. De fato, o #7 não venceu ainda, mas vem apresentando um desempenho muito mais forte do que nos últimos anos. Como já dito, o carro vermelho parece cair como uma luva ao estilo de pilotagem do nórdico, que esbanja velocidade e consistência. A SF71H é mais dianteira, ao gosto do piloto. Além disso, Kimi parece compreender melhor o acerto nas diferentes pistas e vem, inclusive, se mostrando mais rápido que Vettel constantemente.
Kimi Räikkönen pode fazer mais pela Ferrari. E até mesmo prolongar a carreira (Foto: Ferrari)
"Estamos incrivelmente próximos. Para ser honesto, na maior parte das sextas-feiras, eu achei que ele tinha a vantagem enquanto eu estava tendo algumas dificuldades de entender o carro. Conhecendo Kimi e suas forças, sabemos que ele é muito talentoso e pode guiar sem problemas", falou o #5. Verdade também.
 
Na Austrália, o veterano se portou mais veloz que o companheiro de equipe e só perdeu a chance de um resultado melhor na estratégia na Ferrari, que preferiu ver o tetracampeão perseguindo Hamilton. O mesmo aconteceu no Bahrein, quando Kimi foi chamado antes aos boxes, e na China, quando atuou no auxilio a Seb – foi aos pits muito depois, após permanecer mais tempo na pista para dar a chance ao colega de se aproximar da Mercedes de Valtteri Bottas. Experiente, Kimi é um cara de poucos erros – o mais recente se deu na classificação em Baku, é verdade, mas o ritmo de corrida, apesar de entrevero na largada, o redimiu e o fez retornar ao pódio, superando Vettel, que errou na parte final da prova azeri.

E mesmo no Azerbaijão, o finlandês bateu de frente com Seb, foi mais veloz nos treinos livres e engrossou o caldo na definição do grid. 

 
Räikkönen, aliás, poderia até ter fechado as quatro primeiras etapas no top-3, não fosse o atropelamento do mecânico em Sakhir. E por conta disso é que aparece com 18 pontos a menos que o companheiro de equipe. Mais uma vez, Vettel tem razão quando diz que a tabela de classificação não reflete a realidade. Ou seja, Kimi vem desempenho não só o papel que se espera dele, mas muito mais que isso. O finlandês tem um peso grande na busca da Ferrari por voltar a ganhar campeonatos, e a equipe simplesmente não pode mais se dar ao luxo de dispensá-lo. Além disso, a pacífica convivência com Vettel faz dele peça fundamental na engrenagem ferrarista.
 

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Dias atrás, o compatriota Mika Häkkinen fez a seguinte avaliação: "Ele consegue atacar as curvas de forma mais eficiência e é capaz de fazer voltas muito rápidas. Quer dizer, é aí que os resultados começam. Ele está pressionando Vettel e, se a Ferrari tivesse trabalhado de forma diferente a estratégia, Kimi poderia já ter vencido neste ano."
 
Portanto, o 2018 de Räikkönen se apresenta surpreendente, e a ideia de prolongar a carreira na F1 para além dessa temporada já não parece tão absurda, especialmente se a Ferrari seguir pelo caminho bem-sucedido que vem trilhando desde o ano passado. 
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