Red Bull endurece discurso e decide que vai abandonar F1 se não receber motores iguais aos da Ferrari

A Red Bull perdeu a parceria com a Renault e não está disposta a passar a fazer figuração na F1 com motores defasados. Por meio da revista alemã 'Speedweek', deu um ultimato: ou a Ferrari fornece motores de primeira-mão ou Red Bull e Toro Rosso deixam o Mundial

Os indicativos de que a Red Bull está farta de não ter chances de vitórias na F1 e que pode deixar o Mundial a partir do final de 2015 e do contrato com a Renault estão claras. Na verdade, o dono da marca, Dietrich Mateschitz dissera isso ainda no meio da temporada, mas não tinha sido levado tão a sério. Agora, com a Renault em vias de comprar sua própria equipe, a Red Bull parece ter lançado uma ofensiva por ameaças. Ou recebe motores Ferrari de primeira-mão ou está fora.
 
A revista alemã 'Speedweek', que é da própria Red Bull e, portanto, usa o espaço como editorial em seu material, publicou uma mensagem muito clara. As duas equipes da marca dos energéticos, RBR e Toro Rosso, vão deixar o panorama se não receberem um motor real e chances reais de brigar pelas primeiras posições
 
"Para aqueles dentre nós que ouviram bem o que o dono da Red Bull, Dietrich Mateschitz, e seu consultor esportivo, Dr. Helmut Marko, disseram recentemente e para aqueles que interpretaram corretamente e juntaram as peças, um cenário claro emerge: a Red Bull Racing e a Scuderia Toro Rosso vão deixar a F1 depois da temporada de 2015", disse o editorial.
Pode ser o fim da Red Bull na F1 (Foto: Mark Thompson)
"A Red Bull não quer ter motores clientes que podem ter 30 ou 40 cv a menos e podem ser manipulados pelo Construtor no caso de a equipe cliente superar seu trabalho", seguiu. 
 
"A Red Bull gostaria de continuar na F1 apenas se a Ferrari estiver a fim de fornecer motores verdadeiros que estejam no mesmo nível dos motores de Vettel e Räikkönen", continuou.
 
Mateschitz também falou e mostrou que não gosta da condição de ser uma equipe-cliente. No entanto, transpareceu que caso a Ferrari esteja disposta a ceder os mesmos motores que usa em seus carros, então fica. Com a Honda em dificuldades e a recusa da Mercedes, a marca italiana se tornou a única saída da Red Bull.
 
"Uma equipe-cliente só tem um motor que seja bom o bastante para tirar pontos de seus rivais imediatos. Mas este motor nunca será bom o bastante para bater a equipe que o faz. Com um motor assim, nós não vamos ser nunca mais ser campeões. E se este é o caso, nós não temos mais interesse", falou.
 
"Uma possível permanência da Toro Rosso também está à mesa. Por que a Red Bull vai querer desenvolver talentos como Verstappen ou Sainz se não tem possibilidade de fazê-los evoluir e seguir os passos de Vettel, Ricciardo e Kvyat?", encerrou.

A Red Bull se comprometeu em participar no Campeonato do Mundo de F1 com duas equipes até o fim de 2018 – o contrato com a Renault era válido também para a temporada 2016, mas está desfeito. E mesmo assim, Toyota e BMW desapareceram no final de 2009, apesar de contratos válidos; a Caterham, há um ano.

O fim da Red Bull Racing? (Foto: AP)

O editorial ainda se encerra lembrando que "a Audi possivelmente vem para a F1 a partir de 2018", o que pode aparecer como uma saída para a Red Bull se livrar do "acordo tampão" com a Ferrari.

"A Red Bull e a Renault se separaram pela falta de esperança. Este péssimo desempenho têm principalmente a ver com os motores, e não com a qualidade dos pilotos. Os estrategistas da Red Bull estão cientes de que, em Suzuka, o resultado vai ser muito diferente de novo (comparando com Cingapura. A Red Bull perdeu pesadamente o retorno que tinha na F1. A saída está tomando forma, mas, de qualquer forma, a Red Bull vai permanecer como organizadora do GP da Áustria em Spielberg. A região da Estíria se surpreendeu com o fato de não ter corrida na Alemanha", seguiu o editorial da publicação.

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"O ambicioso Mateschitz não quer ter um papel menor no meio-campo da F1. Se as montadoras como Ford, Jaguar, BMW, Toyota e Renault saíram, uma empresa de bebidas energéticas pode alegar "decisão de negócios". A principal razão: neste esporte, se gasta muito para fazer um motor competitivo a troco de nada", justificou.

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