Red Bull prioriza talentos da casa e praticamente descarta Alonso: “Tende a causar um pouco de caos”

Uma vez que Daniel Ricciardo surpreendeu o mundo da F1 ao assinar contrato com a Renault a partir da próxima temporada, a Red Bull passou a ter o cockpit mais cobiçado da F1. Mas Christian Horner nem de longe vê o nome de Fernando Alonso como o ideal para ocupar a vaga

A surpreendente ida de Daniel Ricciardo para a Renault a partir de 2019 abriu aquela que hoje é a mais cobiçada vaga do grid da F1. Com Max Verstappen tendo contrato até o fim de 2020, a Red Bull agora precisa definir quem vai ocupar o cockpit do australiano na próxima temporada. As opções são as mais diversas e, pela lógica, o escolhido deve ficar entre Carlos Sainz e Pierre Gasly, que são contratados da Red Bull e forjados pelo programa de jovens pilotos. Mas até o nome de Fernando Alonso, ainda em busca de ser campeão do mundo, naturalmente entra no rol de especulações. Que Christian Horner, chefe da equipe de Milton Keynes, tratou de refutar.
 
“Tenho grande respeito por Fernando. Ele é um ótimo piloto, fantástico, mas seria muito difícil de vê-lo [na Red Bull]. Ele tende a causar um pouco de caos para onde quer que vá”, afirmou o dirigente britânico em entrevista ao podcast oficial da F1.
 
Horner reforçou o quesito harmonia para praticamente descartar a contratação do espanhol de 37 anos. “Não tenho certeza se trazer Fernando seria a coisa mais saudável para a equipe”, continuou o chefe da Red Bull, que é claro: o objetivo é manter a filosofia de trazer talentos formados em casa para ocupar uma vaga na equipe tetracampeã do mundo.
Christian Horner pensa em quem vai trazer para substituir Ricciardo em 2019 (Foto: Red Bull Content Pool)

“Nossa preferência seria continuar a investir na juventude antes de pegar um piloto que está, obviamente, perto do fim da sua carreira”, ponderou. “Temos a sorte de termos vários pilotos sob contrato que são grandes talentos. Acho que vamos sentar e avaliar qual é a situação, ver o que sai”, acrescentou Horner.

 
Desde que a Red Bull se consolidou como uma das melhores equipes do grid, a opção sempre foi de seguir com pilotos oriundo do programa júnior. Foi assim que, em 2015, Daniil Kvyat substituiu Sebastian Vettel, que foi para a Ferrari. Um ano antes, Daniel Ricciardo assumiu a vaga que era de Mark Webber. Em 2016, Kvyat foi rebaixado de volta à Toro Rosso para que a Red Bull pudesse promover outro dos seus talentos, Max Verstappen, que vai formar dupla com Ricciardo até o fim do ano.
 
Horner destacou a importância que a Red Bull tem na F1 e o quão cobiçada é a vaga que se abriu de forma repentina e inesperada.
 
“É um carro incrivelmente atraente para pilotar. Não acho que vamos ter poucas ofertas. Vamos analisar tudo. O caminho preferido vai ser investir, uma vez que fomos muito bem-sucedidos, nos talentos da casa: Sebastian Vettel, Verstappen, Ricciardo, Sainz, Gasly… todos eles são produtos que o programa júnior entregou a nós”, ponderou.
 
No seu discurso, o chefe taurino evidencia que a vaga tende a ser ocupada por Sainz ou Gasly. Seja como for a decisão, Horner entende que a Red Bull vai estar bem servida com uma boa dupla de pilotos na próxima temporada.
 
“Os dois caras são muito rápidos, então acho que isso nos dá a oportunidade de respirar. De qualquer forma, eles estão sob contrato até o fim do verão e além. Vamos analisar as opções disponíveis para nós e garantir que vamos tomar a decisão certa para a equipe”, concluiu.
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