Renault reitera 15 de maio como prazo para Red Bull definir fornecedora de motores para temporada 2019

De acordo com o diretor-geral da Renault, prazo é necessário por questões logísticas. Red Bull estuda trocar a fabricante francesa pela Honda no fornecimento dos motores. Relação entre a equipe inglesa e a fabricante francesa vem se desgastando desde 2014

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O diretor-geral da Renault, Cyril Abiteboul, determinou que a Red Bull tem até o dia 15 de maio para decidir se usará ou não motores da francesa na temporada de 2019 da Fórmula 1. A informação veio na sequência de uma reunião feita entre diretores da equipe austríaca e os executivos da Honda em Baku — com outra reunião marcada para o fim de semana do GP da Espanha — visando estabelecer um acordo de fornecimento para 2019.

A data estipulada pela Renault é a mesma que determina a FIA para que todas os construtores definam os fabricantes de suas unidades de potência. A única chance de prorrogação é no caso de comum acordo entre todas os fornecedores, porém Abiteboul descartou essa possibilidade, a despeito do adiamento realizado em 2017, quando a McLaren optou pelos motores da companhia.

“Temos que respeitar essa data. Temos que fazer isso por uma razão muito simples, que é a necessidade de encomendar peças. No ano passado só trocamos clientes, pois decidimos desviar os motores que estavam sendo fabricados para a Toro Rosso e colocá-los à disposição da McLaren, mas os componentes desse motores já estavam encomendados. Tenho que ordená-los agora, então o que eu faço? Peço dois ou três?”, explicou.

Cyril Abiteboul descartou ampliar o prazo para Red Bull definir fornecedora de motores para temporada 2019 (Foto: Renault)

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Atualmente, a Renault fornece suas unidades de potência, além da Red Bull, para a sua equipe própria e para a McLaren. As conversas da equipe de Milton Keynes com a Honda ocorrem um ano após a Toro Rosso ter feito o mesmo caminho e fechada com a marca japonesa, depois de um acordão que envolveu também a McLaren. Abiteboul, porém, não se mostrou preocupado com a possibilidade de perder seu cliente.

“Não gostaria de perder um ou dois clientes, realmente não, mas essa é também uma das razões de fazer o que temos feito com a McLaren, que é ter um contrato de longo prazo até 2020. Já falamos com a McLaren do que poderia acontecer a partir desse ponto, porque as sensações gerais são de que podemos fazer grandes coisas juntos, mas francamente não seria um problema passar de dois clientes para um”, disse.

O diretor francês não relacionou a rigidez no prazo às tensões ocorridas desde 2014, quando as novas regras de motores híbridos criaram problemas na parceria que ganhou quatro mundiais de pilotos e construtores entre 2010 e 2013, e, alheio a conspirações, garantiu ser uma decisão estritamente técnica.

“Francamente, eu discuti essa questão com a Red Bull com frequência. Não é que queremos ser estranhos – não há táticas – mas simplesmente precisamos definir a quantidade, é por isso que [o prazo] está no regulamento esportivo. Do que discutimos com a FIA a respeito das obrigações dos fornecedores, concordamos com o prazo de maio simplesmente porque é a vida do projeto”, completou.

A F1 volta às pistas para o GP da Espanha, no dia 13 de maio.

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