Rosberg desfila na Austrália e abre F1 2014 com vitória. Kobayashi tira Massa da prova na largada
15 pilotos sobreviveram em corrida vencida com tranquilidade por Nico Rosberg. Pódio foi completado pelos promissores jovens Daniel Ricciardo e Kevin Magnussen
REVISTA WARM UP 48 | GUIA DA F1 2014: Tudo o que você precisa saber sobre o novo campeonato |
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
Relacionadas
De ponta a ponta, Nico Rosberg venceu o GP da Austrália deste domingo (16) e começou a temporada 2014 e fazendo o hino alemão tocar pela 15ª corrida consecutiva. Terceiro no grid, o alemão fez excelente largada, passou por Lewis Hamilton e Daniel Ricciardo para assumir a liderança e, a partir dali, não encontrou mais adversários. Sem nenhum susto, desfilou pelo Albert Park até receber a bandeirada quadriculada no final da 57ª volta – repetiu, assim, o que fez Keke Rosberg em Adelaide em 1985 no primeiro GP no país.
A prova de Melbourne não se desenhou tão calamitosa quanto se imaginava. Mais da metade dos pilotos que largaram chegaram ao final e sem nenhum drama para economizar combustível. Ao mesmo tempo, mostrou que ninguém é infalível: Hamilton, pole-position e favorito, abandonou nas voltas iniciais com problemas no motor.
Sem o britânico, os outros dois degraus do pódio ficaram livres para os jovens Daniel Ricciardo e Kevin Magnussen. O rubro-taurino manteve a segunda posição durante quase toda a prova, mas seu desempenho caiu nas últimas voltas, permitindo a aproximação do dinamarquês. Não houve tempo, contudo, para uma ultrapassagem. Assim foi garantido o primeiro pódio de Ricciardo na F1 e de um australiano no GP da Austrália.
Apesar disso, a terceira colocação de Magnussen, em sua estreia na F1, já representa muito mais do que fez seu pai em toda a carreira na categoria – o melhor resultado de Jan foi somente um sexto lugar.
Kevin também tratou de encerrar o longo jejum de pódios da McLaren. A seca vinha desde o GP do Brasil de 2012, vencido por Jenson Button. O inglês, aliás, foi o quarto colocado neste GP da Austrália graças a uma excelente estratégia de boxes. Fernando Alonso completou o top-5.
A Williams, que fez ótima pré-temporada, conseguiu animar em Melbourne, muito embora o resultado não tenha sido bom como se esperava. Valtteri Bottas foi sexto, mas deu show com várias ultrapassagens. Redimiu-se muito bem de um erro cometido na décima volta, quando relou no muro enquanto brigava pela quinta posição com Alonso e perdeu a roda traseira direita.
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
Felipe Massa é que nem teve a chance de mostrar qualquer coisa. Nono no grid, o brasileiro fez largada conservadora e tentando evitar qualquer acidente na primeira curva. Kamui Kobayashi é que não evitou. O japonês barbeirou como nunca no retorno à F1 e tirou o inocente Massa da prova.
A zona de pontuação do GP da Austrália ainda teve Nico Hülkenberg, Kimi Räikkönen, Jean-Éric Vergne e Daniil Kvyat, o novato russo.
A cobertura completa do GP da Austrália no GRANDE PRÊMIO | |
As imagens do domingo da F1 na Austrália | |
Automobilismo na TV: a programação do fim de semana |
Confira como foi o GP da Austrália de F1:
Antes mesmo da largada, o GP da Austrália já era atípico. Romain Grosjean recebeu um drive-through antes mesmo dos carros partirem para a volta de apresentação por desrespeitar o intervalo de formação do grid, 15 minutos antes da largada.
Não parou por aí: as duas Marussia falharam antes mesmo das luzes vermelhas se apagarem. Na saída para a volta de apresentação, Max Chilton ficou parado na reta. Após o giro de aquecimento, foi a vez de Jules Bianchi. Largada abortada, e esses três pilotos partiram dos boxes.
As voltas iniciais não foram menos curiosas.
A começar pela largada horrenda de Kamui Kobayashi. De volta à F1, ele fez questão de ser notado. Perdão pela imprecisão do dado, mas ele deve ter pisado no freio cerca de 50m mais tarde que o resto do pelotão. Com a roda direita, acertou a traseira de Kimi Räikkönen – que seguiu na prova. Com o resto do carro, o japonês abalroou Felipe Massa. Fim de corrida para os dois.
Sobre Massa: impressionante seu azar em terras australianas. Só um pódio e sete abandonos em 12 participações.
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
Lá na cabeça do pelotão, Lewis Hamilton fez péssima largada – por razão que ficou evidente minutos depois – e perdeu a ponta para Nico Rosberg. O alemão pulou muito bem e passou também por Daniel Ricciardo.
A primeira volta ainda viu boas ultrapassagens de Kevin Magnussen sobre Hamilton e de Nico Hülkenberg sobre Fernando Alonso. A ordem era Rosberg, Ricciardo, Magnussen, Hamilton e Hülkenberg.
Mas estranhava a falta de velocidade do pole-position deste GP da Austrália. Quem fez o favor de explicar foi seu engenheiro ao entrar no rádio e pedir para o inglês abandonar. Era um problema do motor. A própria equipe voltou atrás na ordem, mas, na quarta volta, Hamilton recolheu para a garagem.
Uma volta depois, Sebastian Vettel seguiu o mesmo caminho do britânico e abandonou – quatro abandonos em cinco giros.
Vindo de trás, Valtteri Bottas iniciou seu show. Ganhou cinco posições na primeira volta e fez boas ultrapassagens sobre Daniil Kvyat, Räikkönen e Jean-Éric Vergne. Colou, na décima volta, em Alonso. O espanhol se defendeu bem na primeira investida do finlandês, que, então, precipitou-se e relou no muro na saída da curva 10. O toque dechapou seu pneu e quebrou parte da roda traseira direita. Como os detritos ficaram na pista, o safety-car teve de intervir.
Os pilotos aproveitaram o momento para parar nos boxes e trocarem pneus pela primeira vez na corrida. Jenson Button e a McLaren deram o pulo do gato e saltaram da décima para a sexta posição. Bottas ficou em 16º, e tratou de ganhar dois lugares na relargada.
Embora tenha decepcionado com Hamilton, a Mercedes ia mostrando sua força com Rosberg. Antes da entrada do SC, ele já tinha mais de 5s de vantagem para Ricciardo e fazia volta mais rápida atrás de volta mais rápida. Esse ritmo não mudou quando a disputa foi retomada.
Ricciardo seguiu em segundo, mas segurando o restante do pelotão e permitindo a Rosberg se distanciar ainda mais. Bottas já empolgava novamente, ganhando mais quatro posições e voltando à zona de pontuação na volta 23.
Na volta 33, Button foi aos boxes pela segunda vez e colocou pneus médios. Era o início da segunda rodada de pit-stops. Hülkenberg parou na volta seguinte, e Alonso esperou mais duas. Novo bote da McLaren, que deixou ambos para trás. O espanhol também passou pelo alemão.
GRANDE PRÊMIO EUROBIKE: mostre que você sabe tudo de F1
Na pista, Bottas encostou em Räikkönen, que tem sofrido bastante com o novo freio eletrônico da F1. O ferrarista travou as rodas em vários momentos da prova, e a da volta 35 foi decisiva para que seu compatriota ganhasse sua posição.
Rosberg foi o último dos ponteiros a entrar nos boxes, no fim da 38ª passagem. Reestabeleceu-se, então, a ordem: Rosberg, Ricciardo, Magnussen, Button, Alonso, Hülkenberg, Vergne, Bottas, Räikkönen e Kvyat.
Naquele instante, a impressão que se tinha é que só a chegada da chuva – pingou no Albert Park em alguns momentos, mas nada muito intenso – ou um safety-car alteraria radicalmente o destino da prova. Mas haviam negócios inacabados. Magnussen, por exemplo, queria porque queria atacar Ricciardo. E Kvyat brigava com Kimi pela nona posição. Pérez, 11ºª colocado, estava 13s atrás.
Magnussen se aproximou bastante de Ricciardo, mas não foi capaz de superar a Red Bull e se contentou com o terceiro lugar na estreia na F1. Ricciardo ficou feliz por poder de mostrar, logo de cara, que os tetracampeões mundiais acertaram ao contratá-lo para substituir Mark Webber.
Kvyat também não chegou a atacar Räikkönen. O finlandês é que ganhou uma posição, indo na carona de Bottas para cima de Vergne. O francês errou na entrada da reta dos boxes e permitiu a passagem primeiro de Bottas, e Kimi fez o mesmo depois.
E foi isso. Rosberg cruzou a linha de chegada com 24s5 de vantagem para Ricciardo. Se a Mercedes sentiu um baque pelo abandono de Hamilton, ao menos levou para casa um troféu de primeiro lugar.
Ricciardo, Magnussen, Button, Alonso, Bottas, Hülkenberg, Räikkönen, Vergne e Kvyat seguiram. Cinco pilotos com motores Mercedes, três com Renault e dois com Ferrari. Estavam andando quando a quadriculada baixou Pérez, Sutil, Gutiérrez, Chilton e Bianchi.
Dentre os abandonos, ficaram de fora com problemas mecânicos Grosjean, Maldonado, Ericsson, Vettel e Hamilton – só o inglês com uma unidade de força que não era francesa.
Quase cinco horas depois do fim da prova, os comissários técnicos encontraram uma irregularidade técnica no carro de Ricciardo, que excedeu consistentemente o limite de fluxo de combustível de 100 kg/h. Com isso, Daniel foi desclassificado da corrida.
A próxima etapa do Mundial de F1 acontece daqui a duas semanas, no circuito de Sepang, na Malásia.
A classificação do Mundial de Pilotos | |
A classificação do Mundial de Construtores |
F1 imprevisível no glamour do Principado? Dica de amigo: dá uma olhadinha, fala com os amigos e entra em contato com o Edgar Efeiche para uma viagem em alta velocidade: http://www.amkviagens.com.br/2011/index.php/terrestres_internacionais/ver/104" src="https://fbcdn-sphotos-h-a.akamaihd.net/hphotos-ak-frc3/t1/s843x403/1239391_634676119915289_405699877_n.jpg" style="background-color: transparent;border: none;margin: 0px;padding: 0px;vertical-align: baseline;height: 215px;width: 580px;background-position: initial initial"/>
F1, GP da Austrália, Melbourne, final:
1 | 6 | NICO ROSBERG | ALE | MERCEDES | 1:32:58.710 | 56 voltas | |
2 | 20 | KEVIN MAGNUSSEN | DIN | McLAREN MERCEDES | +26.777 | ||
3 | 22 | JENSON BUTTON | ING | McLAREN MERCEDES | +30.027 | ||
4 | 14 | FERNANDO ALONSO | ESP | FERRARI | +35.284 | ||
5 | 77 | VALTTERI BOTTAS | FIN | WILLIAMS MERCEDES | +47.639 | ||
6 | 27 | NICO HÜLKENBERG | ALE | FORCE INDIA MERCEDES | +50.718 | ||
7 | 7 | KIMI RÄIKKÖNEN | FIN | FERRARI | +57.675 | ||
8 | 25 | JEAN-ÉRIC VERGNE | FRA | TORO ROSSO RENAULT | +1:00.441 | ||
9 | 26 | DANIIL KVYAT | RUS | TORO ROSSO RENAULT | +1:03.585 | ||
10 | 11 | SERGIO PÉREZ | MEX | FORCE INDIA MERCEDES | +1:25.916 | ||
11 | 99 | ADRIAN SUTIL | ALE | SAUBER FERRARI | +1 volta | ||
12 | 21 | ESTEBAN GUTIÉRREZ | MEX | SAUBER FERRARI | +1 volta | ||
13 | 4 | MAX CHILTON | ING | MARUSSIA FERRARI | +2 voltas | ||
17 | JULES BIANCHI | FRA | MARUSSIA FERRARI | +8 voltas | |||
8 | ROMAIN GROSJEAN | FRA | LOTUS RENAULT | NC | |||
13 | PASTOR MALDONADO | VEN | LOTUS RENAULT | NC | |||
9 | MARCUS ERICSSON | SUE | CATERHAM RENAULT | NC | |||
1 | SEBASTIAN VETTEL | ALE | RED BULL RENAULT | NC | |||
44 | LEWIS HAMILTON | ING | MERCEDES | NC | |||
19 | FELIPE MASSA | BRA | WILLIAMS MERCEDES | NC | |||
10 | KAMUI KOBAYASHI | JAP | CATERHAM RENAULT | NC | |||
DSC | 3 | DANIEL RICCIARDO | AUS | RED BULL RENAULT | NC | ||
MELHOR VOLTA | NICO ROSBERG | ALE | MERCEDES | 1:32.478 | volta 19 | ||
RECORDE | SEBASTIAN VETTEL | ALE | RED BULL RENAULT RB7 | 1:23.529 | 26/03/2011 | ||
MELHOR VOLTA | MICHAEL SCHUMACHER | ALE | FERRARI F2004 | 1:24.125 | 07/03/2004 |