Schumacher e Barrichello no grid, Bridgestone e motores V8: como era a F1 quando Kubica fez seu último TL1

Há sete anos e meio, Robert Kubica completava aquele que viria a ser seu último primeiro treino livre de um fim de semana de GP, em Abu Dhabi. Desde então, o polonês lutou pela vida depois de ter sofrido o gravíssimo acidente no Rali Ronde di Andora, reconstruiu sua carreira e, pouco a pouco, tenta cavar sua segunda chance na F1. Uma F1, aliás, que é muito diferente daquele 12 de novembro de 2010 em Yas Marina, ainda que não faça tanto tempo assim

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Tarde de sexta-feira, 12 de novembro de 2010. A F1 abria o fim de semana decisivo daquela temporada com a expectativa da definição do título mundial em Abu Dhabi. Nada menos que quatro pilotos chegavam com chances de levar a taça: Fernando Alonso — então líder do campeonato —, Mark Webber, Sebastian Vettel e Lewis Hamilton. O então jovem alemão de 23 anos da Red Bull, que viria a confirmar o título dois dias depois, liderou o primeiro treino livre em Yas Marina. Sessão que teve Robert Kubica, à época piloto da Renault, em quinto.

 
Aquela foi a última vez que o polonês acelerou em um primeiro treino livre de GP. No desfecho do fim de semana, Kubica cruzou a linha de chegada justamente em quinto. Enquanto Vettel subia ao topo do pódio e comemorava por ser o mais jovem campeão da história, Robert saía de cena na temporada com a esperança de que a Renault fosse uma forte concorrente rumo ao título. Algo que talvez até poderia ter acontecido se não fosse o trágico acidente sofrido pelo piloto em 5 de fevereiro de 2011 no Rali Ronde di Andora, na Itália, onde o talentoso piloto quase perdeu os membros superiores do lado direito.
 
Kubica escapou da morte, lutou pela vida e também pela chance de retomar a carreira. Primeiro, nos ralis, sua velha paixão, onde chegou até a disputar etapas do Mundial, o WRC. Mas o sonho mesmo era de estar na F1. E esse sonho foi se concretizando de forma gradual com testes pela Renault e na Williams no ano passado. A vaga como titular para substituir Felipe Massa na equipe de Grove em 2018 ‘bateu na trave’ e não veio por pouco, graças ao dinheiro russo trazido por Sergey Sirotkin para garantir o último cokcpit disponível neste ano.
Sete anos e meio: o tempo que separou os dois TL1 de Robert Kubica entre 2010 e 2018 (Foto: LAT Photographic/Forix)
Mas Robert acabou recebendo um prêmio de consolação: foi contratado pela Williams como suplente, ou piloto reserva e de desenvolvimento. E é nessa função que o polaco está escalado para o primeiro treino livre do GP da Espanha, na manhã desta sexta-feira (11). Sete anos e meio depois de ter acelerado pela última vez num TL1.
 
Não parece que faz muito tempo assim, mas o fato é que a F1 mudou bastante desde a última vez que Kubica acelerou num treino pra valer. O Mundial conheceu dois tetracampeões (Vettel e Lewis Hamilton), viu a derrubada de recordes, o surgimento de lendas, a estagnação de quem tinha tudo para ser o maior do seu tempo, o desmantelamento da grandiosa McLaren, amplas mudanças no regulamento técnico, nova fornecedora de pneus e uma enorme renovação no grid de largada.
 
Eram 24 as vagas no grid em 2010: a entrada das nanicas Lotus, HRT e Virgin naquele ano ajudou a estufar o número de carros na temporada, mas não levou muito tempo para as três fecharem as portas em razão da falta de recursos financeiros. A Bridgestone encerrava seu ciclo como fornecedora oficia de pneus da categoria e passava o bastão para a Pirelli, que segue até os dias de hoje como a responsável por calçar os carros da F1 com seus vários tipos e cores.
Michael Schumacher era piloto da Mercedes em 2010 (Foto: Daimler/Forix)
Dentre os pilotos, apenas quatro dos que alinharam naquele TL1 em Abu Dhabi hoje fazem parte da F1: Vettel, Hamilton, Alonso e Nico Hülkenberg, que em 2010 fazia seu ano de estreia com a Williams, sendo companheiro de equipe de Rubens Barrichello. Kimi Räikkönen, o mais veterano do grid atual, com 38 anos, havia dado um tempo na sua carreira na F1 e disputava o Mundial de Rali naquela temporada de 2010.
 
O nome de maior impacto e peso no TL1 em 2010, por todos os seus títulos e história, era Michael Schumacher, que encerrava a primeira de três temporadas pela Mercedes. A equipe alemã fazia seu campeonato de retorno à F1 depois de mais de cinco décadas com um trabalho de médio/longo prazo para se tornar a potência que é nos dias de hoje. O heptacampeão é quem luta pela vida depois do acidente sofrido na estação de esqui de Méribel em 29 de dezembro de 2013.
 
Poucos deixaram as pistas de vez, como Nico Rosberg — campeão mundial em 2016 —, Mark Webber, Adrian Sutil, Jarno Trulli e Jaime Alguersuari. De outros daquela época pouco se tem notícia, como Vitantonio Liuzzi e o obscuro Fairuz Fauzy, que foi suplente de Heikki Kovalainen na Lotus no primeiro treino em Abu Dhabi. Felipe Massa, que deixou de vez a F1 em 2018, não necessariamente deixou o automobilismo e almeja uma vaga no grid da Fórmula E em breve.
Rubens Barrichello fez parte do rol de pilotos em ação no TL1 de Abu Dhabi em 2010 (Foto: LAT Photographic/Forix)
Outros, mesmo longe da F1, continuam brilhando: Barrichello na Stock Car, Lucas Di Grassi na Stock Car e também na Fórmula E, assim como Sébastien Buemi. Timo Glock inclusive venceu a segunda corrida da etapa de abertura do DTM no último domingo, em Hockenheim. Outro alemão, Nick Heidfeld, faz figuração na Fórmula E, enquanto Bruno Senna — atual campeão do mundo na LMP2 — Kamui Kobayashi e Vitaly Petrov trilham o caminho das suas respectivas carreiras no WEC.
 
A F1 do último treino livre de Robert Kubica até esta sexta-feira também mudou muito em termos de motor. Em 2010, os propulsores ainda eram os barulhentos e encantadores V8. Tal geração foi substituída a partir de 2014 pela nova ‘Era Turbo’, com as unidades motrizes de energia híbrida, ecologicamente mais corretas e longe de ter o barulho desejado por muitos pilotos e fãs.
 
Dentre tantas mudanças vividas pela F1 neste tempo, uma das mais importantes, não necessariamente dentro da pista, foi a troca de gestão com a saída do então chefe supremo Bernie Ecclestone para a entrada do Liberty Media como dono do esporte. Sob a batuta do novo chefão Chase Carey, do diretor-esportivo Ross Brawn e do diretor comercial Sean Bratches, a F1 finalmente abriu seus olhos para o público e desenvolve meios de se tornar mais abrangente e mais vista pela velha e pela nova geração de fãs nas redes sociais e nas mais diversas plataformas de difusão. 
 
E mais um grande capítulo desta ‘Era Liberty’ é inaugurado justamente neste fim de semana com o nascimento oficial da F1 TV, a ‘Netflix’ da F1.
 
Com tantas mudanças em tão pouco tempo, dá para dizer que a F1 do último primeiro treino livre de Robert Kubica em comparação com o que o polonês tem à sua frente em Barcelona é um esporte, dentro e fora das pistas, completamente diferente.
CAMINHO PARA VIRAR LENDA

TRÍPLICE COROA É O QUE SOBROU PARA CARREIRA DE ALONSO

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