Secretário vistoria andamento das obras de modernização de Interlagos. Bico de Pato ganha versão alternativa

Melhorias em fase de execução para o GP do Brasil de F1, marcado para 9 de novembro, incluem o recapeamento completo da pista e do pit-lane, novas entrada e saída de boxes e a preparação do terreno para a construção de boxes auxiliares

 O secretário municipal de Infraestrutura e Obras, Roberto Garibe, foi até Interlagos na tarde desta quarta-feira (1) para vistoriar o andamento das obras de modernização do Autódromo José Carlos Pace, palco do GP do Brasil de F1.

A edição de 2014 da prova está marcada para o dia 9 de novembro e é a penúltima etapa do Mundial. Até lá, serão concluídas as obras de recapeamento completo da pista, de entrada e saída dos boxes e de acessibilidade, que integram a primeira fase do grande projeto de reforma que deve ser concluído no ano que vem.

No que diz respeito à pista, as mudanças na entrada e na saída dos boxes são as que mais devem causar impacto. Ambas dizem respeito à segurança.

A entrada será mais extensa, começando após a curva do Café, e incluirá uma chicane para a redução da velocidade. Antes, o local era perigoso porque os carros chegavam em alta velocidade em um ponto onde havia uma quina de um muro. Agora, os pilotos deverão tomar o rumo dos boxes bem antes.

Já a saída foi alongada para permitir a criação de uma área de escape de cerca de 15 metros na segunda perna do S do Senna. Até o início da reforma, o muro ficava colado na pista. Como resultado disso, a curva para quem deixa os pits se torna mais lenta.

Essas modificações devem implicar no tempo perdido pelos pilotos para os pit-stops — mas ainda não está claro quanto tempo. 

Espaço na entrada dos boxes foi ampliado graças à construção de um muro de terra armada de dez metros de altura (Foto: Renan do Couto/Grande Prêmio)

“Um pedido era para resolver a entrada do box, que vai ter uma desaceleração muito antes do que ocorria. A gente sabia que tinha um risco e a FIA sempre alerta. Fizemos toda essa correção. E aqui na saída dos boxes, a gente trouxe toda a área de saída mais para dentro. Isso criou uma área de escape no S do Senna, o que melhora também a segurança”, explicou o Secretário de Infraestrutura Urbana e Obras de São Paulo, Roberto Garibe.

Ainda no S do Senna, mas na parte externa, está sendo preparado o terreno para a construção dos boxes auxiliares, previstos para abril de 2015 — e em processo de licitação. Esses boxes terão entrada no fim da reta dos boxes e saída depois da Curva do Sol.

Não vai ser feita nenhuma mudança na curva do Café, como chegou a ser anunciado em 2011, após a morte do piloto Gustavo Sondermann na Copa Montana. Desde então, as categorias nacionais correm em Interlagos utilizando uma chicane de baixa velocidade antes daquele ponto.

O recapeamento completo dos 4.309 m do traçado está previsto para ser concluído já na próxima semana. O recapeamento da área de boxes está completo. Lá, houve ainda o alargamento do piso de concreto que fica na porta das garagens de três para sete metros — apenas o pit-lane continua com asfalto. Essa obra incluiu, ainda, o Kartódromo Ayrton Senna, onde o próximo passo é a construção de zebras novas.

No atual prédio de boxes, foram feitas apenas obras de manutenção da parte hidráulica e elétrica. Em 2015, esse prédio será remodelado: as garagens terão a largura ampliada e o pé-direito levantado em cerca de 30 cm. As novas garagens serão feitas na direção da entrada dos pits.

De acordo com Garibe, a decisão de manter reformar os boxes atuais em vez de construir uma nova estrutura na Reta Oposta foi tomada após discussões com a Federação Internacional de Automobilismo. “Foi a FIA que fez toda uma análise e achou melhor que os boxes continuassem aqui. Tínhamos um esboço de um projeto que a gente modificou. Foi isso que a gente teve que alterar. Mas seguindo sempre as coordenadas e as especificações da FIA”, disse. “E ia ter que manter duas estruturas grandes com a mudança”, completou.

O custo total da primeira fase das melhorias, a ser completada até o GP do Brasil, é de R$ 47 milhões. A segunda parte deve custar R$ 105 milhões. O Ministério do Turismo, por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), destinou R$ 160 milhões para a Prefeitura de São Paulo.

Garibe afirmou que o GP do Brasil de F1 “é importantíssimo para a indústria do turismo na cidade”, mas não acredita que o Autódromo de Interlagos seja dependente da etapa do Mundial.

São Paulo é a cidade que mais recebe turistas na cidade, e esse turismo é de negócios. As pessoas vêm para as feiras, grandes eventos, inclusive para esses eventos internacionais como é a F1. Atrai quase 150 mil pessoas. Tem gente que vê só treino e vai embora. Tem uma média de gastos bem elevada, o perfil das pessoas que vêm para cá. Isso está relatado em estudos. É importantíssimo para a manutenção dos empregos, ocupação dos hotéis, bares, restaurantes”, enumerou.

“Acho que não. Interlagos tem uma história própria, uma história longa de automobilismo no país. São dezenas de provas que abrigamos aqui. O automobilismo é muito forte no país, e Interlagos é o centro dele. Não só do Brasil, mas do mundo. Interlagos tem um charme, os pilotos gostam de correr aqui, e eu acho que é por isso que ela nunca vai sair do circuito internacional”, encerrou.

Bico de Pato

Uma pequena modificação foi feita antes do Bico de Pato e pode servir como alternativa para corridas de moto, principalmente: foi construída, com especificações de pista, uma via de acesso metros antes da tradicional curva. A intenção é facilitar o resgate de carros que eventualmente quebrarem ou sofrerem acidentes naquele local. Porém, para a F1, nada muda.

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