Stewart defende que F1 continua perigosa e lamenta que “provavelmente serão necessárias mortes para perceberem”

O tricampeão Jackie Stewart, que se aposentou da F1 no fim de 1973 após a morte do companheiro de equipe François Cevert, afirmou que a categoria continua sendo perigosa e avaliou que o acidente de Max Verstappen em Mônaco poderia ter sido fatal

Falar que a F1 precisa ser mais perigosa é um absurdo para Jackie Stewart. O tricampeão mundial afirmou que os riscos continuam sendo enormes no automobilismo e que, talvez pela inexperiência, muitos pilotos não tenham noção – ou mesmo medo – disso.
 
A declaração vem na esteira do que disse Kimi Räikkönen na semana passada, antes do GP da Áustria. Em Spielberg, no domingo, o finlandês escapou de sofrer graves lesões em um sério acidente com a McLaren de Fernando Alonso.
 
Stewart, que lutou muito por segurança em seu tempo e que se aposentou da F1 em 1973 após o acidente fatal sofrido por François Cevert, criticou.
O acidente de Räikkönen com Alonso na Áustria (Foto: Reprodução TV)
“Muitos dizem que o esporte não é como era, mas os riscos são os mesmos. É triste, mas provavelmente serão necessárias não uma, mas duas mortes para todos perceberem”, lastimou o tricampeão em entrevista ao jornal ‘Der Tagesspiegel’.
 
“O acidente que Max Verstappen sofreu em Mônaco poderia ter sido fatal. No fim de maio, em Monza, Lance Stroll teve um acidente terrível e voltou andando para os boxes. O pai dele, Lawrence, me mostrou o vídeo em Montreal, e eu fiquei chocado. Ele também, por perceber que algo assim poderia acontecer com o seu filho”, declarou.
 
O escocês se ofereceu para trabalhar com os pilotos em prol de melhorias na segurança, e acredita que eles têm pouca voz ativa dentro da F1 hoje em dia.
 
“A palavra deles não tem peso. No passado, boicotávamos corridas, tirávamos do calendário, então muita gente na organização tem medo de os pilotos se tornarem perigosos assim outra vez. Mas alguns pilotos acreditam que não precisam mais nos preocupar com segurança. Talvez seja porque muitos ainda são jovens, a maioria sequer é casada”, apontou.

Os últimos acidentes fatais na F1 aconteceram em 1994, com as mortes de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna no GP de San Marino. Em 2014, contudo, Jules Bianchi sofreu um fortíssimo acidente no GP do Japão, em Suzuka, e está em coma desde então.
 

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