Stop & Go: “Pilotar um F1 hoje é muito fácil, qualquer um guia”, diz Maldonado

Venezuelano da Lotus critica o domínio da Mercedes, diz que tem saudades dos V10 e não entende por que o acordo entre Lotus e Renault está demorando tanto. “Única vantagem é que pelo menos já sabemos como montar esses motores no carro”, disse

Pastor Maldonado vive a curiosa situação de ter contrato para o ano que vem, sem saber quem será seu patrão. O venezuelano, graças ao patrocínio da PDVSA, a estatal petrolífera de seu país, já foi confirmado pela Lotus para 2016. A Lotus, porém, não está confirmada. Se o time não for vendido para a Renault, Maldonado será um piloto com contrato, mas sem equipe. “O acordo está cada vez mais perto, mas não entendo por que demora tanto”, falou. “Pergunto a eles todos os dias em que pé estão as coisas, eles me passam as informações, mas não há nada a fazer. Só esperar.”
 
Nessa situação de incerteza, Maldonado espera fechar a temporada com resultados que mantenham a Lotus à frente da Toro Rosso na classificação.
 
Faltando apenas o GP de Abu Dhabi para o desfecho do Mundial, a equipe de Enstone tem 76 pontos, contra 67 dos italianos de Faenza. A luta pelo sexto lugar entre os construtores pode parecer pouco importante, mas para a conta bancária de uma equipe, não é. A diferença da premiação entre sexto e sétimo lugar é estimada em US$ 7 milhões. Uma grana que pode não salvar o ano, mas ajuda bastante.
 
No escritório “pelado” da Lotus, que só na quinta-feira à noite anterior ao GP do Brasil, em Interlagos, recebeu a permissão de ocupar o espaço depois de quitar pendências financeiras com a organização da corrida, Maldonado falou ao GRANDE PRÊMIO sobre a situação da equipe e deu sua visão da F1 atual: “Os carros são muito fáceis de guiar. Qualquer um senta e chega no limite. É preciso fazer alguma coisa”.
Pastor Maldonado falou do futuro da Lotus (Foto: Getty Images)

Confira a entrevista com Pastor Maldonado:

 
Temporada terminando, incertezas quanto ao futuro da equipe, como é que a Lotus chega ao final deste Mundial?
 
Vamos tentar colocar os dois carros nos pontos em Abu Dhabi. É o que podemos fazer. Não vai ser fácil, porque a Toro Rosso teve vários upgrades ao longo do ano, e nós praticamente não fizemos nada no nosso carro. Estamos pagando por isso. Mas temos de fazer o melhor para conseguir segurar o sexto lugar. É importante para a equipe.
 
Essa história da venda para a Renault está atrapalhando o time?
 
É algo que atrapalha, claro. Está cada dia mais perto, mas não entendo por que demora tanto. Temos de esperar. Eu pergunto o tempo todo para eles em que pé está a coisa, mas não há muito o que fazer. Estou informado do que está acontecendo, mas só nos resta mesmo esperar.
 
Além da sobrevivência da equipe, o que mais de bom você vê nessa negociação?
 
Nós já usamos motores Renault no passado. Sabemos como colocá-los nos carros, como montar os sistemas de refrigeração, baterias, motores elétricos, tudo. Isso ajuda, essa experiência será útil. Tivemos dificuldades no início com a mudança para a Mercedes, e isso não vai acontecer agora. O importante é que seja rápido, para que a gente possa estar com tudo pronto já para o primeiro teste de inverno. Claro que seria mais fácil se continuássemos com a Mercedes, hoje conhecemos o motor, temos tudo sob controle. Mas temos de esperar pelo acordo final. O melhor agora é fechar logo com a Renault.
 
O que você achou desta temporada, em geral?
 
Foi um ano difícil para a F1. O domínio absoluto de uma equipe não é o melhor para o esporte. Hoje, a Mercedes tem de ter algum problema para alguém poder ganhar uma corrida. Isso não é legal. Eles são imbatíveis, ninguém consegue chegar perto.
 
Mesmo assim, tivemos um evento espetacular no México, com muita gente nas arquibancadas…
 
A F1 precisa dar oportunidades a outros países que são apaixonados pelas corridas. A América Latina tem um enorme amor pelo esporte. México foi o melhor GP da temporada em tudo: público, organização, a corrida… OK, a pista não estava perfeita, mas eu saí de lá muito impressionado. Eles estavam esperando por essa corrida desde 1993. Todo mundo vestido com camisas e bonés das equipes, um entusiasmo enorme. Foi um negócio incrível.
Pastor Maldonado não vê semelhanças da F1 atual e a de dez anos atrás (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
Mudando a conversa, me fale sobre esses motores da F1. Você já guiou tudo, V10 aspirado, V8, e agora esses V6 turbo…
 
Ah, o V10 era único, potência, barulho… Esse agora é um 1.600…
 
E você gosta?
 
Bom, tem mais torque, muita tecnologia…
 
E isso é positivo?
 
Pode ser para a indústria automobilística de carros híbridos, mas não sei se é para a F1.
 
Você guiou um F1 pela primeira vez quando?
 
Em 2004, uma Minardi.
 
Existe alguma semelhança com os de hoje?
 
Nenhuma. Tive de reaprender tudo. Dirigir um F1 hoje é fácil. Não tem nada a ver com os carros que eu guiei quando comecei.
 
Isso explica, por exemplo, os resultados do Verstappen?
 
Acho que sim. Para pilotar um V10, um estreante demorava mais para chegar ao limite do carro. A experiência era importante. Os V8 também eram complicados, tinha aquele negócio de difusor soprado, pneus diferentes. Hoje é simples, os pneus são simples, é muito fácil. Qualquer um guia.
 
E tem com mudar isso?
 
Eu espero que em 2017 as coisas mudem. Vamos ter muitas mudanças no regulamento, mudanças grandes. Os carros precisam melhorar. Precisam ter mais downforce, pneus diferentes, têm de ser mais bonitos. Isso deve acontecer em 2017. É o que eu espero.

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