Treinos com Mercedes à frente não indicam realidade em Barcelona: Red Bull é mais veloz e Ferrari se esconde

A sexta-feira de treinos livres em Barcelona mostrou a Mercedes no comando, mas a real imagem desse GP da Espanha vai muito além disso. Um consistente Red Bull e uma Ferrari focada em corrida se colocam até mais fortes do que a esquadra alemã

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O primeiro treino teve um baile de Valtteri Bottas; no segundo, Lewis Hamilton se colocou em primeiro com um carro não tão bem ajustado e com pouca margem para Red Bull e Ferrari. Se a tabela de tempos aponta que a Mercedes tem domínio sobre as rivais, é melhor ver tal situação de forma comedida.

 
Claro, não significa que neste sábado não haja possibilidade de ou o finlandês ou o inglês largarem na pole, mas a averiguação nas simulações de voltas, devidamente cruzadas com as combinações de pneus, voltam a colocar Red Bull e Ferrari emparelhadas, ainda que o dia tenha sido um tanto incomum, em que os pilotos tentaram entender os novos compostos, além da influência do asfalto mais liso e das fortes rajadas de vento que atingiram a pista e provocaram um tanto de erros, rodadas e escapadelas. 
 
Na verdade, embora a Mercedes tenha apresentado velocidade suficiente para eventualmente comandar a classificação, o ritmo para a sessão que define o grid do GP da Espanha ainda não ficou claro, ao menos não entre as três ponteiras. Hamilton foi capaz de liderar a atividade, mas usando os pneus macios. Pouco menos de 0s2 atrás e na segunda colocação, Daniel Ricciardo também conseguiu sua melhor marca com os amarelos. E a diferença entre os seis pilotos ficou na casa de 0s570. 

"O dia foi muito bom, mas foi complicado por causa da ventania", disse Hamilton. "Todos os pilotos estavam sofrendo com a mudança da direção do vento. Você está chegando em curvas diferentes e a direção do vento nunca é a mesma, então vários pilotos escaparam. São condições que dificultam a definição de um rumo para o acerto."

Hamilton liderou o dia, mas é a realidade da F1? (Foto: Beto Issa)
Já a equipe italiana preferiu se ater à corrida, testando suas novidades – como os espelhos retrovisores presos ao halo – e não intensificou nas simulações de uma única volta rápida, embora seus melhores tempos tenham vindo dos pneus supermacios. Hamilton e Ricciardo, por sua vez, erraram em seus ‘giros quentes’, então ficou-se sem saber até aonde chegariam ou como.
 
Além disso, a mudança na composição dos pneus não gerou uma melhora significativa de desempenho, como era de se imaginar. A Pirelli, fornecedora dos compostos, decidiu reduzir a profundidade da banda de rodagem nos pneus como forma de proporcionar um gerenciamento melhor das temperaturas. Só que todo mundo enfrentou problemas para ganhar obter temperatura, performance e tempo com os pneus de marca vermelha. Talvez o asfalto novo do circuito catalão tenha algum peso nisso, mas o que ficou foi realmente uma pulga atrás da orelha, especialmente quando se olha para a tabela, em que Hamilton foi 0s326 mais veloz que Vettel, usando os compostos macios.
 
Como dito, a Ferrari se focou no desempenho de corrida, ainda que tenha enfrentado problemas como Kimi Räikkönen, mas Sebastian Vettel não se mostrou tão regular, alternando voltas em 1min22s7, 1min22s9, 1min23s0, 1min23s1 em sua simulação com os supermacios, composto com o qual andou por mais de 20 voltas. Mas 2018 já provou que não se pode subestimar uma sexta-feira discreta dos italianos. Quer dizer, a equipe de Maranello olhou para si e escondeu o jogo.  "A mudança mais importante [com relação das últimas provas] foi nos pneus, que parecem bem diferente. Não sei, mas não acho que estejam melhores que antes, mas estão aí para todos", disse Seb.
Sebastian Vettel escondeu o jogo (Foto: Beto Issa)
No quesito corrida, a Mercedes ainda ficou devendo, como vem acontecendo até com certa frequência neste ano. Os carros prateados não conseguiram a mesma consistência dos rubro-taurinos, mesmo como os pneus macios, que parecem ser sua fonte de força. A Red Bull se destacou, na verdade. Verstappen chegou a ser 0s4 mais veloz que Hamilton, ainda que pese o jogo de quatro voltas a menos do holandês. Ricciardo obteve a mesma vantagem. Ou seja, as atualizações parecem ter funcionado bem mais do que esperado pelos lados dos energéticos, como bem citado por Max ao fim do dia.
“Você sempre quer melhorar, mas acho que carro já esteve bem hoje”, avaliou Verstappen. “Não tivemos muitos problemas e parece que estamos competitivos na simulação de corrida. Segundo e terceiro [no TL2] é bom para nós no papel, mas ainda é sexta-feira, então precisamos seguir trabalhando durante a noite para dar passos adiante amanhã. Nossas atualizações parecem estar funcionando, então agora precisamos esperar o impacto que isso vai ter sobre a classificação. O supermacio não parece particularmente veloz e é complicado de fazer funcionar. Isso pode mudar amanhã, mas hoje o macio parece o melhor composto”, completou.
Ricciardo também confirmou a diferença de performance entre os pneus supermacios e macios. "Estávamos bem com o pneu macio, mas não deu para fazer o supermacio funcionar direito, e isso é algo que que pouca gente conseguiu. Vai ser um pneu complicado para o fim de semana", explicou o australiano.
Daniel Ricciardo foi o segundo mais veloz (Foto: Beto Issa)
De qualquer forma, apesar das diferenças no mix de pneus e táticas – que pode até ser de uma única parada –, o ritmo do top-3 está bem próximo. Ou seja, a estratégia será um ponto ainda mais decisivo neste fim de semana, uma vez que os três principais times estão quase em pé de igualdade. Mesmo que os tempos de hoje tenham sido muito mais rápidos do que os do ano passado, ninguém superou a marca de 1min17s182, alcançada nos testes de pré-temporada, mas com o composto hipermacio. E a diferença de desempenho entre o supermacio e o macio é de aproximadamente 0,4s, enquanto 0,7s é a distância entre o macio e o médio, de acordo com a Pirelli. E é por isso que a etapa espanhola já se desenha em uma batalha tática entre as equipes.
 
Par fechar, o pelotão intermediário também se viu em uma batalha apertada, mas ainda longe das ponteiras. Há de se ressaltar a performance da Haas, que seguiu à frente de McLaren e Renault – duas das equipes que mais investiram em atualizações. O dia ainda teve a presença de Robert Kubica no carro da Williams. O polonês foi apenas o 19º, usando apenas os pneus supermacios. E confirmou também o que já se sabe há algum tempo: o carro da equipe inglesa é errático e, dificilmente, será visto longe do fundo grid
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