Um ano depois do acidente de Schumacher, diretor de estação de esqui torna a defender estrutura: “Não foi nossa culpa”

O diretor da estação de esqui de Méribel, Jean-Louis Leger-Mattei, tornou a isentar seu resort no acidente sofrido por Michael Schumacher. Um ano depois, local onde heptacampeão caiu continua sem grades limitando a pista, e empresa garante que acidentes semelhantes não aconteceram

Um ano depois, o trecho da estação de esqui de Méribel em que Michael Schumacher se acidentou continua do mesmo jeito que antes, e o diretor do resort localizado nos Alpes Franceses quer olhar apenas para o futuro.

Jean-Louis Leger-Mattei, diretor da empresa Alpina, responsável pela estação, mais uma vez tratou de isentar a estrutura do local pelo acidente que quase matou o heptacampeão mundial de F1.

De acordo com o diretor, em entrevista ao jornal alemão ‘Bild’, “o que aconteceu com Michael Schumacher foi há muito tempo e não foi nossa culpa”.

Infográfico Schumacher

Segundo a reportagem do ‘Bild’, não foram instaladas grades separando as pistas do local ponto Schumacher se acidentou. Naquele trecho, em busca de uma neve mais fofa, os esquiadores saem da pista demarcada por conta e risco — o que o alemão fez no dia 29 de dezembro de 2013. Tais atos são comuns, e o diário alemão reportou que existiam diversos rastros de esquiadores no mesmo ponto.

“O acidente aconteceu fora das pistas demarcadas. Por que deveríamos fechar algo? Não aconteceram mais acidentes lá”, declarou o empresário.

No início de 2014, a promotoria de Albertville, responsável pela região de Méribel, investigou detalhadamente o acidente sofrido por Schumacher e concluiu que o caso foi uma fatalidade. A estação ou os equipamentos usados pelo piloto não foram condenados. No caso do alemão, ele atingiu uma pedra que estava encoberta pela neve, desequilibrou-se e caiu de cabeça em uma outra. Com traumatismo craniano grave, o maior campeão da história da F1 passou nove meses internado em dois hospitais até ser transferido para dar continuidade ao tratamento em casa, em Gland, na Suíça. Oficialmente, o ex-piloto de 45 anos atravessa um processo “delicado, longo e difícil e sem prazo para recuperação plena”.

PAZ E AMOR

Ao GRANDE PRÊMIO, Nelsinho Piquet falou do ano cheio que viveu em 2014 e da adaptação às diferentes categorias que disputou nesta temporada. O brasileiro de 29 anos se disse um apaixonado por pilotar e que apenas procura um “ambiente em que possa se divertir, sem ficar estressado”

“A verdade é que quanto mais experiência você possui, melhor você consegue se adaptar a outros tipos de carros", declarou o piloto.

Leia a reportagem completa no GRANDE PRÊMIO.

O ÚLTIMO CAMPEÃO

Há um ano e meio, Jacques Villeneuve, o último piloto campeão pela Williams, mostrava-se bastante receoso quanto ao futuro do time. Hoje, o pensamento do canadense é diferente — ainda que ele fale da transformação da equipe com alguma cautela. Em entrevista exclusiva à REVISTA WARM UP, em julho de 2013, Villeneuve dissera que, “no momento em que uma equipe passa a ter pilotos pagantes, está acabado”. O pensamento do piloto é direto: ter bons pilotos é que atrai os bons patrocínios. Neste ano, com Felipe Massa se juntando a Valtteri Bottas, a equação mudou, e o campeão de 1997 avaliou a nova fase do time.

Leia a entrevista com Villeneuve na REVISTA WARM UP.

MELHORES DO ANO
 
E assim, como num passe de mágica, 2014 passou. Foi rápido mesmo. Se Vettel decepcionou, a Mercedes dominou e o medo de acidentes fatais voltou à F1; se a Ganassi não correspondeu e Will Power fez chegar o dia que parecia inalcançável; se Márquez deu mais um passou para construir uma dinastia; se Rubens Barrichello viveu sua redenção, tudo isso é sinal das marcas de 2014 no automobilismo. Para encerrar e reforçar o que aconteceu no ano, a REVISTA WARM UP volta a eleger os melhores do ano.

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