Webber critica artifícios da F1 e sugere provas “com menos ultrapassagens e melhor qualidade”

Mark Webber criticou manobras como pneus mais degradáveis e a asa móvel, artifícios usados pela F1 para corridas com maior número de ultrapassagens. Segundo o australiano, os pilotos não gostam muito das medidas, que acabam confundindo o público em geral

Dentre as muitas críticas feitas para a F1 no último ano e meio, as de Mark Webber fogem um pouco dos pontos comuns. Para o australiano, agora piloto da Porsche no Mundial de Endurance, coisas complexas como a degradação dos pneus e a asa móvel afastam as pessoas da categoria.
 
De acordo com o ex-piloto da Red Bull, é tudo uma questão de aumentar o número de ultrapassagens. O intuito da Pirelli desde o começo foi ter pares de compostos de pneus onde um se degradava muito mais rapidamente que o outro, para assim haver batalhas entre carros de pneus bons e de pneus gastos. Assim como a asa móvel, usada, salvo ocasião especial, para ultrapassar.
 
Webber deixou claro, em entrevista ao site 'F1i.com' que não compartilha da alegria de ver múltiplas ultrapassagens por corrida. E segundo ele, é também a visão de pilotos que estão atualmente na F1.
 
"Se você analisar esportes como futebol ou tênis em um nível de elite, não houve muita mudança. Se aumentarem os gols no futebol, o Messi vai ficar mais feliz? Provavelmente não, porque ele tem a habilidade. Infelizmente, as pessoas agora esperam ver 20 ultrapassagens por prova, é meio que padrão. Creio que poderíamos fazer uma corrida com menos ultrapassagens e melhor qualidade geral. Absolutamente não é problema dos pilotos, é apenas com o que eles precisam lidar", disse.
Webber (Foto: Gabriel Pedreschi)
"Estou falando em nome dos pilotos da frente do grid, porque eles não podem falar o que realmente sentem. Mas estou falando com eles agora. Eu gostaria muito que alguém fizesse uma estatística do ritmo de corrida com 2015 sendo comparado com meados dos anos 2000. Provavelmente, Montoya daria três voltas e meia no Seb no GP da Malásia. Mas as pessoas não estão olhando para isso. No passado, a limitação na parte oposta do circuito da Malásia costumava ser coragem e preparação. Agora é para salvar seus pneus", seguiu.
 
Para Webber, muita gente não consegue mais entender o que está acontecendo na pista durante os GPs.
 
"Algumas coisas estão acontecendo, e parece que temos que explicar a todos o tempo inteiro o que estamos fazendo com as regulamentações técnicas e esportivas e o que está acontecendo. Por que não esquecer isso? Não há motivo para lavar a roupa suja em público. O resultado final é o que é. Você não precisa tentat explicar tudo. A maioria das pessoas com quem eu falo estão intimidadas pela asa móvel, pelos pneus macios e supermacios. Eles sentem que não conseguem ligar a TV e entender o que está acontecendo", encerrou.

Enquanto a F1 volta em cerca de duas semanas com o GP da Espanha, em 10 de maio, o WEC vai à pista de Spa-Francorchamps no próximo final de semana.
 

PROMESSA QUE CONFIRMA

Havia quase um consenso que se alguém que não tinha vitórias na Indy merecia logo triunfar, esse alguém era Josef Newgarden. E foi o que aconteceu neste domingo no GP do Alabama. Após sair da quinta posição no grid de largada, o piloto da CFH largou bem, relargou melhor ainda e teve uma tocada perfeita para poupar combustível e vencer em Barber. A vitória de Newgarden foi importante por uma série de fatores. Além do indiscutível talento, o jovem piloto parece ter tudo para se tornar um ídolo na Indy

PARA SEMPRE

Em sua terceira temporada pela equipe alemã, Lewis chega ao auge da carreira. Contando com um carro dominante e um time em perfeita sintonia, o britânico já conquistou nesta sua passagem por Brackley 15 vitórias, 16 poles, 25 pódios e o título do Mundial de F1 em 2014. E quer mais. O bicampeão do mundo comparou sua relação com a Mercedes a um casamento. “Não consigo imaginar guiando outro carro que não seja a Mercedes", disse

PERDAS E GANHOS

A Williams informou, por meio de nota, que a equipe da F1 sofreu uma perda de £ 42,5 milhões (ou aproximadamente R$ 190 milhões) no ano passado, sendo que o grupo todo teve um prejuízo de £ 34,3 milhões (quase R$ 155 mi). Embora a esquadra inglesa tenha disputado sua melhor temporada em anos em 2014, completando o Mundial de Construtores na terceira colocação, o aumento nos custos da F1 e os resultados ruins do campeonato de 2013 tiveram influência decisiva no desempenho financeiro do time

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