Webber diz que está preparado para "o que vem depois" da F1 e agradece australianos por "apoio fenomenal"

Tranquilo e preparado para deixar F1, Mark Webber afirmou que vai sentir falta de trabalhar com Adrian Newey e disse que construiu uma carreira da qual seus compatriotas e torcedores podem se orgulhar

 

Webber faz no Brasil seu último GP na F1 (Foto: Getty Images)

Mark Webber vai largar da quarta posição em sua última corrida na F1. O GP do Brasil será o palco da despedida do australiano que disputa a principal categoria do automobilismo desde 2002. O piloto da Red Bull garantiu que o domingo será bem diferente, especial, apesar de a preparação para a corrida em Interlagos ter seguido um roteiro normal. Webber ainda não sabe do que mais vai sentir falta quando deixar de entrar em um carro de F1 a cada duas semanas, mas assegurou que a adrenalina e o fato de trabalhar com pessoas como o projetista Adrian Newey são duas das coisas que terá saudade “com toda a certeza”.

“Eu acho que o domingo vai ser um pouco diferente, mas ainda vejo como uma prova normal. Eu ainda quero o melhor resultado possível, mas também estou pronto para o que vai acontecer depois e para os novos desafios que teremos daqui para frente. É claro que tem muita coisa que será a última vez que vou fazer, mas realmente estou bastante tranquilo quanto a isso. Neste momento, o meu principal foco é a corrida mesmo”, disse o piloto de 37 anos aos jornalistas, em Interlagos, em coletiva de imprensa acompanhada pelo GRANDE PRÊMIO.

“É inevitável. É claro que vou sentir falta de certas coisas, mas com certeza vou ter saudade da adrenalina e de trabalhar com pessoas como o Adrian. Coisas assim, obviamente, você não vive com frequência na vida”, completou.

Aí Mark lembrou o peso de sua saída da F1 também para a Austrália, “onde o público é bastante apaixonado pelo esporte”. O piloto da Red Bull disse se sentir orgulhoso de representar o país e só tem a agradecer o “período incrível” e o “apoio  fenomenal” que recebeu ao longo da carreira.

“Certamente, a F1 não era um esporte fácil de acompanhar quando eu estava crescendo e não é ainda. É sempre no meio da noite e tudo mais. Hoje em dia é até um pouco menos difícil, por causa da internet”, disse. “Mas acho que temos sorte em ter um GP desde 1985 em Adelaide. E depois em Melbourne. E isso sempre foi a tônica para que as pessoas continuassem a seguir a F1, porque estavam felizes em ver os melhores pilotos e as melhores equipes correndo no país. Por isso, quando surgiu um australiano competindo pelos melhores resultados foi um super bônus, foi um grande período para todos e tem sido fenomenal o apoio que recebi durante todos esses anos”, acrescentou.

Webber não esqueceu também as polêmicas vividas na F1 e novamente elogiou a postura de seus compatriotas. “Para eles, os últimos anos têm sido especiais e o apoio é sempre incrível, muito embora às vezes seja difícil para eles compreenderem algumas situações deste esporte, mas, mesmo assim, sempre se mostraram carinhosos com seus esportistas. E acho que também posso dizer que consegui uma carreira da qual eles também podem se orgulhar e só tenho a agradecer”, falou.

Portanto, não foi surpresa quando Mark disse que, antes de iniciar os trabalhos efetivamente com a Porsche no Mundial de Endurance, seu anseio é passar mais tempo em seu país. “Neste momento, o que quero é poder gastar mais tempo lá. Andar por aí e descansar”, completou.

Sobre a prova final no Brasil, o australiano só tem um desejo: vencer. O objetivo é conseguir a terceira vitória em um mesmo país. Mark possui dois triunfos em Interlagos, em 2009 e em 2011.

GRANDE PRÊMIO acompanha 'in loco' os eventos que cercam e o GP do Brasil de F1 em Interlagos com os repórteres Flavio Gomes, Evelyn Guimarães e Felipe Giacomelli. Acompanhe o noticiário aqui.

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