Williams defende atenção maior à ideia de cobrir cockpits para deixar pilotos “o mais protegidos possível”

Claire Williams afirmou que a F1 precisa considerar com mais afinco a hipótese de implementar cockpits fechados e, assim, oferecer maior segurança aos pilotos

A F1 deveria, sim, pensar com carinho na proposta de cobrir o cockpit dos carros. Essa é a opinião de Claire Williams, chefe-adjunta da equipe Williams, que acredita que os pilotos devem ficar o mais protegidos possível.

A declaração da inglesa vem na esteira do gravíssimo acidente sofrido por Jules Bianchi no GP do Japão do último domingo (5). O francês bateu em um guindaste que estava na área de escape para fazer o resgate do carro de Adrian Sutil, que se acidentara na saída da curva 7 na volta anterior. Desde então, o piloto da Marussia está internado em estado crítico no Hospital Geral de Mie com uma lesão axonal difusa.

Na visão de Claire, o fato de o cockpit ser aberto ou fechado deve ser tratado como mais do que uma questão estética. De acordo com a revista 'Autosport', essa proposta já foi estudada e rejeitada por chefes de equipe porque os carros ficariam "chocantemente" feios.

Cobertura dos cockpits foi rejeitada no ano passado, mas seria este o futuro (Arte: Iacoski.com)
A SITUAÇÃO DE JULES BIANCHI
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“Temos que olhar para todas as opções disponíveis, sejam elas um cockpit fechado ou não. Mas essas conversas precisam acontecer nos bastidores. Segurança sempre é primordial, então precisamos encontrar formas de garantir que os pilotos estejam o mais protegidos possível”, afirmou.

“Sim, é importante, e faz parte do DNA da F1, e a aparência dos carros é importante, mas a segurança deve ser primordial”, afirmou.

“Nosso esporte é perigoso às vezes, mas muito trabalho tem sido feito nos bastidores nos últimos 20 anos, desde que Ayrton Senna morreu em Ímola em 1994. Você vê muitos acidentes na F1 em que não necessariamente espera que os pilotos escapem, e certamente até 20 anos atrás eles não o fariam. Mas muito trabalho foi feito e eles escapam na maior parte dos cenários agora”, comentou.

A filha de Frank Williams cobrou que seja feita uma análise profunda do que provocou o acidente de Bianchi em Suzuka. “A FIA e os organizadores precisam fazer uma análise completa do acidente que aconteceu no domingo, e eu acho que a preocupação de todos no nosso esporte no momento é a recuperação de Jules.

Rob Smedley, engenheiro-chefe da Williams, já havia dito no início da semana que implementar cockpits fechados na F1 não é tarefa complicada.

Conta-giro 
Acidente de Bianchi reacende discussão sobre proteção para cabeça dos pilotos

NÃO PODE SER COINCIDÊNCIA que os acidentes mais graves da última década na F1 envolvam impactos na cabeça. Os carros de hoje em dia são seguros — já vimos diversos casos em que a célula de sobrevivência resistiu a pancadas fortes. Robert Kubica sobreviveu àquela horripilante batida no GP do Canadá de 2007. Mas há um ponto de vulnerabilidade, e esse é a proteção à cabeça do piloto.

Antes de mais nada, deve-se dizer que o fato de a cabeça ficar exposta foi uma causa secundária no acidente de Jules Bianchi, no último domingo (5), no GP do Japão. Ali, o grande problema foi a presença de um trator dentro da área de pista, debaixo de chuva forte, sem que o safety-car fosse acionado pela direção de prova. Posto isso, a discussão a respeito de maneiras de proteger melhor o piloto é, sim, válida.

Leia a reportagem completa no GRANDE PRÊMIO.

As imagens do acidente de Jules Bianchi
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Torcedor registra momento do acidente com BianchiF1 2014: o acidente de Jules Bianchi com um guindaste no GP do Japão

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