Rossi aproveita melhor rendimento dos pneus, supera Vandoorne e vence primeira corrida da GP2 em Monza
Alexander Rossi reduziu a vantagem de Stoffel Vandoorne na ponta do campeonato com a vitória obtida no fim da tarde deste sábado (5), em Monza, válida pela abertura da oitava etapa da temporada 2015. O norte-americano venceu o duelo contra o líder de 2015 na GP2. Mitch Evans partiu do fim do grid para garantir um lugar no pódio, fazendo bela prova
Stoffel Vandoorne bem que tentou, foi valente e aguerrido ao extremo, mas não resistiu à forte pressão de Alexander Rossi, grande vencedor da etapa de abertura da GP2 em Monza, no fim da tarde deste sábado (5). O norte-americano partiu da nona posição e empreendeu uma grande corrida. Além disso, Rossi tirou proveito do melhor rendimento dos pneus em relação aos rivais e se deu bem com os problemas enfrentados por Sergey Sirotkin, Pierre Gasly e Alex Lynn para fechar o dia no topo do pódio.
Vandoorne herdou o segundo lugar no grid em decorrência de uma punição imposta a Mitch Evans, mas acabou perdendo posições para Lynn e Sirotkin. O belga aproveitou o incidente que envolveu ambos e também a falha no pit-stop que tirou Gasly da corrida, mas seus pneus tiveram um desgaste bastante elevado, e isso prejudicou seu rendimento. Nada, contudo, que atrapalhe muito sua briga pela conquista do título, cada vez mais próximo.
Relacionadas
Norman Nato cruzou a linha de chegada em terceiro, mas uma punição imposta no fim da prova deu o pódio a Evans, que largou dos boxes.
Richie Stanaway terminou em quarto, seguido por Artem Markelov. Norman Nato cruzou a linha de chegada para garantir o sexto lugar na prova, logo à frente de Pic. Jordan King foi o oitavo, enquanto Robert Visoiu e Rene Binder completam a lista dos dez primeiros. André Negrão chegou até a liderar a corrida durante a janela de pit-stops, mas terminou em 14º.
Confira como foi a corrida 1 da GP2 em Monza
Pierre Gasly largou na pole-position e teve ao seu lado Stoffel Vandoorne, beneficiado por uma punição imposta ao então segundo colocado no grid, Mitch Evans, que usou calibragem dos pneus fora dos limites impostos pela categoria. E o francês, apadrinhado pelo programa de jovens pilotos da Red Bull, manteve a dianteira com tranquilidade após a largada, enquanto Vandoorne teve um começo errático e perdeu posições importantes.
Na quarta volta, Meindert van Buuren, substituto de Daniel de Jöng na equipe MP, perdeu o controle do seu carro e bateu forte na saída da Variante Ascari, destruindo seu carro. O holandês nada sofreu, mas a direção de prova acionou o safety-car para remover os detritos da pista naquele setor.
Os cinco primeiros colocados eram Gasly, Alex Lynn, Sergey Sirotkin, Vandoorne e Alexander Rossi.
A relargada foi dada na sexta volta, com Gasly disparando na frente e sem tomar conhecimento dos adversários. Em segundo, Lynn, contratado como jovem piloto da Williams, defendeu bem o segundo lugar dos ataques de Sirotkin, que, por sua vez, controlou a vantagem para Vandoorne.
O líder do campeonato puxou a fila no pit-lane e fez sua parada na volta seguinte para substituir os pneus médios pelos duros (cor laranja) para seguir até o fim das 30 voltas de corrida na Itália.
Gasly realizou seu pit-stop obrigatório na nona volta, calçando o carro #1 da Dams com pneus duros, também para ir até o fim. Mas seu bom momento na prova durou até à parada. Por um problema durante a troca de pneus, o francês voltou muito lento, permitindo a ultrapassagem dos seus rivais. Na prática, era o fim de corrida para Gasly.
Enquanto as câmeras mostravam Nobuharu Matsushita abandonando a disputa, Vandoorne abria caminho para buscar a vitória depois de imprimir seu ótimo ritmo de corrida para ultrapassar Sirotkin e Lynn, seus concorrentes diretos na luta pela vitória. O belga aparecia em 11º, mas muitos dos seus concorrentes tinham de fazer a parada obrigatória.
Mas Sirotkin e Lynn não se deram por vencidos e tentavam brigar com Vandoorne. O britânico conseguiu passar o líder do campeonato na chicane, mas perdeu o controle do carro e acabou acertando o carro do russo. Lynn quase capotou. E Vandoorne saiu ileso e partiu rumo ao que parecia ser mais uma vitória na GP2.
Riche Stanaway ocupava a liderança da corrida com 18 voltas completadas, enquanto Vandoorne estava em oitavo. Mas o belga não tinha o melhor rendimento e vinha sendo pressionado pelo vice-líder do campeonato, Alexander Rossi. Vandoorne defendeu como foi possível a posição, mas o norte-americano tinha o artifício da asa móvel em seu favor.
Com 21 voltas já realizadas, Nato ocupava a ponta, seguido por Binder e André Negrão, em terceiro. Mas, obviamente, os três primeiros tinham de fazer suas respectivas paradas, e o quarto colocado, Vandoorne, tinha tudo para assumir de fato a liderança, mesmo contando com a pressão de Rossi.
Negrão assumiu a ponta depois que Nato e Binder fizeram suas respectivas paradas, mas o único brasileiro da GP2 tinha de parar, de modo que sua liderança era irreal. Apenas quando o campineiro realizou seu pit-stop, a verdade foi restabelecida em Monza, com Vandoorne liderando a corrida de forma valente depois de 23 voltas.
Mas Vandoorne não resistiu ao melhor desempenho dos pneus de Rossi, que fez a ultrapassagem para cima do belga na entrada da chicane. Aguerrido, Stoffel não deixou o norte-americano desgarrar na ponta, mas não havia como manter o mesmo ritmo imposto por Rossi, que caminhou para mais uma vitória na temporada. “Mega corrida, mega corrida”, comemorava no rádio os engenheiros da Racing Engineering após o triunfo de Rossi em Monza.
GP2, oitava etapa, Monza, corrida 1, final:
1 | ALEXANDER ROSSI | EUA | RACING ENGINEERING | 49:32.084 | 30 voltas |
2 | STOFFEL VANDOORNE | BEL | ART | +1.275 | |
3 | MITCH EVANS | NZL | RUSSIAN TIME | +15.094 | |
4 | RICHIE STANAWAY | ING | STATUS | +17.784 | |
5 | ARTEM MARKELOV | RUS | RUSSIAN TIME | +18.198 | |
6 | NORMAN NATO | AUT | ARDEN | +18.382 | |
7 | ARTHUR PIC | FRA | CAMPOS | +18.842 | |
8 | JORDAN KING | ING | RACING ENGINEERING | +19.862 | |
9 | ROBERT VIȘOIU | ROM | RAPAX | +22.083 | |
10 | RENE BINDER | ING | MP | +22.556 | |
11 | SERGIO CANAMASAS | ESP | LAZARUS | +30.868 | |
12 | JULIÁN LEAL | COL | CARLIN | +32.871 | |
13 | RIO HARYANTO | INA | CAMPOS | +36.041 | |
14 | ANDRÉ NEGRÃO | BRA | ARDEN | +36.166 | |
15 | RAFFAELE MARCIELLO | ITA | TRIDENT | +37.170 | |
16 | SIMON TRUMMER | SUI | HILMER | +37.541 | |
17 | PATRIC NIEDERHAUSER | SUI | LAZARUS | +45.741 | |
18 | JOHNNY CECOTTO JR. | VEN | TRIDENT | +46.250 | |
19 | JANN MARDENBOROUGH | ING | CARLIN | +48.908 | |
20 | SERGEY SIROTKIN | RUS | RAPAX | +15 voltas | NC |
21 | ALEX LYNN | ING | DAMS | +17 voltas | NC |
22 | PIERRE GASLY | FRA | DAMS | +20 voltas | NC |
23 | NOBUHARU MATSUSHITA | JAP | ART | +21 voltas | NC |
24 | MARLON STÖKINGER | SUI | STATUS | +21 voltas | NC |
25 | MEINDERT VANN BUUREN | HOL | MP | +28 voltas | NC |