Análise: como Pagenaud se tornou piloto mais cobiçado do mercado da Indy

Quarto colocado no campeonato e vencedor de duas corridas, Simon Pagenaud impressionou de novo na temporada 2014 e disputou o título pela ainda mediana Schmidt. Talentoso, está sendo cobiçado por outras equipes — mas o problema é onde sobrará uma vaga para ele

Simon Pagenaud já vem sendo o principal nome do período de férias da Indy. Um dos grandes destaques da categoria nos últimos três campeonatos — suas primeiras temporadas como piloto titular —, o francês está curtindo um período de free agency, como os americanos gostam de dizer, e pode mudar de equipe e, mais que nos anos anteriores, ser um grande postulante ao título.

O piloto de 30 anos tem números impressionantes na Indy. Já foram quatro vitórias e dez pódios em três anos, todos conquistados pela Schmidt, equipe que ainda não está no mesmo patamar de Andretti, Ganassi e Penske.

Impressiona o fato de o piloto ter sido, em seus três campeonatos, o melhor entre os competidores de equipes menores. Em 2012, foi superado apenas por Will Power e Helio Castroneves, da Penske, Scott Dixon, da Ganassi, e Ryan Hunter-Reay, da Andretti, que foi o campeão. 2013 foi ainda melhor: bateu simplesmente o time inteiro da Andretti e concluiu a temporada em uma impressionante terceira colocação.

No último campeonato, o gaulês brigou pelo título até o final, disputando a etapa decisiva, em Fontana, ainda com chances matemáticas de faturar o caneco. No fim, ficou atrás apenas das Penske e de Dixon na classificação geral.

Depois de vencer as duas primeiras corridas da vida em 2013, faturou outras duas em 2014. Todas em circuitos de rua. E, possivelmente, o que lhe falta é uma regularidade maior em circuitos ovais.

Após o término da temporada, Pagenaud deixou claro que seu futuro estava completamente indefinido. Nesta semana, porém, garantiu que sua decisão já está tomada, mas um anúncio não pode ser feito porque o contrato não está completamente estruturado.

Simon Pagenaud tem tudo para ser um adversário duríssimo para Will Power (Foto: IndyCar)

Ganassi, Andretti e Penske seriam os destinos naturais para a sequência da carreira do talentoso francês. A primeira equipe informou que não pretende contar com o trabalho de Pagenaud. Na segunda, a possibilidade ainda existe. Na terceira, de acordo com a ‘Racer’, o piloto assumiria um quarto carro — contudo, fontes ouvidas pelo GRANDE PRÊMIO garantem que, no momento, o plano é manter apenas os três atuais no grid da categoria.

A Honda o quer, e muito. Nem que a F1 seja o chamariz: tempo atrás, falou-se que Pagenaud poderia testar o novo motor que vai empurrar os carros da McLaren no ano que vem. Mas já que é novo astro, que o investimento faça valer, isto é, que o paguem bem. A Honda está reticente. Enquanto isso, a Chevrolet se aproximou do piloto. E na situação descrita acima, já descartado pela Ganassi, o negócio mesmo seria se juntar ao grupo onde já estão Castroneves, Power e Juan Pablo Montoya.

Seria uma surpresa ver a Penske com um carro quarto? Totalmente. Helio, por exemplo, só soube que Juan Pablo seria seu companheiro na véspera do anúncio. Então não seria de todo estranho que o fato se repetisse. Pagenaud na Penske teria tudo para buscar evitar o bicampeonato de Power.

Talento, Pagenaud já mostrou que tem. Além disto, mostrou ser paciente e agressivo, sabendo dosar o ímpeto e aplicando cada qualidade no momento certo. Com um dos melhores equipamentos, a conquista do caneco, em alguns anos, parece ser um caminho natural.

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