Dividida em etapas, reforma do autódromo de Brasília deve custar R$ 300 milhões e durar entre dois e três anos

Primeira fase dos trabalhos de recuperação do Autódromo Nelson Piquet terá de ser completada em três meses para deixar a pista em condições de receber a Indy em 8 de março. Projeto completo, contudo, não está pronto

A primeira grande reforma da história do Autódromo Nelson Piquet deve começar até o fim deste ano e custar em torno de R$ 300 milhões, de acordo com Maruska Lima, presidente da Terracap, estatal responsável pelo circuito. Divididas em etapas, as obras de recuperação do complexo têm como objetivo primordial prepará-lo para a Brasília Indy 300, oficialmente marcada para o dia 8 de março de 2015.

Nesta quinta-feira (18), a Indy, o governo do Distrito Federal e o Grupo Bandeirantes apresentaram o acordo que garante a recolocação do Brasil no calendário da categoria norte-americana. A 171 dias do evento, contudo, há muito trabalho a ser feito.

Indy fez coletiva nesta quinta-feira em Brasília (Foto: Vagner Vargas)

Inaugurado em 1973, o autódromo da capital federal se encontra em condições precárias. O asfalto nunca foi refeito, os boxes estão ultrapassados e as estruturas de segurança estão tão boas que há algum tempo que corridas de carro acontecem apenas no anel externo — somente as motos andam no traçado completo.

Para recuperar o traçado, considerado um dos melhores do país, uma extensa reforma terá de ser realizada. A previsão é de que o processo todo leve entre dois e três anos para ser completado.

A ideia é revitalizar o que está de pé hoje, e não mais desenhar uma pista completamente nova, como chegou a ser pensado com vistas no Mundial de Motovelocidade, que deveria se apresentar na capital federal no próximo dia 28 — a categoria abortou os planos há alguns meses e também não vai passar por Brasília no próximo ano. Assim sendo, o traçado será no mesmo sentido e praticamente do mesmo tamanho, com mudanças em algumas curvas.

“O projeto de reforma do autódromo prevê uma reformulação total, e não parcial. Isso inclui reforma de pista, a execução de novos boxes, novo paddock e arquibancadas. Centro médico, paisagismo, estrutura, segurança, tudo. Só que é uma obra ampla que vai ser dividida em etapas”, declarou Maruska na coletiva desta quinta.

“Nossa previsão acontece de dois a três anos, no máximo, e vamos executar à medida em que o evento necessite daquelas atividades. A primeira fase será atender a Indy. Nosso tempo é curto, mas possível de fazer. Nós ainda não fechamos o valor total, mas é algo em torno de R$ 300 milhões para acontecer nesses dois ou três anos. A licitação será publicada em outubro, nesta data teremos o número correto”, explicou.

Maruska ainda não sabe informar a data exata do início das obras, mas garantiu que “com certeza começam esse ano”.

“Essa fase para a Indy conseguimos fazer em três meses de serviço. Temos alguns passos a seguir que não dependem só de nós. Depende do mercado, da licitação, de esclarecimentos ao tribunal de contas, a todos aqueles que vêm ao processo e pedem esclarecimentos. Mas entendemos que é possível começar ainda esse ano”, afirmou.

Com relação às arquibancadas, a ideia é deixar o circuito com uma capacidade de até 80 mil pessoas — entre espaços fixos e provisórios. As três arqubancadas fixas serão reformadas — sendo que a coberta terá de ser reconstruída — e ainda será levantada uma nova para 6 mil pessoas.

Além deste investimento de R$ 300 milhões na reconstrução do circuito, o Grupo Bandeirantes prometeu colocar R$ 62 milhões para a organização e promoção da Brasília Indy 300.

Maruska também informou que o Cine Drive-In será mantido “da mesma como está”, apenas com a reconstrução do pátio. O kartódromo é que terá de mudar de lugar. As alternativas são ampliar o Kartódromo do Guará e fazer outro ao lado do autódromo no Parque Burle Marx.

A galeria da Indy no Brasil
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