Dixon destrói rivais e consegue pole das 500 Milhas de Indianápolis pela terceira vez. Alonso larga na segunda fila

“É a primeira parte do trabalho”, disse Dixon. “A briga pela pole-position é uma corrida por si só. É seu próprio final de semana, uma coisa diferente. É óbvio que estamos aqui para vencer a corrida, e é importante largar na parte da frente. Quando venci [a Indy 500] em 2008, eu tinha largado da pole. Espero poder repetir isso. Quero agradecer a todas as pessoas da Ganassi, meus companheiros. E a Honda também, eles trouxeram potência”, completou.

Ed Carpenter voltou a mostrar que conhece bem os atalhos do Indianapolis Motor Speedway. O americano, contrariando o domínio da Honda, se meteu na segunda colocação, derrotando Alexander Rossi, o melhor da Andretti no dia.

Fernando Alonso voltou a ter um desempenho muito acima do esperado e se garantiu na segunda fila, em quinto. O espanhol, que precisou trocar de motor às pressas antes da classificação, larga entre o companheiro Takuma Sato e JR Hildebrand.

Tony Kanaan não conseguiu repetir o desempenho de seu companheiro Scott Dixon, mas fez o suficiente para agarrar a sétima posição no grid. Atrás do brasileiro ficaram Marco Andretti e Will Power, fechando de péssima forma o dia da Penske.

Longe do glamour do Fast Nine, Ryan Hunter-Reay e Ed Jones tiveram grandes desempenhos e passaram a impressão de que poderiam incomodar caso estivessem entre os nove primeiros. O americano da Andretti, assim, garantiu que a equipe tenha cinco dos seis carros no top-10 do grid de largada. Jack Harvey, mais uma vez, foi terrível e fechou em 27º a classificação.

Merece destaque também, só que negativo, o desempenho que tiveram os outros quatro pilotos da Penske. Novamente, o time não se encontrou. Assim, Helio Castroneves sai em 19º, uma posição atrás de Juan Pablo Montoya.

Scott Dixon é o pole da Indy 500 (Foto: Reprodução)

Confira como foi o segundo dia da classificação:

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Sem Sébastien Bourdais, que se machucou em um sério acidente no sábado, a classificação de domingo teve início com Zach Veach, que sequer foi à pista no primeiro dia, ainda como consequência de sua batida na sexta-feira. O americano não foi nada bem e virou 2min42s836. Mais lenta do sábado, Pippa Mann se recuperou bem e cravou 2min39s994, basicamente se garantindo fora da última fila do grid.

Após praticamente nem treinar durante a semana e com um carro que parecia muito limitado, Buddy Lazier conseguiu ser bem digno e completou 1s7 abaixo da marca de Veach. Na sequência foi a vez de Spencer Pigot que, após três boas voltas, errou no quarto giro e despencou, fechando atrás de Pippa, que seguia como a melhor, ou seja, a décima no grid até então.

Pippa Mann andou bem melhor do que no sábado (Foto: IndyCar)

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— IndyCar Series (@IndyCar) May 21, 2017

Depois vieram Jay Howard e Sage Karam com desempenhos praticamente idênticos. Mais regular, Howard acabou levando vantagem por 0s027, mas sem passar perto de representar algum risco para Servià. Simon Pagenaud saiu na sequência e voltou a mostrar que a Penske não se acertou na classificação com o carro #1. O francês não esteve nem perto de acompanhar os dois pilotos anteriores e, por pouco, não fica atrás de Muñoz.

James Hinchcliffe entrou e deu boas voltas, mas comprovou que a marca de Servià era basicamente imbatível no grupo, ficando provisoriamente em 11º. Depois, Juan Pablo Montoya foi mais um capítulo de fracasso da Penske no final de semana, ganhando por pouco de Howard, ficando em 12º.

Juan Pablo Montoya foi o menos pior da Penske no primeiro grupo (Foto: Indycar)

Depois de alguns minutos de inspeção de pista e bandeira amarela, foi a vez de Josef Newgarden provar que a crise era geral na Penske. O americano, com um acerto bem conservador, foi lento toda vida e ficou em 15º. Graham Rahal entrou depois e comprovou a força da RLL, fechando coladinho em Servià.

Além da RLL, se destacava também o desempenho da Schmidt Peterson. Depois de um mediano desempenho de Howard e bom de Hinchcliffe, o time teve Mikhail Aleshin passando muito perto de destronar Servià, subindo para a 11ª posição. A seguir veio Helio Castroneves e, assim como Newgarden e Montoya, não andou nada bem, fechando em 15º.

Helio Castroneves e a Penske não foram bem (Foto: IndyCar)

Ryan Hunter-Reay veio depois com um desempenho espetacular. O único da Andretti que ficou fora do Fast Nine conseguiu voltas melhores até que as de Ed Carpenter, líder no sábado, basicamente assegurando o décimo posto no grid. Na sequência, duas Ganassi que rasparam o muro. Max Chilton o fez na penúltima volta e acabou em 14º, enquanto Charlie Kimball cometeu o erro ainda na volta de aquecimento e foi para 15º.

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Líder do TL7, Ed Jones foi o último a fazer sua tentativa na primeira parte do segundo dia. O britânico foi outro que andou ainda mais rápido que Carpenter, mas não derrubou a marca de Hunter-Reay, pegando a 11ª posição no grid de largada. 

Ryan Hunter-Reay foi o melhor do primeiro grupo e larga em décimo (Foto: IndyCar)

Fast Nine

Quem abriu os trabalhos na definição da pole foi Marco Andretti, quando os relógios marcavam pontualmente 18h (em Brasília). Até pelas condições de pista, o americano não fez um trabalho espetacular e acabou com 2min36s200. Para se ter uma ideia, foi mais lento que Jones, o 11º no grid. Marco já virava forte candidato à terceira fila.

Tony Kanaan veio na sequência e conseguiu andar bem. Ainda com a pista longe do ponto ideal, o brasileiro fez um trabalho decente, mas perdeu fôlego nas voltas finais. Assim, foi quase 0s2 melhor que Andretti, mas ainda passou acima de Hunter-Reay, o décimo no grid.

Tony Kanaan larga em sétimo (Foto: Indycar)

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"Deixou um pouco a desejar. A gente deveria ter sido um pouquinho melhor, dividiu a estratégia entre o meu carro e o do Dixon e, com certeza, a minha foi o pior. Mas o que vale é o fim de semana que vem", lamuriou-se o brasileiro à TV Bandeirantes. 

Fernando Alonso foi para a pista e voltou a mostrar todo seu talento. O espanhol foi crescendo na segunda e na terceira volta e, mesmo perdendo um pouco no quarto giro, tomou a liderança provisória, 0s3 abaixo de Kanaan.

Fernando Alonso foi muito bem de novo (Foto: Reprodução)

A Penske certamente vai precisar se reunir e debater seriamente o acerto dos carros. Will Power sofreu do mesmo jeito que seus companheiros e foi muito lento, passando quase 0s2 acima de Andretti, em último no Fast Nine. 

Alexander Rossi foi impressionante. O carro do americano estava voador e, mesmo lambendo o muro em sua segunda volta, o vencedor da corrida em 2016 tirou Alonso da primeira colocação e se credenciou à pole.

JR Hildebrand teve muita velocidade e garantiu um bom resultado para a Carpenter. Raspando no muro da curva 2 e tudo, o americano ainda conseguiu bater Kanaan, Andretti e Power. 

Surgiu, então, um absurdo Scott Dixon. O neozelandês deu mais um de seus shows, combinou seus quatro muito regulares giros para 2min35s063 e basicamente assegurou a pole.

Takuma Sato veio na sequência com muita velocidade, mas a pressão de ser a Andretti com mais chances de cravar a pole parece ter atingido o japonês. Com muita turbulência em suas voltas, o nipônico ficou atrás até de Rossi.

Fechando o Fast Nine, Ed Carpenter foi o único a conseguir realmente assustar Dixon. O americano virou a primeira volta muito rápido, mas naturalmente foi perdendo ritmo e, assim, fechou mais perto de Rossi que do neozelandês. Pole para a Ganassi, a terceira de Dixon no IMS.

Indy, 500 Milhas de Indianápolis, grid de largada: