Em fim de semana brasileiro em Iowa, passado e futuro se encontram com vitórias de Castroneves e Leist

Iowa viu um dos melhores finais de semana para o automobilismo brasileiro nos últimos tempos. Depois de mais de 11 anos, o país voltou a vencer no mesmo dia as corridas da Indy e da Indy Lights, em um encontro do passado e do futuro com brilhantes atuações de Helio Castroneves e Matheus Leist

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O automobilismo brasileiro viveu um de seus melhores dias nos últimos tempos neste domingo (9) em Iowa. Com grandes atuações, Helio Castroneves e Matheus Leist venceram suas corridas na Indy e na Indy Lights, respectivamente, em um verdadeiro encontro do passado e do futuro dos talentos do esporte a motor no Brasil.

O resultado do paulista e do gaúcho serviu para acabar com um período de mais de 11 anos em que o país não tinha vitoriosos no mesmo dia nas duas principais categorias da Indy. Para Leist, o triunfo significou mais um passo importante para se consolidar como a grande promessa do automobilismo brasileiro.

Se a perspectiva para a sucessão de Felipe Massa na F1 não é boa, Helio e Tony Kanaan têm em Victor Franzoni e Leist potenciais ótimos substitutos, e o gaúcho, mais do que nunca, parece próximo da Indy.

Mas não foi apenas pensando no longo ou médio prazo que a vitória do piloto de Novo Hamburgo teve seu valor. Para efeitos da atual temporada, o triunfo foi fundamental para Leist que, agora, aparece apenas 12 pontos atrás de Kyle Kaiser, já um veterano do Road to Indy.

Matheus Leist venceu a etapa da Indy Lights em Iowa (Foto: Twitter/Reprodução)

Além disso, coloca Matheus como o grande nome da categoria nos ovais. Parece incrível, já que o garoto só foi andar nesse tipo de pista em 2017, mas Leist, assim como foi nas 100 Milhas em Indianápolis, mostrou muita qualidade em Iowa, vencendo após largar em décimo e com direito a uma relargada de oitavo para quarto. Enfim, voltou a mostrar suas credenciais para arranjar uma vaguinha no grid da Indy.

"Essa corrida foi muito complicada para mim. Largar em décimo é muito ruim, mas o carro estava perfeito para a prova. Eu sabia que o carro estaria bom, afinal, pilotos da Carlin ganharam aqui nos últimos dois anos. Então, sim, o carro estava perfeito e eu consegui assumir a linha de cima e trabalhar muito bem nela. Estou feliz demais e devo agradecer à minha equipe e meu spotter", disse o jovem piloto.

Horas depois da vitória de Leist, Castroneves foi para a pista disposto a acabar com um jejum de vitórias que já o incomodava desde 2014, quando triunfou na corrida 2 em Detroit. Com ótima exibição e superando JR Hildebrand com tranquilidade, o brasileiro espantou o azar.

Helio Castroneves era só alegria com a vitória (Foto:IndyCar)

Para Helio, a combinação de seu triunfo com uma corrida apagada de Dixon gerou uma aproximação muito boa na tabela de pontos. Agora, o veterano paulista só tem oito pontos a menos que o experiente neozelandês, reabrindo completamente a disputa pelo que seria seu primeiro título na categoria.

Outro ponto que certamente deixa o gostinho ainda mais especial para Castroneves é o fato de ter vencido justamente em um fim de semana em que os boatos sobre sua saída da Indy e ida para um programa da Penske no campeonato de SportsCar ganhava força. Sem dúvidas, Helio provou que ainda tem muita lenha para queimar.

"Foi ótimo! Agradeço a minha equipe e parceiros. Tentamos muitos acertos diferentes entre os quatro carros, e eu escolhi o vencedor! O carro estava ótimo. No começo estávamos um pouco perdidos no ajuste, mas fizemos alguns acertos numa das primeiras paradas. Depois o carro esteve fantástico", disse. "Fazia muito tempo [desde a última vitória], mas você não pode parar de acreditar. O time não deixou de ter fé em mim. Tudo foi ótimo. Não tivemos uma bandeira amarela na hora errada, não tivemos problemas mecânicos ou de qualquer tipo. Quando você tem um dia assim, precisa executar", encerrou.

JR Hhildebrand guiou muito em Iowa (Foto: IndyCar)
Se não deu para ameaçar a vitória de Helio, Hildebrand não poderia nem dizer que ficou menos do que muito feliz pelo segundo lugar. Afinal, o sábado de JR começou com uma forte batida que fez seu volante voar e poderia facilmente ter acabado com a participação dele em Iowa. Mesmo assim, o #21 engrenou uma classificação primorosa e uma corrida praticamente irreparável. Confirmou que havia mesmo uma Carpenter para brigar com as Penske.
 
"É bom. Definitivamente eu tinha um carro para ganhar. A equipe acertou em adiantar a parada inicial e nos colocar na frente para tentar escapar. Creio que, sem estivéssemos com os mesmos pneus de Helio, talvez tivéssemos alguma resposta para ele no final. Mas estou animado pela equipe e por voltar ao pódio. Eles definitivamente merecem depois desse fim de semana", afirmou.
Colado nos dois, Ryan Hunter-Reay furou o poderio claro da Chevrolet com as equipes de Roger e Ed. Não passou tanto tempo no top-3, mas, um especialista em Iowa, sempre deu a impressão de que apareceria no fim com chances de brigar. "Foi uma prova dura. O carro foi melhorando durante a corrida, eu não estava feliz com ele no começo", contou.
 
"Dou grande crédito a Ray Gosselin, meu engenheiro, por acertar o setup no carro. Finalmente chegamos onde eu queria – como era no passado. Mais velocidade de reta e podíamos ter complicado a vida dos líderes. Parabéns a Helio, é ótimo vê-lo ganhar novamente. Ele está batendo na porta há tempos. Quero voltar para cá à noite no futuro, porque é minha corrida favorita."
Ryan Hunter-Reay buscou um improvável terceiro lugar para Andretti e Honda (Foto: IndyCar)
Em oitavo lugar, Scott Dixon pouco apareceu e nunca deu pinta de que poderia se equiparar nem aos carros de motor Chevrolet ou mesmo às máquinas Honda da Andretti. De fato, o tetracampeão não gostou do carro e da corrida que fez. No fim do dia, mantém a liderança, mas agora apenas por curtos oito pontos. Castroneves chegou de vez.
 
"Foi um dia duro para a gente. Não estivemos bem. Tentamos ajustar a asa, pressão de pneu e mudanças distintas, mas a traseira estava um pouco solta especialmente nas relargadas. Mais tarde o understeer da pressão que colocamos no pneu dianteiro até ajudou um pouco. Nossa única opção era andar na linha alta, porque assim que eu descia começava e sacudir. Estou feliz de não ter batido", comentou.
Tony Kanaan fez uma prova regular (Foto: IndyCar)
Exatamente uma posição atrás de Dixon, Tony Kanaan concordou com o companheiro – com quem chegou a se tocar em dado momento da corrida. O carro, segundo Tony, até esteve bem veloz em dados momentos. Mas não foi forte o bastante.
 
"A corrida foi exaustiva. O carro estava difícil no começo, mas ajustamos algumas coisas e melhoramos. Foi melhorando mais conforme a corrida avançava e nós ajustávamos. Andamos no mesmo ritmo dos líderes – ou até melhor – algumas vezes durante a corrida. Só não dava para fazer as ultrapassagens para chegar à frente", contou. "A equipe foi ótima nos pits, e eu ganhei alguns lugares no pit-lane. Esperávamos terminar melhor que o nono lugar, mas aceitaremos um top-10 para levar a Toronto", encerrou.
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