Em noite desastrosa, Pagenaud exalta SPM, mas fala em tom despedida: "Não temos decisão tomada"

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A noite que caiu com a expectativa de título terminou de forma melancólica para Simon Pagenaud na pista. Na verdade, bem antes de terminar de direito já estava findada de fato. O carro #77 da Schmidt Peterson parecia impossível de ser guiado durante as 500 Milhas de Fontana, neste sábado (30), e o francês foi ficando cada vez mais para trás no que pode ter sido sua última corrida no cockpit da equipe de Sam Schmidt.

 

O título era um sonho para Pagenaud. Um sonho de uma noite de verão, citando Shakespeare, porque se tirasse os 71 pontos de vantagem para Will Power e mais os 21 para Helio Castroneves, conquistaria um dos títulos mais improváveis da história. Ainda mais sem seu companheiro, Mikhail Aleshin, que sofreu grave acidente durante treino livre no sábado. Pagenaud precisaria vencer e torcer para Power ficar abaixo do 20º posto. Sem o russo, o #12 teria que ser o último.

 

Mas se o impossível ficaria, assim, distante, o choque de realidade logo veio e não deixou que os devaneios do francês fossem longe. Nas primeiras voltas, ficou claro que seu carro não tinha ritmo forte. Era ultrapassado sem conseguir reagir. Ainda lenteando, viu Carlos Huertas abandonar e as chances de triunfo se esvaírem matematicamente. Em seguida, já na última posição, foi aos boxes e quando voltou já estava uma volta atrás.

 

Durante as duas centenas de voltas seguintes, Pagenaud foi ultrapassado por todo mundo, várias vezes. E se viu mais nos boxes do que à frente de alguém. Terminou sete giros atrás do vencedor, Tony Kanaan. 

"Estou frustrado porque minhas expectativas eram altas. Até passar pela quadriculada, eu tinha expectativas. Mas quando você olha para o ano, nós lutamos contra a Penske, que é um time fantástico. Parabéns ao Will e ao Time Penske por vencer um campeonato. Fomos muito fortes, vencemos corridas", disse.

 

"Não foi a noite que eu esperava, na verdade. Não sabemos exatamente o que estava acontecendo com o carro, mas ele não agiu como preparamos. Não temos uma resposta essa noite. O carro nunca esteve bom. Acabamos terminando sete voltas atrás, então não tenho ideia do que aconteceu", seguiu.

 

Já sobre o futuro, Pagenaud não se esquivou. Deu prazo para uma decisão sobre seu 2015, que, pelo tom, não deve ser na SPM.

 

"Têm sido três anos incríveis com a Schmidt Peterson… Ainda não temos uma decisão tomada, mas teremos logo. Dentro de duas semanas", encerrou.

 

No fim das contas, Pagenaud foi o quinto colocado no campeonato, com 565 pontos, atrás de Power, Castroneves, Scott Dixon e Juan Pablo Montoya.