Experiência ‘sem sabor’ mantém corrida do Brasil fora do calendário da Indy. “O negócio é ficar quieto”, diz organização

Ainda há um contrato em pé entre a IndyCar e a Bandeirantes, promotora da etapa brasileira. Mas que ninguém espere uma corrida em breve. “Se a gente chegar e falar em Brasil aqui em Indianápolis, os caras põem a gente para correr”, disse Carlo Gancia, um dos membros da Image – responsável pelos direitos da categoria no país e também envolvida na organização da prova – ao GRANDE PRÊMIO

A pergunta foi clara a Carlo Gancia e Willy Hermann, diretores da Image, no refeitório da torre de imprensa em Indianápolis. “Vocês ainda negociam uma corrida no Brasil?”. A resposta foi no mesmo tom. “No momento, não”. 
 
A questão foi reproduzida a Mark Miles, CEO da IndyCar, na sala de entrevistas do mesmo prédio, dois andares abaixo. “Quais as chances de ter uma corrida no Brasil?” Depois de juras de amor, constatações de sucesso, elogios ao público, a réplica saiu. “As coisas precisam se acertar lá."
 
Há um tom de cordialidade entre as partes. Mas ainda fica evidenciada uma rusga que dificilmente vai ser cicatrizada. A bem da verdade, a Indy se decepcionou muito com as promessas feitas e o dinheiro que foi perdido para uma corrida que foi anunciada com pompas para março do ano passado em Brasília e não foi realizada – o autódromo, por sinal, ainda está inutilizável.
Brasília ficou sem Indy e sem automobilismo (Foto: Sandro Macedo)

Hermann tratou de uma forma mais polida. “A relação com o empresariado, com os patrocinadores e a Bandeirantes não mudou. A parceira continua sólida. O que mudou é a confiança deles na estrutura operacional do Brasil”, disse.

 
Miles preferiu manter a linha de agrados. “Mantemos ainda uma boa relação com o Brasil e é sempre um lugar importante para nós”. Mas quando o GRANDE PRÊMIO questionou se houve alguma tentativa de negociação, o direto Gancia deu o tom. “Se a gente chegar e falar em Brasil aqui, os caras põem a gente para correr.”
 
O discurso se alinha na crítica à crise político-econômica do país. “O Brasil tem de recuperar a credibilidade. Depois do que aconteceu com a Indy no Brasil, os caras abrem o jornal e falam que não dá para entrar numa dessas. Como anunciar e depois fazer uma figura de merda de novo? O negócio é ficar quieto”, falou Gancia. 
 
Veio, então, uma análise da situação. “O Brasil tem chance de sair do buraco? Esperamos que saia. Porque eu nem vou atrás de uma corrida de carro quando as empresas estão quebradas”, explicou Gancia. “O governo está daquele jeito e há um déficit público, a inércia vai nos levar a um desemprego de 14 ou 15% e tem coisa para acontecer. Não é o momento de se pensar em corrida no Brasil”. 
A Indy outrora esteve em São Paulo, no sambódromo do Anhembi (Foto: Gustavo Epifanio/Fotoarena)
O filho de Piero – ex-presidente da CBA, morto em novembro de 2010 – e irmão da jornalista Bárbara Gancia definiu a quebra de acordo como uma “experiência não muito saborosa”. “O respeito pelos contratos – como o respeito por tudo, o cidadão, o contribuinte, o eleitor – não existe.” 
O cancelamento da prova em Brasília pegou muito mal para todos e surpreendeu negativamente a Indy. O anúncio veio em 29 de janeiro de 2015, poucas semanas antes do início da temporada que supostamente seria na Capital Federal. Com base em documentação do Ministério Público, a Terracap – Agência Imobiliária do Governo de Brasília – cancelou o evento de forma "unilateral". 
 
Brasília passava por problemas econômicos sérios e dívidas exorbitantes deixadas no governo de Agnelo Queiroz (PT-DF). O autodrómo, aliás, segue parado, sem grandes perspectivas. Tentanto cobrir o buraco aberto por Brasília, a Indy correu para Goiânia, mas logo viu que não seria possível lá realizar a etapa e abriu sua temporada no que supostamente seria a segunda parada da categoria, São Petersburgo.
 
Hermann e Gancia até mencionaram uma possível mudança no cenário – vai que acontece, com alguma boa vontade. “O Brasil é um país de altos e baixos; agora está em baixa…”, soltou o primeiro. O segundo usou do humor peculiar. “Estou operando num ‘insider operation’. Estive falando com Deus, que me falou que os problemas do Brasil e da Palestina não são para o mandato dele. Deus não está muito confiante com o Brasil ultimamente…”
 
O compasso, segundo os dois, “é de espera”. “Não estou falando nada que não faça sentido”, completou Gancia.
 
Enquanto isso, Miles seguiu com mimos e foi falando, falando, falando…“Nós amamos o Brasil. As corridas que foram realizadas lá pela Indy em todos os anos foram incríveis, sucesso de público, os fãs adoraram e foram muito bem receptivos com a Indy. Os fãs brasileiros, na verdade, são fantásticos, temos uma boa popularidade por lá e dois grandes pilotos no grid, e…”
 
PADDOCK GP #30 DEBATE INDY, F-E E MOTOGP

.embed-container { position: relative; padding-bottom: 56.25%; height: 0; overflow: hidden; max-width: 100%; } .embed-container iframe, .embed-container object, .embed-container embed { position: absolute; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; }

.embed-container { position: relative; padding-bottom: 56.25%; height: 0; overflow: hidden; max-width: 100%; } .embed-container iframe, .embed-container object, .embed-container embed { position: absolute; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; }

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “8352893793”;
google_ad_width = 300;
google_ad_height = 250;

fechar

function crt(t){for(var e=document.getElementById(“crt_ftr”).children,n=0;n80?c:void 0}function rs(t){t++,450>t&&setTimeout(function(){var e=crt(“cto_ifr”);if(e){var n=e.width?e.width:e;n=n.toString().indexOf(“px”)

var zoneid = (parent.window.top.innerWidth document.MAX_ct0 = '';
var m3_u = (location.protocol == 'https:' ? 'https://cas.criteo.com/delivery/ajs.php?' : 'http://cas.criteo.com/delivery/ajs.php?');
var m3_r = Math.floor(Math.random() * 99999999999);
document.write("”);

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Indy direto no seu celular!Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra, Escanteio SP e Teleguiado.