“Grande pilota” e “exemplo para nova geração”: companheiros de Indy reverenciam Danica em despedida

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Danica Patrick é o grande nome da 102ª edição das 500 Milhas de Indianápolis aconteça o que acontecer na corrida deste domingo (26). A mais procurada pelos fãs e também pela imprensa, a americana tem vivido semanas ainda mais sob holofotes do que já lhe era comum. 

Danica ficou na Indy de 2005 até 2011, disputando sete temporadas e ficando de fora do top-10 apenas em seu ano de novata. Teve vitória no Japão em 2008 e outros cinco pódios, tendo passado perto de vencer as 500 Milhas de Indianápolis em diversas oportunidades.

Danica Patrick foi reverenciada pelos colegas de Indy (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

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Para Helio Castroneves, um dos pilotos que mais apareceu ao lado da norte-americana nessa etapa de despedida e que correu com ela por bons sete anos, o legado de Danica é sem precedentes.

 

"Ela foi uma pilota que abriu portas para uma nova geração, que inspirou principalmente as meninas. Ela está de parabéns, fico muito honrado de ter divivido pista com ela. Não é só uma pilota mulher, é uma grande pilota e isso até hoje, já que vai largar novamente entre os primeiros. Abriu portas e soube a hora de parar, teve coragem para isso. Foi um fenômeno", descreveu ao GP.

 

Outro brasileiro veterano e ainda mais próximo de Danica por ter sido companheiro da pilota de Wisconsin na Andretti, Tony Kanaan destacou também o lado comercial que a americana fez bombar para a categoria.

 

"Ela teve uma importância crucial para que as mulheres ganhassem respeito num meio que era só de homens. Ela trouxe muita propaganda também pra Indy. Só temos a agradecer e desejar boa sorte pra ela no que for fazer", comentou.

O sorriso estampado no rosto de Danica Patrick na vitória em 2008 (Foto: IndyCar)

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Se Helio e Tony falaram de Danica como um exemplo, Will Power seguiu a mesma linha, destacando o histórico da pilota no IMS.

 

"É legal que ela esteja parando numa pista em que fez a história dela. Foi uma grande para o esporte, para as mulheres no esporte, um exemplo para os mais jovens. Que tenha um grande final", disse.

 

Sébastien Bourdais deu uma das respostas mais curiosas entre os questionados. O francês lembrou a saída da pilota para a Nascar e lamentou, dizendo que a história de Patrick na Indy poderia ter sido ainda mais marcante do que foi.

 

"Acho que ela pode ter se precipitado em ir para a Nascar, sem levar em conta essa parte financeira, claro. Acho que ela pode ter se divertido e tudo mais. Agora, vendo de fora, me parece que ela está parando antes da hora, de que tinha lenha para queimar e está provando isso aqui, ainda é muito forte. Espero que tenha sucesso no que for fazer", falou.

Danica Patrick com Sébastien Bourdais (Foto: IndyCar)

O GP resolveu abrir espaço também para quem está conhecendo Danica justamente na reta final. É o caso de Spencer Pigot, que divide os boxes da Carpenter com a quase-aposentada. O jovem americano se mostrou honrado com a oportunidade.

 

"Tem sido uma experiência muito legal. Eu nem conhecia ela antes daqui, mas está sendo um prazer para mim dividir isso tudo com ela. É muito boa na pista e tem ajudado bastante o time aqui mesmo com pouco tempo. Tem sido ótimo", explicou.

 

Ed Carpenter é um dos responsáveis pela agitação geral da 102ª edição da Indy 500. Afinal, o americano, ex-colega de Danica, foi quem proporcionou também a oportunidade da despedida da pilota.

Danica Patrick e Ed Carpenter (Foto: IndyCar)

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"Eu tinha certeza que ela fecharia a carreira dela em alta conosco e é assim que está sendo. O retrospecto dela nessa pista é melhor que o meu, de vários outros pilotos. Merece muito respeito e impressiona como consegue se encaixar bem no carro novo, em qualquer situação nova", disse.

 

Outros dois pilotos que conhecem Danica há muito tempo e seguem no grid da Indy são Marco Andretti e Charlie Kimball. Marco foi mais breve e definiu a compatriota como "uma boa amiga e uma grande pilota". Enquanto isso, Kimball foi outro a destacar a despedida justamente na Indy 500.

 

"Achei muito legal ela voltar para cá para se despedir. Tem feito um grande trabalho esse mês, foi fantástico vê-la no Fast Nine. Ela tem uma bela história aqui na Indy, também em Indianápolis, venceu corrida no Japão, vamos ver como o IMS trata ela nessa última prova", falou.
 

O GRANDE PRÊMIO cobre in loco a edição 2018 das 500 Milhas de Indianápolis com o repórter Gabriel Curty e com o fotógrafo Rodrigo Berton. Acompanhe o noticiário aqui.