‘Holiday Indy’: Kanaan comprova palavras e mostra na pista que Ganassi tem camarote especial em Indianápolis

SEGUNDA-FEIRA, DEPOIS DAS 18H17, Tony Kanaan chamou o GRANDE PRÊMIO para gravar uma entrevista em seu motorhome, estacionado paralelo às garagens das equipes no Gasoline Alley. A conversa fluiu como sempre, e um dos pontos que o brasileiro falou de prima é do carro excelente em ritmo de corrida, mais do que aquele concebido pela KV para vencer em Indianápolis.

 

90% do grid tem o mesmo discurso: o carro é excelente em ritmo de corrida. Se assim for, 28 ou 29 pilotos podem ganhar, tamanho é o otimismo da patuleia. Também não poderia ser diferente: piloto que vem com discurso derrotista tinha de ficar cortando a grama da frente da casa. Mas não é bem assim. Há um ‘petit comitèe’ que separa os candidatos daqueles que têm de vencer essa lacuna para alcançar a vitória no domingo.

 A Ganassi não fez grande coisa até sábado passado. Os carros foram desmontados, peça por peça, e no domingo, ali estavam importantes milhas resultantes do suor. Quando a chave virou de vez para a corrida, Kanaan e o companheiro Scott Dixon se mandaram lá para o topo da tabela.

 

Hoje, no Carb Day, Kanaan foi primeiro, Dixon terminou logo atrás.

 

Depois do treino final, rolou a competição dos pits, mata-matas que elegem a equipe mais rápida nas trocas. O sorriso de Chip Ganassi e o peteleco que deu na barriga de Roger Penske escancaram mais uma vitória. “Chip vive para vencer”, também ressaltou Tony.

 

A Ganassi se tornou a equipe mais vencedora da Indy nos últimos anos. A Penske não vence um campeonato desde Sam Hornish e vem numa seca de quatro anos em Indianápolis. Quando menos se espera, sempre há um carro vermelho – ou com vários esquemas de cores, de tantos patrocinadores que arrumam – com um símbolo de um alvo na frente. Seja a fase ruim pela qual passe, a Ganassi tem de ser respeitada.

 Kanaan vai a cada dia pegando a mão do carro e da operação desse time que teima em vencer. A bagagem do ano passado é um trunfo imenso, principalmente porque ela pesa muito menos que a bolsa de pressão que só aumentava por uma conquista em Indy. Se muitos dão de ombros para o resultado de hoje, a primeira posição de Tony é meio que um tapa veloz que deixa uma marca: não ouse me descartar.

 

Quando aquela corrida começar no domingo e passar ilesa à largada, espere Kanaan e Dixon escalando o pelotão para mostrar a Penske e Andretti que a lista VIP tem dois pilotos no camarote principal. E eles que se virem para fazerem por merecer a mesma pulseirinha.  

O GRANDE PRÊMIO cobre 'in loco' as 500 Milhas de Indianápolis com os repórteres Victor Martins e Evelyn Guimarães. Para acompanhar o noticiário completo, clique aqui.