Indy 500 vê velocidades menores em 2018 na classificação e resposta está no novo carro: arisco e de difícil acerto

A 102ª edição da Indy 500 tem a estreia dos novos kits universais na principal prova do calendário e, mais do que isso, em um oval longo. O resultado até aqui é um carro um pouco mais lento que o anterior e o GRANDE PRÊMIO quis saber dos pilotos o motivo disso

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

Os novos kits aerodinâmicos universais da Indy têm sido um sucesso no início da temporada 2018 da Indy. No entanto, só agora, justamente na Indy 500, a categoria terá a primeira prova para o novo modelo de carros em um oval longo. Até aqui, aliás, o que se viu foi um pouco menos de velocidade em relação aos kits anteriores.
 
A categoria, que inspirou os novos carros em modelos da CART – uma das antigas divisões dos tempos de ruptura da Indy – nunca escondeu que buscava mais agressividade em seus bólidos de 2018, mas isso também acaba implicando em carros mais ariscos e difíceis de serem controlados. 
 
As laterais estão mais altas e robustas, o carro é menor tanto na dianteira quanto na traseira, o bico perdeu em tamanho, sendo menos espichado do que o anterior. Além disso, as questionáveis calotas localizadas atrás dos pneus traseiros deixaram de existir. É um modelo mais compacto, apesar de a distância entre eixos ser a mesma.
Os carros de 2017 eram bem diferentes (Foto: IndyCar)

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

Apesar de serem especificações completamente diferentes, principalmente a primeira etapa em São Petersburgo mostrou que os pilotos teriam bastante trabalho para domar os carros. E não foi coincidência, portanto, que as velocidades na definição do grid de largada das 500 Milhas de Indianápolis tenham caído em relação a 2017. 
 
Pole em 2018, Ed Carpenter virou uma média de 229.618, uma marca bastante superior em relação aos adversários, mas que representou uma severa queda no comparativo com 2017. Para se ter uma ideia disso, Juan Pablo Montoya, 17º na classificação do ano passado, foi mais veloz do que Carpenter.
 
Indo além, nem precisa ir muito longe para ver como há grande distância entre os dois carros – pelo menos até agora: Scott Dixon, pior do Fast Nine, seria apenas 25º na classificação de 2017 com a média de 227.262.
O modelo de 2018 é muito mais arrojado (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

Então, o GRANDE PRÊMIO resolveu ouvir os experientes pilotos brasileiros para explicar o que acontece de tão diferente com os novos kits aerodinâmicos universais.
 
"O grande problema desse carro é na entrada da reta. Ele tem a tendência de sair muito de frente. Quando você consegue arrumar isso, ele começa a sair de traseira. É bem complicado encontrar o balanço ideal nesse carro", explicou Helio Castroneves em exclusiva ao GP.
 
O veterano paulista ainda comentou que alguns poucos pilotos encontraram o balanço ideal e que isso vai acabar aproximando o grid de um mesmo modelo.
 
"Teve gente que conseguiu achar um acerto bem equilibrado – pouca gente, mas conseguiu – então virou uma coisa meio que "segue o líder" aqui", seguiu.
Helio Castroneves falou dos ariscos carros novos (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
Ainda que os carros estejam realmente mais arrojados, Helio garantiu que não é mais ousadia no acerto que vai resolver todos os problemas de velocidade.
 
"A pressão do turbo diminuiu muito e não está fácil repetir as velocidades de antes, mesmo tirando bastante asa, sendo mais agressivo", fechou.
 
Tony Kanaan explicou que é até difícil elencar as diferenças entre um carro e outro, já que são estilos completamente diferentes.
 
"É completamente diferente, nem sei como poderia explicar de tão diferente que é do carro do ano passado. O novo carro é muito mais arisco, muito mais difícil de guiar", disse em exclusiva ao GP.
Tony Kanaan nem consegue elencar as diferenças dos dois carros (Foto: Foyt)
O baiano confirmou que essas dificuldades que os pilotos têm encontrado para manter o carro no traçado estão prejudicando, sim, a velocidade final.
 
"Então, desliza bem mais, tem bem menos aderência, é por isso que as velocidades foram bem menores", completou.
 
E o depoimento dos dois somando ao de Sage Karam levanta uma questão bem importante para o domingo: será que teremos uma edição bastante acidentada da Indy 500?
 
"Acho que vai ser mais difícil ultrapassar do que era antes. E espero mais erros dos pilotos também, primeiro porque o carro é mais complicado e segundo porque vão tentar achar novas chances de ganhar posições, atacarão muito no vácuo. Aposto que vai ser uma corrida divertida, mas mais por causa disso, dos erros. Da nossa parte, temos ainda a segunda-feira para acertar as coisas", contou Karam em exclusiva ao GP.

O GRANDE PRÊMIO cobre in loco as 500 Milhas de Indianápolis com o repórter Gabriel Curty e o fotógrafo Rodrigo Berton. Acompanhe o noticiário aqui.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Indy direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.