McLaren admite que Indy 500 faz parte de plano para “manter motivação e não deixar competitividade de Alonso morrer”

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A decisão de dar a Fernando Alonso a chance de disputar as 500 Milhas de Indianápolis é também parte de um plano da McLaren para manter o espanhol motivado e evitar que a péssima temporada da F1 em 2017 faça com que sua paixão pelo esporte “desapareça e morra”.

 

Embora a participação do bicampeão na maior prova da Indy também signifique a ausência no GP de Mônaco, a cúpula da equipe inglesa entende que os benefícios serão maiores. Éric Boullier deixou claro que fazer com que Alonso se sinta competitivo é mais importante do que eventuais pontos que o piloto poderia somar em Monte Carlo.

 

"Algumas pessoas disseram que isso tudo não passa de marketing, uma cortina de fumaça ou que estamos escondendo algo, mas, na verdade, é também para manter Fernando motivado", afirmou o francês. "Não é por dinheiro ou estilo de vida. Esse cara é competitivo em tudo que faz, mesmo quando está correndo em seus karts na sua pista. E ele será tão competitivo em Indy como há dez anos", completou.

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"Ele é muito competitivo, e esse é um de seus talentos. Nós não queremos acabar com isso ou fazê-lo perder. Não queremos ver essa competitividade morrer, porque essa paixão está dentro dele. E a única maneira de mantê-la viva é dar um pouco de ar fresco e permitir que ele faça algo radical", emendou o dirigente.

E Alonso já sentiu um pouco do clima na Indy neste último fim de semana, quando acompanhou de perto a etapa do Alabama. Logo depois, o espanhol visitou a sede da equipe Andretti e já fez o molde do banco do seu novo carro.

Boullier também reservou palavras para a situação de Stoffel Vandoorne. E disse que a McLaren segue apoiando o belga. "Não diria que ele está em uma boa posição, mas ele não precisa mostrar a toda hora do que é capaz, porque acreditamos nele e temos um acordo de longo prazo. Mas é claro que não queremos que a situação dele dure muito tempo, mas não há pressão agora. Ele está bem e vamos apoiá-lo sempre."

 

O gaulês reconheceu também que, por conta dos problemas de confiabilidade, Vandoorne também teve condições de extrair muito do carro. "Se olharmos treino por treino, vamos ver que ele teve muitos problemas e nunca esteve em posição de tirar tudo do carro. Mas ele esteve sempre guiando bem, o que é bom. Mas nós precisamos de um fim de semana de corrida livre de problemas também", concluiu.

 

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