Na Garagem: Danica dá bote no final e vence pela única vez em Motegi

Danica Patrick conquistou uma vitória histórica há exatos dez anos. Em Motegi, a americana deu show na tática e no consumo de combustível e, assim, deu o bote em Helio Castroneves nas últimas voltas para triunfar pela primeira e única vez na Indy

Foi em 20 de abril de 2008, há exatos dez anos, que Motegi viveu um momento histórico para o automobilismo mundial. Em um final de semana de muito frio e grid dividido, as mulheres chegaram ao topo do pódio da Indy com Danica Patrick.

 
Dá para dizer que a vitória da pilota de então 26 anos estava madurinha. Além de três boas participações na Indy 500, Danica tinha uma série de quartos lugares e, em 2007, havia impressionado com pódios em Nashville, Texas e Detroit. 
 
A etapa japonesa de Motegi era a terceira da temporada 2008 da Indy, a primeira depois da fusão entre IRL e Champ Car. E tinha um cenário curioso: por causa de compromissos já selados e a impossibilidade da mudança de datas, a categoria teve de dividir o final de semana em 'etapa 3A' – Motegi, para os ex-IRL – e 'etapa 3B' – Long Beach, para os ex-Champ Car.
A largada em Motegi 2008 (Foto: IndyCar)
Desta forma, o grid acabou se dividindo e, na etapa B, voltaram os pilotos que formavam o grid da Champ Car mesmo que não estivessem na temporada 2008 da Indy. Will Power foi quem triunfou em Long Beach, naquela que ficou marcada por ser a última prova da história da CART. Franck Montagny, que não disputava a temporada, ficou em segundo, com o mexicano Mario Domínguez em terceiro.
 
Mas voltemos para a histórica corrida de 2008 no oval japonês. O final de semana começou mal, com uma chuva forte atrapalhando os planos e forçando a organização a definir o grid de largada pela pontuação do campeonato. Assim, Helio Castroneves, da Penske, era quem partiria da posição de honra, seguido por Scott Dixon, da Ganassi, Tony Kanaan e Marco Andretti, da Andretti, Dan Wheldon, da Ganassi e Danica, também da Andretti.
Danica Patrick venceu em Motegi e Scott Dixon foi terceiro (Foto: IndyCar)

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

E a corrida já começou de forma preocupante. Ainda na primeira volta, com o circuito gelado e os pneus sem o menor aquecimento, Andretti rodou sozinho e foi parar no muro, recebendo um banho de água fria num começo de temporada que era extremamente promissor.
 
Helio seguiu bem tranquilo na liderança, escoltado por Dixon e Kanaan, com Danica brigando com Ed Carpenter em sexto. Os acidentes continuaram acontecendo, com o canadense Marty Roth e, depois, com o brasileiro Vitor Meira, da Panther.
O sorriso estampado no rosto de Danica Patrick (Foto: IndyCar)
Na pista, Dixon voltou dos boxes na frente de Castroneves e assumiu a dianteira, posição em que ficou por boa parte da corrida – 101 das 200 voltas. Aliás, somados, Scott e Helio lideraram nada menos que 195 giros. A história da prova mudou na bandeira amarela, com pit-stops realizados no 148º giro.
 
A partir dali virou uma prova de controle de combustível. Quem conseguisse poupar mais, daria o bote no final. E assim que veio a vitória de Danica. A americana estava quietinha na oitava colocação, mas claramente não estava dando o máximo do potencial do carro. 
 
Ryan Hunter-Reay, Carpenter, Kanaan, Wheldon e Dixon, um a um, foram parando nos boxes, com Helio voltando para a ponta. Acontece que o brasileiro estava bem lento para salvar combustível e parecia não contar com a ousadia de Patrick. A pilota, que estava discreta no oitavo posto, foi ganhando terreno e, ao chegar em Castroneves, passou sem dificuldade.
As lágrimas de Danica Patrick (Foto: IndyCar)

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

A economia de combustível com muitas voltas de antecedência fez toda diferença para a vitória da americana, que cruzou a linha final sem precisar tirar o pé. Foram apenas três giros liderados por Danica na corrida, mas o suficiente para fazer história com a maior vitória de uma pilota numa categoria de ponta.
 
Castroneves ainda conseguiu chegar no segundo lugar, com Dixon completando o pódio. Kanaan, Wheldon, Carpenter e Hunter-Reay também ficaram na volta da vencedora. 
Danica Patrick e Helio Castroneves (Foto: IndyCar)
"Estou muito feliz que finalmente aconteceu. Mas eu vou mentir se disser que não acreditava nessa vitória. Quando acontece, parece que a ficha não cai, depois tudo aflora. Eu me senti uma garota no pódio comemorando. Toda hora alguém me perguntava se eu era capaz de vencer uma corrida. Pronto, não terá mais essa pergunta", disse a norte-americana.
 
Sem mais perguntas de vitória e totalmente consolidada no cenário mundial, Danica ficou até 2011 na Indy, voltando ao pódio no Texas e em Homestead, além de passar muito perto de vencer as 500 Milhas de Indianápolis em 2009. Muito perto da aposentadoria, a pilota vai fechar a carreira no próximo mês na icônica corrida.  

SURPRESA AGRADÁVEL APESAR DOS PORQUÊS

TEMPORADA 2018 COMEÇA COM F1 DEPENDENTE DO IMPONDERADO

.embed-container { position: relative; padding-bottom: 56.25%; height: 0; overflow: hidden; max-width: 100%; } .embed-container iframe, .embed-container object, .embed-container embed { position: absolute; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; }

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Indy direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.