Sato dá sorte com bandeiras amarelas e vence GP de Portland. Dixon bate concorrentes ao título e é 5º

O GP de Portland foi extremamente confuso. Takuma Sato, do nada, apareceu para vencer a corrida com bastante sorte pelas bandeiras amarelas. Scott Dixon se envolveu em um acidente na largada, mas escapou e ainda chegou em quinto, na frente dos adversários na luta pelo título. Pietro Fittipaldi chegou em nono

É até difícil explicar como, mas Takuma Sato venceu o GP de Portland deste domingo (2). O japonês da RLL até teve bom ritmo, mas deu sorte em absolutamente todas as bandeiras amarelas, fazendo valer o fato de ter parado ainda nas primeiras voltas aproveitando um grande acidente da largada.

Aliás, o acidente grande da largada envolveu, entre outros pilotos, Scott Dixon, que voltou para a pista quase de forma milagrosa e ainda chegou em quinto no mesmo esquema de Sato: um pouco de estratégia e muita sorte com amarelas providenciais.

Ryan Hunter-Reay fez uma bela corrida e transitou entre estratégias diferentes. No fim, o americano quase bateu ainda Sato, ficando com a segunda posição. Quem completou o pódio foi Sébastien Bourdais, também com sorte nas amarelas.

Spencer Pigot talvez tenha sido o melhor piloto dentre os que não deram muita sorte com as bandeiras amarelas. O americano chegou em quarto, tendo passado Dixon nas voltas finais. Simon Pagenaud andou junto de Sato boa parte da prova, mas ficou em sexto em mais um dia apagado.

Charlie Kimball teve uma tarde bem feliz e colocou a Carlin no sétimo lugar. Alexander Rossi, atrapalhado pela bandeira amarela decisiva de Santino Ferrucci, foi oitavo, mas segue firme como grande adversário de Dixon atrás do caneco. Pietro Fittipaldi buscou o primeiro top-10 na Indy chegando em nono, enquanto Josef Newgarden, exatamente no mesmo cenário de Rossi na corrida e agora apenas com chances matemáticas de ser bicampeão, fechou o grupo dos dez primeiros. Tony Kanaan fechou em 11º e Matheus Leist, outro que se deu mal com as amarelas quando fazia sua melhor corrida na Indy, chegou em 14º.

Pole, Will Power teve uma corrida horrível e deixou a briga pelo título. Primeiro, teve problema no câmbio, depois, bateu e saiu de vez da disputa. 

Takuma Sato venceu em Portland (Foto: IndyCar)

Confira como foi o GP de Portland

A largada da Indy no retorno do GP de Portland aconteceu às 16h09 (em Brasília). Josef Newgarden saiu mal e perdeu lugares para Alexander Rossi e Ryan Hunter-Reay, enquanto Will Power seguia firme na liderança.

 
Logo atrás, vários problemas aconteceram. Enquanto Sébastien Bourdais ficava para trás, James Hinchcliffe causava um verdadeiro 'big-one'. O canadense subiu na zebra e tocou em Zach Veach, desencadeando uma pancada assustadora. Ed Jones bateu em James, Graham Rahal e Scott Dixon foram junto, enquanto Marco Andretti simplesmente capotou por cima do canadense.
 
Dixon, de forma inacreditável, conseguiu voltar para a pista mesmo envolvido diretamente na batida. Hinch também tentava voltar, mas o carro estava bem avariado. Jones, Andretti e Rahal abandonaram na hora. A boa notícia é que todos os pilotos ficaram bem apesar do susto.
 
21 carros seguiam na disputa de forma verdadeira, com Dixon ainda na mesma volta dos líderes. O top-10 antes da relargada ficou com Power, Rossi, Hunter-Reay, Newgarden, Veach, Jack Harvey, Jordan King, Spencer Pigot, Max Chilton e Carlos Muñoz. Os brasileiros vinham juntos, com Pietro Fittipaldi em 12º, Tony Kanaan em 13º e Matheus Leist em 14º.
A relargada veio na volta 8 e, do nada, Power foi ficando lento no meio do traçado, com aparente problema de câmbio. O australiano até conseguiu voltar a acelerar, mas já aparecia em 12º, entre Kanaan e Leist. Rossi ia para a ponta.
 
Pietro abria as paradas com bandeira verde na volta 14, retornando em último. Enquanto isso, Power ultrapassava Leist e ia para 11º, abrindo caça a Muñoz e Gabby Chaves.
 
Enquanto Muñoz também ia para os boxes fazer sua parada, Power tentava passar Chaves e, mais uma vez, perdia velocidade repentinamente. Harvey foi para sua parada na volta 18.
 
Pigot era mais um dos ponteiros a parar e voltou bem na frente de Muñoz, chegando a bloquear o colombiano e sendo obrigado a devolver a posição na sequência. Entre os que já tinham parado, Sato e Pagenaud eram os primeiros em 12º e 13º, respectivamente, mas ambos foram aos boxes no quarto giro.
 

Chilton, Chaves e o líder Rossi foram os próximos nos boxes. E o americano voltou em oitavo na volta 28, logo atrás de Santino Ferrucci. Newgarden parou três giros mais tarde, retornando atrás de Dixon. Veach e King foram juntos aos boxes e voltaram atrás do #1, com o britânico ainda perdendo lugar para Harvey.

Hunter-Reay parou e voltou bem atrás de Rossi, atrás também de Sato, que parecia na mesma estratégia de Dixon, loucos para pararem uma vez a menos que os rivais. Power foi aos boxes apenas no 38º giro e Dixon no 39º. E o pit-stop do neozelandês foi terrível: andou além do limite de velocidade e tomou um drive-through.

 
Na volta 40, Rossi puxava a fila com 7s0 para Hunter-Reay e 7s6 para Newgarden. King, Harvey, Veach, Pigot, Muñoz, Power e Leist fechavam o top-10. Desses, apenas Power parecia tentar uma tática diferente de paradas. Pietro era 12º, Tony vinha em 13º e Dixon era apenas 20º.

A volta 43 foi extremamente decisiva para a corrida e o campeonato. Newgarden partiu para cima de Hunter-Reay e ganhou a segunda posição, enquanto Power, pressionado por Leist, perdeu o controle, foi para a terra e de lá para o muro. Bandeira amarela maravilhosa para Dixon, que estava quase levando volta.

Os boxes eram abertos ainda com bandeira amarela e, dos líderes, Harvey, Pigot e Muñoz paravam pela segunda vez. Pagenaud, Ferrucci, Kimball e Celis adotavam a mesma tática, com Power trocando câmbio.

Veio a relargada e os primeiros colocados mantinham as posições. Leist vinha em sexto e pressionava muito Veach, com Kanaan indo para cima de Chilton pela sétima posição. Pigot relargava muito bem e já pintava em 12º.
 
Na volta 49, duas manobras que mexeram bastante com a ordem das coisas. Na mesma curva, Newgarden mergulhou e passou Rossi, enquanto King fez o mesmo com Hunter-Reay para virar terceiro colocado. Logo atrás, Veach era punido por bloqueio em Leist e entregava o quinto posto ao brasileiro.

Quando tudo parecia tranquilo, veio uma bandeira amarela na curva 11. Era Veach, vendo escapar das mãos um potencial grande resultado. O americano não chegou a bater, mas pareceu danificar o carro #26.

Boa parte dos pilotos foi para os boxes ali na volta 58, aproveitando a bandeira amarela. Entre eles, os três líderes e Leist, voltando exatamente na mesma ordem para a pista, mas apenas em 16º no geral – no caso de Newgarden, o melhor.

 
Assim, Hunter-Reay puxava a fila seguido por Sato, Bourdais, Dixon, Pigot, Pagenaud, Muñoz, Ferrucci, Fittipaldi e Kimball numa corrida em que a estratégia ia definir tudo.

Veio a relargada na volta 61, com o top-6 intacto e Muñoz perdendo posições para Ferrucci e Kimball. Kanaan subia para 11º, enquanto Newgarden e Rossi vinham com tudo tentando subir. E o piloto da Penske escapava da pista em disputa com Celis, quase se complicando.

O acidente em Portland que Dixon escapou de forma quase milagrosa (Foto: Reprodução)

Os giros seguintes mostraram que Muñoz tinha algum problema. O colombiano foi ficando, até perder posições para Newgarden e Rossi, que beiravam o top-10. Na volta 69, Hunter-Reay foi para os boxes e retornou em 17º, deixando Sato, Bourdais e Dixon na frente.

Com 30 giros para o final, Dixon fez sua última parada, mas acontece que todo o resto entrou junto para escapar de uma amarela que era óbvia: Ferrucci vinha muito lento no meio do traçado, com algo aparentemente quebrado.
 
O único piloto que ficava na pista era Chilton, numa estratégia um tanto bizarra. O britânico era seguido por Sato, Hunter-Reay, Bourdais, Dixon, Pigot, Pagenuad, Kimball, Fittipaldi, Newgarden e Rossi. O japonês, absolutamente do nada, virava o novo favorito.
 

Os pilotos relargaram com 24 voltas pela frente e Pigot passou por cima de Dixon para tomar a posição. Mais atrás, Rossi não tomava conhecimento de Newgarden e de Fittipaldi para virar nono. Depois de fazer sua graça, Chilton foi aos boxes e deixou a liderança para Sato.

Após o reinício alucinante, o pelotão começava a andar de forma ordenada, com todo mundo parecendo ter de poupar um pouquinho de combustível. 

E essa foi a tônica até o final, com apenas Hunter-Reay pressionando Sato nos instantes finais, mas sem sucesso. O japonês, meio que do nada, arrumou a vitória no retorno de Portland.

Indy, GP de Portland, Classificação final

1 T SATO RLL Honda 2:01:00.000 105 voltas
2 R HUNTER-REAY Andretti Honda +0.608  
3 S BOURDAIS Dale Coyne Honda +1.827  
4 S PIGOT Carpenter Chevrolet +4.556  
5 S DIXON Ganassi Honda +5.322  
6 S PAGENAUD Penske Chevrolet +11.461  
7 C KIMBALL Carlin Chevrolet +12.006  
8 A ROSSI Andretti Honda +13.377  
9 P FITTIPALDI Dale Coyne Honda +18.375  
10 J NEWGARDEN Penske Chevrolet +19.804  
11 T KANAAN Foyt Chevrolet +22.136  
12 C MUÑOZ SPM Honda +22.707  
13 G CHAVES Harding Chevrolet +23.714  
14 M LEIST Foyt Chevrolet +29.796  
15 J KING Carpenter Chevrolet +32.135  
16 J HARVEY Michael Shank Honda +32.419  
17 A CELIS Juncos Chevrolet +48.804  
18 M CHILTON Carlin Chevrolet +55.212  
19 Z VEACH Andretti Honda +1 volta  
20 S FERRUCCI Dale Coyne Honda +4 voltas  
21 W POWER Penske Chevrolet +7 voltas  
22 J HINCHCLIFFE SPM Honda +29 voltas NC
23 G RAHAL RLL Honda +101 voltas NC
24 E JONES Ganassi Honda +105 voltas NC
25 M ANDRETTI Andretti Honda +105 voltas NC

 

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Indy direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.