Na chegada a São Paulo, Mitsubishi vê Franciosi ainda na ponta e Spinelli com problemas no carro

O desafio no Rali dos Sertões está cada vez maior. Nesta quinta-feira (6), os pilotos deixaram Mato Grosso do Sul e seguiram para São Paulo e, até amanhã pela noite, os veículos não poderão receber assistência das equipes de apoio, deixando a prova ainda mais complicada. No percurso de hoje, entre as cidades de Três Lagoas (MS) e Euclides da Cunha Paulista (SP), foram 587 km no total, sob o sol forte, poeira e saltos.

 

Líderes da Protótipos T1, João Franciosi e Rafael Capoani seguem disparando na dianteira. Na especial desta quinta, a dupla chegou em quinto entre todos os carros.

 

"Nossa missão era chegar bem e cumprimos isso. E ainda conseguimos aumentar a vantagem para o segundo colocado, o que nos deixa em uma situação mais confortável. O mais importante é mantermos nossa posição na categoria. Queremos nos dar bem amanhã, aí teremos ainda mais confiança para o último dia", afirmou Franciosi.

 

O percurso de hoje passou por estradas estreitas com longas retas com piçarra com pequenos trechos de areia. Foram 291 km de trecho cronometrado.

 

"Foi um dia longo, muitas fazendas e trechos de radar, que quebrava o ritmo. Hoje andamos muito forte, por isso abrimos boa vantagem na classificação. Estamos com um ritmo de prova muito bom", destacou Capoani.

"A parte final da prova de hoje foi a mais legal do rali. Era um trecho com poucas lombas e curvas de alta velocidade com bastante visual, o que nos permitiu manter um ritmo forte e fazer todas as curvas de lado. Lembrou muito as especiais do Mundial de Rali", completou o navegador.

 

Logo no início do dia, no 30º km da especial, um problema na polia da bomba d’água impediu que Guilherme Spinelli e Youssef Haddad completassem a prova. 

 

"Trouxemos o carro para Euclides da Cunha e a equipe vai analisar com detalhes o que aconteceu. Largaremos amanhã com o objetivo de apoiar Franciosi/Capoani a garantir esse importante resultado para a Equipe Mitsubishi Petrobras como melhor carro nacional", afirmou Guiga. 

 

Na continuação da etapa maratona, o rali entra pela primeira vez no Estado do Paraná. A especial começa em uma região canavieira bem travada e sinuosa, exigindo muita concentração e navegação. O piso será de terra vermelha com trechos arenosos. A prova segue por estradas menores com muitas retas e lombas. Na última parte, o trecho volta a ficar travado e sinuoso, entrando novamente em canaviais, seguindo por longas retas até o final da especial.

 

"As próximas etapas são uma incógnita. Nunca andamos nessa região e não sabemos como vai ser. Mas acredito que não irá mudar e teremos muitas lombas. Este é o Sertões dos saltos", brincou Franciosi.

 

"Passaremos por plantações que exigirão muita navegação. Terá também trechos descampados e a atenção na planilha será fundamental", completou Capoani.

 

Na classificação geral dos carros, Franciosi/Capoani aparece na terceira posição. A dupla está 50min17s atrás de Reinaldo Varela/Gustavo Gugelmin.