Confirmado em divisão da Moto 1000 GP, Granado define saída do Mundial como "estratégia visando futuro"
A estratégia de Eric Granado para 2015 é dar um passo atrás do Mundial de Motovelocidade para não ser relegado ao fim da fila e tentar voltar em 2016 mais experiente e com moral. Enquanto isso, o piloto de 18 anos vai aproveitar para disputar o Europeu de Moto2 e a Moto 1000 GP, divisão GP 600
Eric Granado não vai participar do Mundial de Motovelocidade em 2015. Depois de dois anos como titular na Moto3, o paulista preferiu mudar de ares. Normalmente alguém que deixa o Mundial para competir em campeonatos continentais não faz uma escolha, mas no caso do jovem Granado, ainda com 18 anos de idade, é. Em 2015, ele vai disputar o Campeonato Europeu de Moto2 e vai também competir no Brasil, na Moto 1000 GP, divisão GP 600.
Granado assume a mudança como uma proposta estratégica. Ele quer voltar ao Mundial em 2016, sim, mas que seja após um ano de bons resultados e liberdade para andar mais à frente e numa categoria acima. E já que o calendário mais brando permite, vai dar alguns passos no Brasil. Com o aporte da Honda, o jovem chega à Moto 1000 GP, divisão GP 600 com grandes expectativas.
"A gente fez uma estratégia visando o futuro. A gente tinha possibilidade de ficar no Mundial, tanto na Moto 2 quanto na Moto 3, mas ficar por ficar não valeria a pena. Preferi optar pelo Europeu de Moto 2, me readaptar à categoria e voltar ao Mundial mais forte no ano que vem", disse.
Eric Granado (Foto: LaGlisse)
"E no Brasil, como o Europeu tem menos provas que o Mundial, vou fazer a Moto 1000 GP , divisão GP 600, com o apoio da Honda. É bom para estar em contato com a moto, o motor da CBR 600 é o mesmo que eu uso na Moto2, então vai ser bom para me preparar para voltar o Mundial em 2016", explicou.
Mudar, no entanto, não é um retrocesso, para Granado. Sair de uma Moto3 onde o peso da moto não ajuda para uma competição de Moto2 com melhores oportunidades de andar mais acima no pelotão deixa o piloto otimista.
A chance de subir para a Moto2 até existia, de acordo com ele, mas o preço a pagar seria alto demais para uma recompensa não tão grande.
"Não, acho que é um passo adiante, porque eu subi de categoria. A Moto3 para mim, realmente, por causa do meu peso, o esforço que eu estava fazendo não me deixava andar na frente como eu queria. Na Moto2, como eu disse, até tinha oportunidade, mas o investimento era muito alto. Fazer um investimento assim para andar atrás do décimo lugar não vale", avaliou.
"Sofri dois anos na Moto3 e aprendi que não serve de nada. Então, melhor fazer algo que eu aprenda, evolua, e volte em 2016 mais preparado para o Mundial", concluiu.
A melhor colocação de Granado no Mundial foi um nono lugar no GP da Itália de 2013.
AGORA ACABOU MESMO
Giedo van Garde finalmente chegou a um acordo para encerrar de vez a ação que moveu contra a Sauber na Austrália. E pediu novas medidas para proteger os pilotos. O holandês de 29 anos reconheceu que recebeu uma “significativa compensação financeira” da equipe suíça pelo imbróglio e disse ainda que esse acerto foi uma prova de que seus direitos haviam sido desrespeitados. Van der Garde, entretanto, não entrou em detalhes sobre a quantia acordada com o time de Monisha Kaltenborn. Mas reconheceu que sua "carreira na F1 provavelmente acabou".