Aconselhado pelo irmão, Álex Márquez descarta subir para MotoGP em 2019: “Eu fico na Moto2”

Não vai ser em 2019 que Álex Márquez fará sua estreia na MotoGP. Aconselhado pelo irmão Marc, o #73 colocou um ponto final nos rumores e confirmou que vai continuar na Moto2 na próxima temporada.

 

Durante o fim de semana em Sachsenring, a imprensa espanhola noticiou que Álex tinha a opção de subir para a classe rainha com uma Ducati satélite da Avintia. 

No sábado, Marc já tinha falado sobre a possibilidade de o irmão subir para a MotoGP e criticando a precocidade com que muitos estão chegando à classe rainha.

 

“A carreira de um esportista é curta, mas intensa, mas é preciso ampliá-la o máximo possível. As pessoas sobem muito novas e aí se não vão bem, o que acontece? Você tem de voltar atrás e isso é difícil”, ponderou Marc na ocasião.

 

No domingo, Álex foi questionado sobre a possibilidade de se juntar ao irmão na divisão principal, mas garantiu que vai seguir na classe intermediária, ainda que não tenha assegurado sua permanência com a Marc VDS.

 

“Te digo agora que existe 0% de possibilidade de subir para a MotoGP”, disse Álex. “Não vou subir”, frisou.

 

“Eu fico na Moto2 e veremos onde. Espero poder dizer alguma coisa nos próximos dias”, continuou.

 

Vencedor do GP da Alemanha de MotoGP, Marc reconheceu que teve dificuldade em convencer o irmão a seguir na Moto2, mas foi firme em seu ponto de vista.

 

“Ele tem 22 anos e não precisam subir todos só porque um subiu com 20, 21 ou 22. Cada um tem suas etapas e têm de cumpri-las bem”, considerou. “A vida do piloto é curta e é preciso aproveitá-la, mas você tem de alargá-la o máximo de anos possível. Do contrário, muitos deles ficam sem vaga com 27 ou 28 anos e aí é difícil voltar para trás”, ponderou.

 

“Não é a mesma coisa vir para um domingo com opções de vencer ou pensando em um top-10. Quando você tem a motivação de vencer um campeonato, isso te forma como piloto e como pessoa”, justificou.

 

Perguntado, então, se conversou com Álex sobre a possibilidade de subir para a MotoGP, Marc respondeu: “Me custou convencê-lo”.

 

“Cara, eu seria o primeiro a apoiá-lo se tivesse uma boa oportunidade ou uma coisa sólida na MotoGP, porque eu o vejo preparado mentalmente”, contou. “Se ele fica, eu fico com ele, porque nós treinamos juntos e tento assessorá-lo da melhor maneira que posso. O melhor é que ele está convencido de que pode ser o momento dele no que resta do ano e no próximo”, concluiu Marc.

#GALERIA(8477)