Após Pedrosa, Pol Espargaró e Barberá, Rins é operado para tratar síndrome compartimental no antebraço esquerdo

Não se trata de uma doença contagiosa, mas a síndrome compartimental segue se espalhando no Mundial de Motovelocidade. Depois de Dani Pedrosa, Pol Espargaró e Héctor Barberá, chegou a vez de Álex Rins ser submetido a uma cirurgia para tratar o problema circulatório. 

 

O chamado ‘arm pump’ é bastante comum em pilotos de moto e é caracterizado pelo aumento da pressão no interior de músculos, nervos e vasos sanguíneos. Assim, o fluxo sanguíneo é interrompido, o que pode resultar até mesmo em invalidez permanente do local afetado.

 O titular da Pons na Moto2 sentiu os primeiros sintomas da síndrome no GP da França e voltou a ter um incômodo na prova do último fim de semana, em Mugello. Nesta quinta-feira (4), Rins teve problemas em um teste privado no MotorLand de Aragão e foi, então, operado pelo Dr. Xavier Mir no Hospital Universitário Quirón Dexeus, em Barcelona.

 

“A operação consistiu em abrir as fáscias que cobrem os músculos do antebraço, tanto dos flexores — que dobram os dedos — como dos extensores — que estiram o punho — e vimos que este envoltório comprimia de forma importante estes músculos”, explicou Mir. “A intervenção foi realizada com microscópio — para lesionar o menos possível as estruturas — e foram necessárias duas incisões”, continuou.

 

“A operação foi bem e o piloto permanecerá 24 horas internado. Amanhã faremos a primeira imobilização, uma vez que nestes primeiros dias deve ter o braço imobilizado com gesso”, detalhou. “A partir de segunda-feira ele começa a fazer fisioterapia e estiramento dos dedos, cotovelo, do antebraço e punho para avaliar sua participação no GP da Catalunha”, concluiu Mir.

 

O GP da Catalunha acontece no circuito de Montmeló no próximo dia 14. Rins ocupa a sexta colocação no Mundial de Moto2, 55 pontos atrás de Johann Zarco, o líder da disputa.