Com atuação irrepreensível, Viñales controla aproximação de Rabat e conquista em Aragão segunda vitória na Moto2

 

Maverick Viñales exibiu todas suas qualidades neste domingo (28). Largando na ponta, o espanhol viu Mika Kallio tomar a frente logo nos primeiros metros, mas apostou em seu bom ritmo para reverter a situação no MotorLand.

 

Depois de perseguir o finlandês por algumas voltas, o piloto da Pons conseguiu se instalar na ponta e aproveitou a disputa no pelotão de trás para escapar na liderança, abrindo mais e mais.

A classificação do Mundial de Moto2 após o GP de Aragão

Após se livrar dos adversários, Tito Rabat passou a perseguir Maverick, mas, com cerca de dez voltas para o fim, os dois estavam separados por quase 2s5. Apesar da força do piloto da Marc VDS, o campeão vigente da Moto3 foi controlando a diferença, sem permitir que o rival se aproximasse.

 

Nos giros finais, a diferença até que caiu bastante, mas Viñales conseguiu cruzar a linha de chegada com 1s285 de vantagem para o líder do Mundial. Assim, Maverick agora soma vitórias em todas as quatro pistas espanholas do calendário.

Saiba como foi o GP de Aragão de Moto2:

 

Depois de dois dias de sol, o tempo virou em Alcañiz e embora a chuva já tivesse parado há algum tempo, o asfalto permanecia molhado no MotorLand. Ainda assim, os pilotos tinham uma faixa seca para poderem rodar com compostos slicks. A temperatura estava na casa dos 18°C, com o asfalto chegando aos 21°C.

Pela primeira vez na carreira, Maverick Viñales tinha a pole-position, dividindo a primeira fila com Johann Zarco e Mika Kallio. Franco Morbidelli abria a linha seguinte, acompanhado por Tito Rabat, Tom Lüthi, Takaaki Nakagami, Dominique Aegerter, Sandro Cortese e Marcel Schrotter.

 

Quando as luzes se apagaram no MotorLand, Kallio pulou para a ponta, à frente de Viñales e Zarco. Rabat subiu para o quarto posto, seguido por Morbidelli e Aegerter. 

 

Depois de algumas provas em que disparou na ponta só para ser caçado e batido por Rabat, Kallio tinha prometido uma nova estratégia a partir deste ponto da temporada. Será que veríamos algo diferente?

 

Rodando em sétimo, Jonas Folger queimou a largada e recebeu um ride-through da direção de prova pela infração.

 

Na ponta, Kallio seguia firme no comando da disputa, mas sempre acompanhado de perto por Viñales. Zarco permanecia em terceiro, à frente de Rabat, Aegerter e Morbidelli. 

 

Vendo Kallio e Viñales se afastarem do pelotão, Rabat logo deixou Zarco para trás e assumiu a terceira colocação. Na segunda volta, o espanhol tinha 1s091 de atraso para Maverick.

 

Em termos de escolha de pneus, todos os pilotos do grid optaram pelo composto duro na frente e a maioria calçou a traseira com a borracha mais rígida fornecida pela Dunlop. Zarco, entretanto, apostou em um composto macio atrás.

 

Ainda nos primeiros giros da disputa, Anthony West cometeu um erro e se tornou o primeiro a cair na Moto2. O piloto australiano não se feriu e conseguiu voltar para a disputa.

 

Na quarta das 21 voltas da corrida, Viñales superou Kallio na freada da curva um e assumiu a ponta. Rabat vinha em terceiro, seguido por Aegerter, Zarco, Morbidelli, Lüthi, Nakagami, Schrotter e Torres.

 

Com um ritmo forte nesse fim de semana, Viñales foi tentando fugir do alcance de Kallio, mas o finlandês se mantinha próximo, acompanhado, por sua vez, por Rabat. Quarto, Aegerter também vinha na briga pelo pódio.

Viñales vinha conseguindo escapar, mas passou muito em cima da zebra da última curva e perdeu sua vantagem para Kallio. O piloto da Marc VDS tentou o ataque por dentro na curva um, mas Maverick passou a chave na porta e não permitiu a passagem.

 

Kallio, então, se tornou alvo de Rabat, que passou por dentro na saída da curva cinco para assumir o segundo posto. Com a disputa entre os dois, Aegerter aproveitou para passar e se instalar em segundo, levando Zarco junto.

 

Beneficiado pela disputa, Maverick abriu 1s377 de vantagem, com Aegerter em segundo, à frente de Zarco, Rabat, Kallio e Morbidelli.

 

Pouco depois, Morbidelli passou Kallio por dentro e assumiu o quinto posto. Enquanto isso, Viñales escapava no horizonte, abrindo mais de 2s de vantagem para os demais. Restavam 13 voltas.

 

Rodando quase 1s mais rápido que o pelotão que vinha atrás, Viñales foi se afastando mais e mais, caminhando para sua segunda vitória na Moto2.

 

Atrás, Zarco deixou Aegerter para trás e assumiu o segundo posto. Rabat vinha em quarto, com Morbidelli em quinto, Kallio em sexto e Lüthi em sétimo.

 

Mais atrás, Sam Lowes passou Marcel Schrotter e assumiu a 11ª colocação. Mais adiante, Rabat aproveitou a curva um para tirar Aegerter do terceiro posto. Na passagem seguinte, o espanhol se colocou por dentro no mesmo ponto e tirou de Zarco a segunda posição. Líder, Viñales vinha 2s684 à frente. 

 

Pouco depois, Lüthi passou Morbidelli para assumir a quinta colocação. Kallio vinha em sétimo, seguido por Jordi Torres, Sandro Cortese e Lowes.

Em segundo, Tito foi tentando reduzir a diferença de Viñales, que caia e aumentava seguidamente.

 

Lutando pelo top-10, Axel Pons sofreu uma queda já na metade final da disputa e abandonou GP de Aragão. O espanhol não se feriu. 

 

Absolutamente no controle a situação, Viñales não deixava Rabat se aproximar a ponto de o piloto da Marc VDS se tornar uma ameaça. Com sete voltas para o fim, os dois estavam separados por 2s671.

 

0s736 atrás de Tito, Zarco permanecia em terceiro, com Lüthi batendo Aegerter pelo quarto posto. Kallio vinha em sexto, à frente de Morbidelli, Torres, Lowes e Cortese.

 

Na sequência, a diferença entre Viñales e Rabat caiu um pouco, mas, com quatro voltas para o fim, estava em 1s901. Mais atrás, Lüthi pressionava Zarco pela última vaga no pódio, com o francês levando a melhor.

 

Até a última volta, a diferença entre Maverick e Tito caiu um pouco mais, mas não o bastante para ameaçar o triunfo do piloto da Pons.