Dorna apresenta Copa do Mundo de Moto-e e confirma grid de 18 motos em 2019 com times da MotoGP, Moto2 e Moto3

A Dorna, promotora do Mundial de Motovelocidade, apresentou nesta terça-feira (6) a Copa do Mundo de Moto-e. A série elétrica, que vai compor a programação do campeonato original terá um grid de 18 motos em 2019, com sete times satélites da MotoGP se aliando a escuderias de Moto3 e Moto2 para dar forma ao certame

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A Dorna, promotora do Mundial de Motovelocidade, apresentou nesta terça-feira (6) em Roma, na Itália, a Copa do Mundo de Moto-e. Categoria monomarca com motos da italiana Energica, a série elétrica começa oficialmente na temporada 2019.
A categoria, que tem Loris Capirossi ajudando no desenvolvimento, será composta por 18 motos em sua temporada de estreia, com sete dos times satélites da MotoGP responsáveis por duas motos cada. As demais EgoGP ficarão nas mãos de equipes de Moto3 e Moto2. 
Além disso, os organizadores da Copa do Mundo confirmaram que o calendário será composto de cinco provas na Europa, com as corridas acontecendo entre o fim do warm-up da MotoGP e a largada da Moto3 na manhã de domingo. Cada corrida deve ter entre dez e 12 voltas.
Vito Ippolito, Francesco Starace, Loris Capirossi e Carmelo Ezpeleta apresentaram a EgoGP (Foto: Divulgação/MotoGP)

Presidente da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), Vito Ippolito destacou o pioneirismo da entidade máxima do motociclismo no interesse por sustentabilidade e não escondeu o orgulho com a iniciativa.

“Estou muito orgulhoso disso, estou feliz por ver que estamos no início de uma nova era para o nosso esporte”, disse Ippolito. “O que a Dorna está organizando para este campeonato é o modo certo de começar”, avaliou.

Diretor-executivo da Dorna, Carmelo Ezpeleta ressaltou que a ideia era criar uma categoria não só com a tecnologia elétrica mais recente, mas também uma série limpa.

“A FIM está interessada nestas novas tecnologias há muito tempo. Começamos a falar dessa possibilidade faz cinco ou seis anos”, recordou Ezpeleta. “A Dorna é uma empresa que organiza corridas. Essa é a nossa missão. Nós temos muito respeito pelos nossos fãs. Por isso, não consideramos fazer fora do evento. Vai ser no meio do nosso evento, com a cobertura televisiva do Mundial”, seguiu.

“Decidimos não abrir o campeonato para que um que coloque mais dinheiro tenha mais vantagem. Decidimos fazer com uma marca e escolhemos a Energica. Vamos começar com uma única moto, todo mundo com a mesma”, frisou.

Na apresentação desta terça-feira, a Energica evitou dar detalhes em relação a especificação técnica da moto, já que ainda trabalha na versão final do protótipo de corrida. Ainda assim, a marca italiana destacou que é pioneira no uso de carregadores rápidos e explicou que a bateria vai de 0 a 85% em menos de 30 minutos.

Ex-piloto da MotoGP, Capirossi está ajudando no desenvolvimento da moto e, mesmo reconhecendo que se trata de uma máquina diferente daquela que está acostumado, o italiano falou com empolgação sobre a EgoGP.
 
“É diferente, porque pilotei um tipo diferente de moto toda minha vida. Comecei com dois tempos, depois passei para quatro tempos e agora elétrica”, disse Capirossi. “Mas eu realmente gosto, porque eu descobri uma coisa diferente e desde a primeira vez que testei a moto, disse: ‘Wow, é legal de pilotar’. Agora nós estamos no início do desenvolvimento, mas estamos no rumo certo”, avaliou.
 
“O torque é incrível. Você pode brincar com o acelerador. A potência está sempre lá e o som é ― não é som ―, mas é alguma coisa diferente”, comentou. “A primeira vez que pilotei na pista, quando coloquei o joelho para baixo, só ouvi o som do joelho [raspando o chão]. É diferente. É o futuro e, acredite em mim, é legal pilotar aquela moto”, completou.
Loris Capirossi ajuda a desenvolver a EgoGP (Foto: Divulgação/MotoGP)

Em dezembro passado, a Dorna anunciou a Energica como fornecedora das motos da categoria. Os competidores vão usar uma Energica Ego, que vai de 0 a 100 km/h em 3s e atinge a velocidade máxima de 240 km/h.

Também em dezembro, a promotora espanhola anunciou um acordo para que a Michelin forneça os pneus da Moto-e. A empresa francesa já atende a classe rainha do Mundial de Motovelocidade.

Chefes de Yamaha, Honda, Ducati, Suzuki, Aprilia e KTM apoiaram a iniciativa da Dorna de introduzir uma série elétrica na programação do Mundial, mas descartaram que as motos movidas a energia venham a tomar o lugar dos protótipos atuais em um futuro próximo.

O mercado de motocicletas elétricas ainda é pequeno, mas está em expansão. Em um relatório publicado em 2016, a empresa de pesquisa de mercado TechNavio projetou um crescimento de 45% no setor de motocicletas elétricas até 2020.
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