Ducati mostra força no 1º dia de treinos, mas Márquez se sobressai na ‘canhota’ Sachsenring

Dona de um histórico discreto em Sachsenring, a Ducati começou o fim de semana com o pé direito, com três pilotos ― Jorge Lorenzo, Danilo Petrucci e Andrea Dovizioso ― no top-5 combinado das duas sessões de treinos desta sexta-feira (13). Invicto na pista da Saxônia desde as 125cc, Marc Márquez voltou a mostrar que se dá bem com a ‘canhota’ pista de Oberlungwitz e se sobressaiu no primeiro dia de atividades

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

A Ducati puxou a fila no primeiro dia de atividades da MotoGP em Sachsenring. Em um dia de sol e pista seca, Jorge Lorenzo estabeleceu em 1min20s885 o melhor tempo desta sexta-feira (13), 0s257 melhor do que Danilo Petrucci, o segundo colocado. 0s424 mais lento que o companheiro de equipe, Andrea Dovizioso ficou com o quarto posto. Assim, foram três protótipos de Bolonha no top-5 combinado das duas sessões livres.
 
Um alento e tanto para a Ducati, que não tem lá o melhor dos currículos em Sachsenring. A fábrica de Borgo Panigale tem uma única vitória no traçado saxão, conquistada ainda em 2008, com Casey Stoner. Além disso, são outros quatro pódios vermelhos no traçado pela classe rainha: Troy Bayliss foi terceiro 2003, Loris Capirossi segundo em 2007, Stoner terceiro em 2010 e Dovizioso terceiro no ano passado.
Jorge Lorenzo exibiu bom ritmo em Sachsenring (Foto: Michelin)
Apesar de ter liderado os trabalhos, Lorenzo colocou seu feito como “circunstancial”, já que entende que Marc Márquez não fez tudo que podia nesta sexta-feira. 
 
“É difícil pensar em vencer Márquez, pois ele é muito rápido nos dois primeiros setores. É o principal favorito”, apontou Lorenzo. “Espero lutar pelo pódio, mas não descarto a vitória. Estamos em grande forma já há algumas corridas e, inclusive, em uma pista difícil para nós. Mesmo perdendo terreno para Márquez nas primeiras duas parciais, reduzimos essa diferença pela metade. É um grande sinal para começarmos a sexta-feira”, seguiu.
 
“Esta primeira posição pode ser circunstancial, porque Marc não colocou o pneu novo no final. Teve a história de sempre dos pneus: uns com macios, outros com médios”, apontou. “Mas nós estamos bem. Tirando ele, que parece que tem dois ou três décimos, parece que somos os mais rápidos”, comentou.
 
Invicto em Sachsenring desde seu último ano nas 125cc, Márquez também se mostrou satisfeito, mas avaliou que a Honda perdeu alguma da vantagem que tinha anteriormente na canhotinha pista de Chemnitz ― o traçado alemão tem dez curvas para a esquerda e só três para a direita.
 
“Temos uma boa base. De manhã, já fomos rápidos na primeira saída, o que quer dizer que nos adaptamos bem ao circuito. De tarde, nós melhoramos, mas todo mundo também”, indicou Márquez. “Acho que tudo estará muito igualado, mais do que nas edições anteriores, mas este circuito é muito curto e é difícil marcar a diferença. Este circuito se adapta muito bem ao meu estilo, mas o bom tempo que faz iguala as coisas”, ponderou.
Marc Márquez está invicto na Alemanha desde a Moto2 (Foto: Repsol)
“De manhã, eu me senti bem e nos concentramos em trabalhar para a corrida. Foi nisso que nos concentramos. De manhã, fiz toda a sessão com o pneu traseiro macio. De tarde, com o médio. Não colocamos o traseiro macio no fim, daí o tempo”, justificou. “A Ducati é a moto que mais melhorou e isso se vê neste circuito. A Ducati tem uma moto que vai bem em todos os lugares. Esta Honda é menos forte nos pontos fortes que eu tinha, mas menos fraca nos pontos fracos. Vimos isso com [Takaaki] Nakagami, que tem a moto antiga e está na frente”, pontuou.
 
Assim como Lorenzo, Dovizioso também se mostrou satisfeito com a performance da Ducati, mas não tanto no que diz respeito a enfrentar Márquez.

“Todas as Ducati foram rápidas e isso confirma que temos uma boa base. Mas não podemos ter certeza se é possível bater Márquez, porque não sabemos até que ponto os tempos são 100% reais”, comentou Andrea. “Marc trabalha para a corrida na maior parte do tempo, algo que ele pode se dar ao luxo de fazer, então não vai ser fácil”, continuou.

 
“Este ano, nós somos mais competitivos do que no ano passado, mas somamos três zeros desde que começou a temporada. Mas, nestes três zeros, nós estávamos na frente, éramos rápidos. Somos rápidos em pistas em que íamos pior no ano passado, mas não coseguimos fazer a diferença onde antes fazíamos”, reconheceu. “Estamos mais próximos de Marc. Não sei se podemos lutar com ele, porque o consumo de pneus é muito alto. Podemos ser rápidos aqui, mas você corre o risco de ficar sem pneus”, comentou.
 
Do lado da Yamaha, as sensações foram mistas. O melhor colocado foi Maverick Viñales, que fez o sexto tempo. Valentino Rossi ficou só em 17º, 0s007 atrás de Hafizh Syahrin, o 16º. Johann Zarco aparece atrás do #46.
 
O #25 contou que tentou trabalhar em cima da base de Jonas Folger no ano passado, mas classificou o dia como “complicado”.
 
“Foi um dia complicado. A moto não está trabalhando 100%. Eu pensava em ser um pouco mais rápido, principalmente no segundo treino. Eu me sinto em forma, mas temos muito trabalho a fazer”, reconheceu. “Nós testamos o acerto de Folger, mas são motos muito diferentes”, frisou.
 
“Nós temos um problema ou outro com o pneu usado. Temos de melhorar a eletrônica, que está dificultando nesta pista”, contou. “A nossa moto tem uma boa base, mas a eletrônica nos limita muito”, insistiu.
 
Rossi, por sua vez, se mostrou mais irritado e foi mais firme ao pressionar a Yamaha por mudanças na YZR-M1.
Valentino Rossi mostrou irritação com performance da Yamaha (Foto: Michelin)
“O primeiro treino não foi ruim, mas, de tarde, tentado rodar com pneus usados, meu ritmo não foi rápido. Estou muito para baixo na tabela. Não são reais nem o terceiro posto desta manhã e nem o 17º da tarde”, considerou o #46.
 
“Temos um problema na aceleração, porque não somos capazes de transferir essa potência para o solo”, explicou. “A eletrônica é um problema que temos desde agosto de 2017. Estamos em julho de 2018 e não conseguimos nada. Trabalhamos em certas coisas, mas são pequenas. Não acho que tenhamos feito o que deviríamos. Quando pergunto, me dizem que sim com a cabeça, mas não sei muito bem o que isso significa. Eu cruzo os dedos”, relatou.
 
“Se o problema persiste e não se faz nada para resolver, é evidente que não vai desaparecer por mágica”, ironizou.
 

#GALERIA(8470)

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da MotoGP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.