Genialidade x constância: protagonistas da vez, Márquez e Dovizioso travam duelo de personalidades distintas

Empatados em 199 pontos na liderança, Marc Márquez e Andrea Dovizioso são os protagonistas do momento da MotoGP. Com Maverick Viñales correndo por fora na briga pelo título, os ponteiros da tabela travam um embate de mentalidades distintas pela coroa de 2017

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A passagem do Mundial de Motovelocidade por Misano deixou a disputa pelo título da MotoGP com dois protagonistas a menos. Com um déficit superior a 40 pontos ― com 125 ainda em jogo ―, Valentino Rossi e Dani Pedrosa começam a ter um caminho um tanto mais duro até a Torre dos Campeões, enquanto Marc Márquez, Andrea Dovizioso e Maverick Viñales seguem bem vivos na disputa.
 
Com cinco provas para o fim da temporada, o que o futuro reserva para Viñales ainda é uma incógnita. O GP de San Marino e da Riviera de Rimini foi uma clara evidência da evolução da Yamaha, que colocou em jogo o chassi que tinha desenvolvido para o próximo ano, mas o #25 ainda não conseguiu aparecer na briga pela vitória nas condições adversas da pista adriática.
Com perfis opostos, Márquez e Dovizioso são os protagonistas da vez na MotoGP (Foto: GEPA)
Conta a favor do espanhol, porém, o fato de a MotoGP estar rumando para pistas onde Viñales foi dominante na pré-temporada. Se tudo correr como esperado, o Top Gun deve dar trabalho ao menos em Phillip Island e Sepang.
 

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Mas, por ora, os protagonistas da vez são Márquez e Dovizioso. Naquela que foi a sexta troca de liderança da temporada, o #93 reassumiu o comando do Mundial ao empatar com o piloto da Ducati em 199 pontos, com o critério de desempate entrando em campo para colocar o titular da Honda na ponta ― Marc tem mais segundos lugares que Andrea neste ponto da temporada.
 
Para esta nova virada, aliás, foi essencial ver Márquez voltar às suas raízes. Depois de encantar o mundo do esporte ao conquistar o título da classe rainha do Mundial de Motovelocidade em sua primeira tentativa, o piloto de Cervera apresentou uma nova versão em 2016. Depois de ficar pelo caminho na briga pelo título de 2015 ainda muito cedo na temporada, o irmão mais velho Álex voltou diferente no Mundial passado, menos ‘tudo ou nada’ e mais trabalhado na constância.
 
De forma escancarada ou não, esta versão 2.0 imperou até o último domingo, quando o estilo ‘in natura’ de Márquez voltou à baila. Segundo colocado desde o início da corrida ― exceto por um breve período anterior a queda de Jorge Lorenzo ―, Marc não quis se conformar com a segurança de 20 pontos e preferiu atacar Danilo Petrucci em busca da vitória e outros cinco tentos.
 
Depois de muito rodar atrás do titular da Pramac, o espanhol de Cervera sabia exatamente onde lançar seu ataque, mas decidiu adiá-lo até a volta final, para, então, apertar o passo e se livrar de vez da sombra do italiano. Após dar o bote na curva um de Misano, Márquez seguiu para abrir vantagem e, mesmo com os pneus já desgastados, conseguiu registrar em 1min47s069 a melhor volta da corrida, quase 0s5 melhor que o melhor tempo de qualquer outro.
 
Mas por que, afinal, Marc decidiu arriscar tudo um derradeiro ataque? 
 
No início da manhã, o #93 tinha encontrado os limites da pista no piso molhado ao registrar seu 20º tombo da temporada ― algo que, em retrospectiva, considerou vital para o desfecho da corrida ― e ouvido parte da torcida italiana celebrar seu infortúnio. Para muita gente, a vitória foi a resposta do espanhol, que, primeiro, reagiu com beijos e, depois, admitiu seu incômodo com a situação.
 
Márquez, porém, explanou a situação de outra forma. Em um Mundial caracterizado por disputas apertadas e até pelo imprevisível, o companheiro de Pedrosa entendeu que era válido apostar em sua confiança e arriscar, já que os cinco pontos a mais que ganhou com a vitória podem ser vitais no desfecho da temporada em Valência.
 
A postura de Dovizioso, por outro lado, foi completamente inversa. Então líder do Mundial com nove pontos de vantagem, o italiano escolheu o conforto de seu terceiro lugar em um dia de condições adversas e falta de aderência da GP17 e avaliou que era melhor pontuar do que ficar com um zero.
 
Dono de um único abandono na temporada e com as mesmas quatro vitórias de Márquez, Dovizioso tem em 2017 a consistência que faltou no ano passado. Sempre pontuando e com uma Desmosedici que se comporta bem em diversas condições, Andrea já mostrou que tem as mais variadas cartas na manga, como aconteceu no Red Bull Ring, por exemplo, quando peitou Márquez pelo triunfo na última curva.
 
Com sete anos de diferença entre os dois, Márquez e Dovizioso possuem carreiras também distintas. Aos 31 anos, Andrea soma 270 largadas ― 172 na MotoGP, 49 nas 250cc e 49 nas 125cc ―, 15 vitórias ― seis na classe principal ― e 80 pódios ― 39 deles na elite ―, além do título de 2004 na divisão menor. Com 24 anos, Marc já disputou 162 corridas no Mundial ― 84 na série maior, 32 na Moto2 e 46 na classe menor ―, com 58 vitórias ― 32 delas com motos 1000cc ― e um total de 71 pódios ― 43 deles na categoria atual ―, tendo sido campeão em cinco oportunidades.
Teóricamente, Marc Márquez não precisava partir para o tudo ou nada com Danilo Petrucci (Foto: Pramac)
Além do chamariz dos números, ver Márquez na disputa pelo título sequer surpreende. Acostumado ao posto de protagonista, o #93 é o verdadeiro propulsor da RC213V, minimizando com seu estilo de pilotagem arrojado e por vezes genial toda e qualquer fraqueza da Honda. 
 

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Dovizioso, por outro lado, poucas vezes teve chances de ser o centro das atenções. É bem verdade que o italiano defendeu a mesma Repsol Honda de Márquez por três anos ― entre 2009 e 2011 ―, mas o protagonismo, ao menos na MotoGP, só chegou em 2017. 
 
Depois de sete anos de jejum ― desde Donington Park em 2009 ―, Dovizioso fez as pazes com a vitória na Áustria no ano passado, mas engatou mesmo uma boa sequência neste ano, amparado pela evolução da Ducati, que também volta ao papel de postulante ao título depois de uma longa estiagem.
 
Hoje no topo do ranking de candidatos ao título, Márquez e Dovizioso possuem históricos e estratégias bastante distintos, mas já se mostraram muito eficazes. Com Viñales, o trio promete uma batalha e tanto pela placa cromada na Torre dos Campeões.
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