Guia MotoGP 2018: Aos 39, Rossi vê hora do adeus no retrovisor, mas acelera para se afastar da aposentadoria

Piloto mais popular da MotoGP, Valentino Rossi caminha em 2018 para sua 23ª temporada no Mundial de Motovelocidade. Aos 39 anos, o #46 está perto de assinar por mais dois anos com a Yamaha e não dá nem sinal de que pretende pendurar o capacete

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Em uma carreira de 115 vitórias, 227 pódios, 64 poles e nove títulos mundiais, é fácil listar os feitos de Valentino Rossi no esporte. Aos 39 anos, no entanto, os números ficam um pouco de escanteio diante de alguém que continua disposto a seguir em frente mesmo com as crescentes juventude e força de seus rivais e com o implacável passar do tempo. 
 
Com um histórico de números gloriosos, perdendo em volume de títulos e vitórias apenas para o mítico Giacomo Agostini ― que alcançou parte de seus triunfos competindo em mais de uma categoria de forma simultânea ―, Valentino já poderia ter dado a carreira por encerrada há muito tempo, como fizeram muitos daqueles que foram seus adversários. Mas ele segue apaixonado pela disputa, pela competição, pela MotoGP.
 
Sinônimo de motovelocidade, o #46 é um dos responsáveis pelo status atual da classe rainha do Mundial, já que com seu carisma, suas comemorações irreverentes e sua performance conseguiu atrair ― e segue atraindo ― um multidão aos circuitos pelo mundo. Rossi não tem absolutamente mais nada a provar. Mas continua. Afinal, resta um sonho pela frente: o do décimo título.
Apaixonado pela MotoGP, Valentino Rossi não parece disposto a pendurar o capacete (Foto: Yamaha)
É bem verdade que a performance não é a mesma de outrora. Desde a conquista da nona coroa ― em 25 de outubro de 2009 em Sepang, na Malásia ―, Rossi já disputou 139 corridas e venceu apenas 12, uma média de triunfos bastante inferior àquela registrada anteriormente. Mas a MotoGP também mudou e tem hoje um campeonato disputado em centésimos ou milésimos e não mais em décimos.
 

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Mesmo assim, o italiano esteve perto de conseguir o sonho em 2015 e nem mesmo toda a confusão criada em torno da derrota para Jorge Lorenzo foi capaz de diminuir o amor do piloto de Tavullia pela classe rainha. Isso, aliás, ficou evidente no ano passado, quando Valentino voltou a correr menos de um mês após sofrer uma fratura dupla na perna.
 
Seguir competitivo na MotoGP aos 39 anos é um desafio e tanto, como reconhecem seus próprios rivais. Para estar a altura de competir com jovens como Marc Márquez e Maverick Viñales, por exemplo, o italiano encontrou na Academia de Pilotos VR46 seu próprio poço da juventude, mas a convivência com pilotos como Franco Morbidelli, Luca Marini, Francesco Bagnaia, Nicolò Bulega e Dennis Foggia, por exemplo, por si só não teria um efeito mágico no multicampeão.
 
Para seguir, Valentino precisa de esforço. Hoje, a preparação comandada Carlo Casabianca envolve treinos longos ― de 2h30 a 4h ―, e variados, com diversas modalidades mescladas ― exceto o crossfit ―, incluindo aí sessões de fisioterapia. 
 
Ao mesmo tempo em que prepara o físico, Rossi trabalha junto com a Yamaha para solucionar as falhas da YZR-M1, que venceu pela última vez no GP da Holanda do ano passado ― com o próprio #46. Implacável com os pneus, a moto dos três diapasões entra na temporada 2018 longe da perfeição, uma vez que segue mostrando uma performance irregular, variando muito de um circuito para outro.
 
O desempenho da M1, claro, deixa Rossi ― e também Viñales ― em desvantagem, mas a marca japonesa tem capacidade para encontrar a solução de uma hora para a outra.
 
E nem mesmo as falhas da M1 parecem ser capazes de desanimar Rossi. Às vésperas do início da temporada 2018, o piloto já admitiu que pretende renovar seu contrato com a Yamaha por mais dois anos, o que manteria o #46 na pista até, pelo menos, os 41 anos. E para a sorte dos amantes do esporte.
 
A carreira de Rossi será, sim, medida por seus números, mas talvez o grande feito de Valentino seja mesmo a sua longevidade.

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