Guia MotoGP 2018: Com competitividade sem paralelos, temporada tem grid vitorioso e disputa para lá de aberta

Com um regulamento criado para favorecer disputas apertadas e aproximar equipes de fábrica e satélites, a MotoGP chega a 2018 vivendo uma era de competitividade sem paralelos. Com um grande ― e vitorioso ― elenco de protagonistas, a temporada promete ser disputada até a consequência final

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Depois de um longo período de férias, o Mundial de Motovelocidade, enfim, vai voltar às pistas. Neste fim de semana, a elite do motociclismo mundial se reúne no Catar para dar o pontapé inicial em uma temporada de 19 paradas. E com a promessa de uma disputa até as últimas consequências.
 
Com um regulamento criado para favorecer lutas apertadas e aproximar equipes de fábrica e satélites, a classe rainha entra em sua 70ª temporada cercada de expectativas. Em um grid que reúne 19 veteranos e cinco novatos, a MotoGP tem um elenco com o recorde de 32 títulos mundiais ― 14 na divisão principal, 11 na do meio e 7 na menor ―, 461 vitórias e 424 poles. No total, são 12 campeões entre os 24 pilotos, com exceção de Danilo Petrucci, Xavier Siméon, Karel Abraham, Andrea Iannone, Takaaki Nakagami, Cal Crutchlow, Bradley Smith, Aleix Espargaró, Jack Miller, Álex Rins, Scott Redding e Hafizh Syahrin.
Marc Márquez e Andrea Dovizioso: expectativa por revanche em 2018 (Foto: Divulgação/MotoGP)
Da composição total do grid principal, são nove pilotos com vitórias só na classe maior, totalizando 215 triunfos, o maior número acumulado da história. Além disso, 87,5% dos competidores subiram ao topo do pódio em ao menos uma das três categorias do campeonato da FIM (Federação Internacional de Motociclismo) ― totalizando 461 ―, exceto Aleix, Petrucci e Syahrin.
 

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Com um material humano inquestionável, as motos aparecem para completar uma equação fortíssima. Ao longo da fase de testes da pré-temporada, Honda e Ducati se mostraram muito bem, com a Yamaha vindo um pouco atrás, especialmente no que diz respeito a uma performance constante. A Suzuki aparece na sequência na ordem de forças, com KTM e Aprilia vindo na logo atrás para completar a lista de seis construtores.
 
Levando em conta o histórico recente da categoria, difícil imaginar algo diferente de competitividade extrema. Nos últimos cinco anos, três títulos foram definidos na corrida final ― 2013, 2015 e 2017. No ano passado, todos os 23 presentes no grid pontuaram, três fábricas conseguiram quatro vitórias ou mais e foram seis mudanças na liderança do campeonato apenas na primeira metade da programação. Além disso, o GP de Aragão testemunhou o top-15 mais próximo da história, com todos os integrantes da zona de pontuação da tabela separados por 26s082. Até o ponto de partida do combate passado, apenas cinco das 840 corridas da classe rainha tinham os 15 primeiros separados por menos de 35s. Em termos históricos, cinco dos dez top-10 mais apertados da categoria foram registrados em 2017. 
 
Para apimentar ainda mais esse processo, a Michelin decidiu ‘congelar’ os pneus. Assim, a fábrica francesa ― que no ano passado introduziu um novo pneu dianteiro em Mugello depois de uma votação dos pilotos ― decidiu manter o design dos calçados inalterados, sendo que 80% dos compostos deste ano são os mesmos do ano passado.
 
Embora os tradicionais ponteiros estejam sempre na frente, a MotoGP encontrou um caminho para dar espaço para mais gente. Desde 2016, foram nove vencedores diferentes, com 12 pilotos liderando corrida em algum ponto da temporada e 13 homens distintos subindo no pódio. 
Valentino Rossi mostrou bom ritmo de prova no Catar (Foto: Yamaha)
No grid de 2018, serão quatro ausências em relação ao grid do ano passado ― Jonas Folger, Loris Baz, Sam Lowes e Hector Barberá ―, com cinco pilotos ― graças à vaga extra da LCR ― aparecendo para ocupar as posições: Franco Morbidelli, Tom Lüthi, Takaaki Nakagami, Xavier Siméon e Hafizh Syahrin. Junto, o quinteto soma mais de 600 largadas no Mundial ― mais de 200 só na conta do suíço #12.
 

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Apesar da qualidade dos estreantes, a disputa pelo título parece centrada em dois homens: Andrea Dovizioso e Marc Márquez. Enquanto o segundo tenta escrever um novo capítulo para sua vitoriosa jornada no certame, o primeiro busca a revanche do ano passado, quando brigou pelo título da MotoGP até a final de Valência. 
 
Pendente está, no entanto, o que será da Yamaha. Depois de sofrer com uma performance irregular no ano passado, a equipe dos três diapasões não conseguiu sanar todos os problemas da YZR-M1, que sente demais a variação dos cenários. Mesmo assim, Valentino Rossi mostrou um ritmo de prova especialmente forte nos testes do Catar ― um circuito onde a casa de Iwata soma seis vitórias na era da MotoGP ― e Johann Zarco foi o autor da melhor volta.
 
A performance da Suzuki, por sua vez, é um alento. Depois de um fraco 2017, a marca de Hamamatsu parece ter acertado a mão e, recuperadas as concessões, poderá desenvolver ainda mais ao longo do ano sua já bem nascida moto. KTM e Aprilia, por outro lado, seguem avançando na evolução de seus protótipos e têm metas cada vez maiores no Mundial. 
 
Em termos mais globais, a principal mudança diz respeito à chegada da Tailândia, que aumenta a programação de 18 para 19 GPs. Se inicialmente o traçado de Buriram era algo de criticas dos pilotos, depois dos testes a impressão mudou consideravelmente e a expectativa é por um vultoso público na estreia do GP no calendário
 
No tocante às classes menores, Moto3 e Moto2 terão de buscar novos protagonistas. Campeão da divisão menor, Joan Mir saltou para a categoria intermediária, com Enea Bastianini, Jorge Martín e Arón Canet aparecendo na pré-temporada como candidatos mais sólidos à taça. Estreantes, Jaume Masià e Dennis Foggia já se destacaram como wild-cards, enquanto Alonso López mostrou bom desempenho na fase de testes do que promete ser mais um capítulo do confronto entre Honda e KTM.
Álex Márquez: a hora da verdade para o caçula de Cervera (Foto: Marc VDS)

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Na classe intermediária, o clima é de adeus aos motores 600cc. No último ano da Honda como fornecedora única da categoria antes da chegada da Triumph, Álex Márquez tem a pressão de, enfim, mostrar uma performance condizente com seu potencial ― e com o sobrenome. No entanto, o #73 terá de enfrentar a força de nomes como Francesco Bagnaia ― que já garantiu seu espaço na MotoGP em 2019 ―, Sam Lowes ― que volta à Moto2 após um ano na MotoGP ―, Mattia Pasini, Miguel Oliveira, Brad Binder e etc.
 
Além da crescente performance da KTM, que mostrou bom ritmo também com um surpreendente Iker Lecuona, a Moto2 vê o aumento no número de fábricas presentes no certame. Embora a Kalex siga dominante ― atendendo 59,3% dos pilotos do grid ―, a rival austríaca aumentou ligeiramente sua presença, enquanto Tech3, Speed Up e Suter ajudam a compor o grid.
 
A última, aliás, tem um apelo especial para o Brasil, já que vai equipar Eric Granado, que volta ao Mundial agora ostentando o título de Campeão Europeu de Moto2. A moto, no entanto, está longe do potencial demonstrado quando foi campeã com Márquez, mas tem capacidade para fazer melhor.
 
De qualquer forma, as três categoriais do Mundial de Motovelocidade têm grids competentes, com construtoras capazes de alavancar a disputa cada vez mais.
 
2018 deve ser mais um ano e tanto em duas rodas.

Aos 39 anos, Rossi acelera para se afastar da aposentadoria na MotoGPAo provar que Ducati pode vencer, Dovizioso mira concluir o que iniciouLorenzo vai para segundo ano na Ducati tentando recuperar performance

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