Guia MotoGP 2018: Título, recuperação e crescimento: o que esperar de cada fábrica da MotoGP para esta temporada

Luta pelo título? Recuperação de espaço perdido? Crescimento a jato? Cada uma das seis fábricas que estão na MotoGP tem uma expectativa sobre o que poderão realizar na temporada que estreia no próximo fim de semana. No Guia MotoGP 2018, o GRANDE PRÊMIO destrincha uma por uma

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A temporada 2017 do Mundial de Motovelocidade foi uma das mais divertidas de todos os tempos, mas 2018 tem condições de fazer o entretenimento ser ainda melhor para o fã mundo afora. Se Honda e Ducati mostraram nos testes coletivos que irão continuar contestando uma a outra, a Yamaha não se dá por vencida apesar de continuar apresentando alguns dos mesmos velhos defeitos. E a Suzuki mostrou gana de voltar a subir, enquanto KTM quer continuar a toada meteórica do desenvolvimento e a Aprilia não abre mão de parar de patinar ainda com Aleix Esparagaró como seu grande capitão.

 
No GUIA MOTOGP 2018, o GRANDE PRÊMIO destaca o que pode ser esperado de cada uma das seis fábricas que produzem motos e têm seus próprios acampamentos nas garagens por quais passa o campeonato. Honda, Ducati, Yamaha, Suzuki, KTM e Aprilia estão todas apresentadas para o leitor saber o que esperar delas a partir do GP do Catar deste fim de semana, dia 18 de março, no circuito de Losail.
Marc Márquez já renovou com a Honda até 2020 (Foto: Repsol)
HONDA
 

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Um jogo de cores um pouco diferente na moto e um novo chefão – o espanhol Alberto Puig, que substitui o agora aposentado Livio Suppo. São algumas das mudanças mais significativas de uma marca que pensa em continuidade para voltar a empilhar os títulos dos últimos anos. Apesar de momentos de mais ou menos domínio em termos de rendimento, é fundamental observar que a Honda venceu seis dos últimos sete títulos de Construtores da MotoGP.

 
Parte dessa pilastra fundamental é a dupla de pilotos, claro. Dani Pedrosa está na Honda a carreira inteira – na classe rainha desde 2006 -; enquanto Marc Márquez chegou para fazer dupla em 2013. Em cinco anos, Márquez ganhou quatro títulos. O contrato do #26 vai apenas até o fim deste ano, mas a marca da asa dourada se adiantou com Márquez e já anunciou a renovação contratual até 2020 – mesmo que Marc quisesse, sim, ouvir outras propostas. 
 
A Honda sabe bem o que tem no piloto de 25 anos. “Marc e Dani merecem as melhores ferramentas para poderem ser bem sucedidos nesta temporada, e é nossa missão tornar isso possível. Nossos engenheiros no Japão e no time pelo mundo fizeram um trabalho impressionante, e tenho certeza de que vamos alcançar nossas metas mais uma vez”, disse Puig, que não precisa fazer força para esconder que Marc é onde a Honda põe suas fichas ― Alberto, no entanto, conhece como ninguém as qualidades do #26, já que foi braço direito do espanhol por muitos anos.
 
O ritmo visto na pré-temporada é forte. Em Sepang, a Honda e Cal Crutchlow, da LCR, mas contratado direto da fábrica japonesa e, por isso, dotado do mesmo equipamento de Dani e Marc, rivalizaram com a Ducati. Em Buriram, na Tailândia, a Honda foi superior. Na pista de Losail, onde a marca vem tendo dificuldades, passou incólume e claramente forte. Só não foi melhor que um quase inacreditável Andrea Dovizioso.
 
“Na Malásia, não fui o mais rápido, mas tivemos um ritmo bastante rápido, me encontrava bem com a moto, mas não existem favoritos”, disse Márquez após o começo da pré-temporada. “A igualdade é cada vez maior, mudam muitas coisas de circuito a circuito. Eu sou o campeão vigente, mas no Catar partimos todos do zero”, despistou. 
 
“Visto o ano passado, não me atrevo a dizer nomes. No conjunto, colocaria os dois pilotos da Ducati, os dois pilotos da Yamaha, meu companheiro Dani [Pedrosa] e Zarco [na briga pelo título]. Zarco pode surpreender a mais de um. É um piloto constante, trabalhador, que fez grandes resultados no ano passado e acabou muito forte”, argumentou. “Estou contente com a forma como correu a pré-temporada.”
 
Como campeão vigente, Márquez sabe o que se espera dele: nada menos que a glória máxima. É nele que está a maior pressão para repetir os resultados que seu talento transformou em praxe na carreira.

Aos 39 anos, Rossi acelera para se afastar da aposentadoria na MotoGPAo provar que Ducati pode vencer, Dovizioso mira concluir o que iniciouLorenzo vai para segundo ano na Ducati tentando recuperar performance

Andrea Dovizioso vem para terminar o trabalho que começou no ano passado (Foto: Michelin)
DUCATI
 

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A marca de Bolonha recuperou todo o prestígio de campeã perdido nos últimos anos ao fazer uma temporada impressionante em 2017. A expectativa ao contratar Jorge Lorenzo era evidente: um multicampeão mundial para capitanear o projeto da Ducati para os próximos anos e chancelar o crescimento na MotoGP com um título. E o que aconteceu foi o brilho maior – ao menos até aqui – do piloto que já estava lá: Andrea Dovizioso.

 
O desempenho de Dovizioso em 2017 não rendeu título, perdido no fim do campeonato para Márquez e a Honda. A questão é que a Ducati se colocou quase em igualdade de forças e superior à Yamaha. Em 2018, os testes de pré-temporada mostram exatamente que é um padrão que tende a continuar.
 
Atrás da Honda, mas rivalizando na Tailândia, a Ducati esteve muito próxima e talvez até um pouco superior na Malásia. Mas, sobretudo no Catar, a performance foi de nível altíssimo. Tanto foi que Dovizioso se colocou como 'homem a ser batido'. 
 
“Depois deste teste, podemos confirmar nossa competitividade e rapidez. Somos, inclusive, mais rápidos do que no ano passado”, disse. “Me encanta que me vejam como o homem a ser batido. Nos testes, dá para entender muitas coisas, mas não todas. Temos de esperar a corrida. Pode ser que tenha sido o melhor teste da minha vida. Estou muito contente. Sabíamos que seríamos rápidos, mas foi muito melhor do que o esperado. A moto foi bem em todas as condições, e isso é muito difícil na MotoGP”, falou.
 
Ainda sem a regularidade dos anos de Yamaha e vivendo uma situação pré-definida dentro da equipe: a de ter um companheiro com rendimento claramente melhor, Lorenzo ainda tenta encontrar a sua identidade própria dentro das demarcações da Ducati.
 
"Demos um passo à frente em relação ao ano passado. Temos muito mais potencial, muito mais do que mostramos hoje, mas ainda temos de trabalhar. A moto é competitiva, embora cada piloto tenha sua maneira e seu acerto. Temos de encontrar um jeito de ter a moto mais a meu gosto", disse o espanhol.
 
A expectativa da Ducati para a temporada 2018 é seguir como pedra no sapato da Honda e com gigantescas expectativas sobre promover Dovizioso – ou até Lorenzo, se ele conseguir viver uma renascença em Bolonha – ao próximo passo. Para isso, a Desmosedici precisa ser a melhor dos últimos anos.
Valentino Rossi ainda não assinou sua continuidade na Yamaha, mas não esconde desejo de renovar (Foto: Yamaha)

YAMAHA

 

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Desafiando os limites. Essa é a frase que a Yamaha escolheu para entoar durante a temporada 2018. É um ano, afinal, em que o time de Iwata tem necessidade de dar uma resposta após ser derrotado sem oferecer resistência pela Honda e pela Ducati no ano que passou. Com Valentino Rossi e Maverick Viñales juntos para mais uma jornada, o objetivo é claro: recuperar o desempenho perdido.

 
As metas históricas são importantes, como a 500ª vitória no Mundial, conquistada em 2017. Mas a Yamaha não pode se contentar com isso novamente. Se titubear de novo, não há dúvida, vai deixar as rivais abrirem um caminho que será bem difícil de recuperar. Aliás, Viñales começa o segundo ano na equipe já com o contrato renovado. Se Rossi se aproxima dos 40 anos, a Yamaha conta com Maverick para carregar as esperanças futuro adentro.
 
Nos testes de pré-temporada, entretanto, quem apareceu melhor sobre uma moto YZR-M1 foi Johann Zarco. O francês da Tech3, equipe cliente da Yamaha, foi superior a Rossi e Viñales com certas sobras no Catar. Enquanto Honda e Ducati colocaram suas equipes de fábrica na liderança de pelo menos uma das baterias de testes coletivos, a Yamaha não repetiu o desempenho. É um começo confuso e um tanto quanto assustador, a M1 ainda é irregular e tem rendimento que varia demais dependendo da pista onde esteja.
 
“Fui rápido tanto em uma volta quanto em ritmo, mas ainda sofremos um pouco com os pneus, tanto na frente quanto atrás”, avaliou Rossi após os testes do Catar. A maior questão até agora parece ser o desgaste excessivo e irremediável de pneus na moto da marca dos diaspasões.
 
“Não encontrava nada de ritmo, nem de sensações", falou Viñales. E admitiu: "[A moto] ainda não é tão boa quanto a do ano passado", avaliou. Também foi o espanhol que notou na nova moto problemas bem parecidos aos do ano passado.
 
A Yamaha tem seu crédito, mas jogar fora mais um ano significa desperdiçar outra das últimas temporadas de Valentino. Três anos sem títulos, especialmente se pela segunda vez for terceira força, não cairá bem por aqueles lados. Assim, é a marca japonesa a que entra mais pressionada nesta jornada.
Andrea Iannone parece recuperado após os muitos questionamentos do ano passado (Foto: Suzuki)
SUZUKI
 

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O ano de 2017 não foi mais decepcionante para nenhuma outra fábrica do que foi para a Suzuki. Após resultados expressivos em 2016 e até uma vitória de Maverick Viñales, a marca japonesa chegou para o ano passado com a intenção de dar o salto de qualidade que a Ducati deu algum tempo antes. E foi um fracasso miserável: menos de metade dos pontos da temporada anterior.

 
Sem qualquer pódio e com o projeto Andrea Iannone tendo tido um primeiro ano tenebroso, a Suzuki ao menos recuperou as concessões dadas pela MotoGP para acelerar o processo de desenvolvimento. Em 2018, os motores da equipe de Hamamatsu ficarão descongelados e os pilotos oficiais terão mais liberdade para participar de testes privados.
 
Ao menos nos testes coletivos de pré-temporada, Iannone e Álex Rins acertaram o pé. O italiano chegou a bater a ex-equipe Ducati no Catar e esteve sempre circundando o top-10 na Malásia e na Tailândia; Rins foi melhor ainda nas sessões de Sepang e Buriram. É um começo encorajador para que a Suzuki recupere o respeito.
 
“Posso pilotar mais e mais com meu estilo habitual e temos menos dificuldades onde não temos freadas fortes. Ainda temos margem de melhora, mas a equipe e a Suzuki estão fazendo um bom trabalho”, afirmou Iannone após os testes no Catar.
 
Rins também teve o que falar e elogios a fazer. “Nós estamos levando muitas coisas positivas, e dá para ver isso tanto no ritmo quanto no tempo de volta que atingimos. Nunca estamos satisfeitos, então peço por um pouco mais de potência, um pouco mais de aceleração. Mas acho que temos uma boa moto, uma moto que é 100 vezes melhor do que no ano passado”, opinou.
 
Para o ano novo, a expectativa da Suzuki é fazer uso dessas concessões de forma tão acertada quanto da última vez que teve o direito. Desta forma, não apenas recuperar um pouco do prestígio perdido frente às principais equipes, mas também tentar frear a chegada meteórica da KTM e fugir do pelotão intermediário.
Bradley Smith precisa mostrar melhor performance em 2018 (Foto: Michelin)
KTM

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Dentre as fábricas do pelotão intermediário, a KTM foi aquela que teve o melhor ano de 2017. Logo no ano de estreia, fechou o campeonato melhor que a Aprilia. Foram cinco corridas no top-10 tanto com Pol Espargaró quanto com Bradley Smith e a demonstração: a KTM chegou para incomodar na MotoGP.
 
E a boa temporada para os padrões de uma iniciante aconteceu mesmo que Smith tenha tido uma produção pobre. O inglês foi companheiro de Pol por anos antes, na Tech3, então há uma grande esperança que ele aumente o rendimento no segundo ano do projeto da marca austríaca e se equipare ao espanhol, assim como sempre foi capaz de fazer. Foi apenas por esse motivo, aliás, que ele não foi sacado em virtude do piloto de testes Mika Kallio ter apresentado desempenho superior. 
 
Dinheiro e prestígio não faltam para a KTM, que segue tendo direito às concessões para trabalhar a RC16 durante toda a extensão da temporada. A primeira baixa, no entanto, se apresentou já na pré-temporada. Com uma hérnia, Pol Espargaró não participou dos testes coletivos na Tailândia e perdeu um dia de atividades no Catar.
 
O nível de confiança é alto, ainda que o rendimento na pré-temporada esteja bem abaixo da Suzuki, por exemplo. Nada muito anormal, no entanto, para uma equipe bem mais nova e sem o principal piloto até aqui. A expectativa da KTM é consolidar o nível de crescimento para, em breve, poder conversar de igual para igual com as gigantes.
Scott Redding vai fazer sua primeira temporada com a casa de Noale (Foto: Michelin)

APRILIA

Uma moto mais forte, mas com gravíssimos problemas de confiabilidade. Foi desta forma que a RS-GP chegou para 2017 e não impressionou. Poucas incursões no top-10, nenhum pódio e ainda uma distância grande até para a decepcionante Suzuki. Dos 67 pontos da equipe de Noale, 62 vieram de Aleix Espargaró, experiente e que foi sacado da Suzuki em prol de Iannone.

Com os problemas já inerentes ao time, Sam Lowes parecia uma figura triste e incomodada com seu rendimento comparado a Aleix. É por isso que não volta para a temporada 2018: Scott Redding, outro experiente, fará a mão de pilotar a moto italiana.

Conforme os testes do fim de temporada provavam, a moto, evoluída de acordo com o livro de Espargaró, era mais veloz. Desta forma, a confiança do espanhol para a temporada é imensa, ainda que a Aprilia tenha tido um atraso: o motor de 2018 foi acoplado à moto após os testes e será visto em ação pela primeira vez no GP do Catar. Nos testes de pré-temporada, Redding tentava se acostumar à nova moto, enquanto Aleix se mantinha no top-15.

Com a informação do que já viu e da expectativa pelo novo motor, o otimismo de Aleix Espargaró é inabalável.

“Este ano, as coisas vão ser ainda mais interessantes, porque todos os times e pilotos estarão em um nível muito alto”, previu Aleix. “A verdade é que os testes de inverno muitas vezes enganam. Têm muitos pilotos que conseguem fazer algumas voltas rápidas, mas os valores vão mudar na corrida. Acredito no nosso potencial e estou confiante de que vamos lutar no top-8 logo de cara”, declarou.

Também com as concessões da MotoGP, a expectativa é ver a Aprilia aparecendo com mais naturalidade no top-10.

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