KTM fala em ignorar uso de motores Honda na Moto2 para atingir meta de abolir distância entre Rookies Cup e MotoGP

Diretor do departamento de esporte a motor da KTM, Pit Beirer justificou a entrada na Moto2 como parte de um objetivo de manter os pilotos dentro da marca durante toda a caminhada no Mundial de Motovelocidade. Dirigente, reconheceu, entretanto, que a fábrica austríaca terá de aceitar usar motores da Honda para atingir seus objetivos

Grande Prêmio
Juliana Tesser 13/09/2016    12:17    3min    MotoGP
A KTM anunciou nesta terça-feira (13) sua entrada no Mundial de Moto2 em 2017. O anúncio já era aguardado há algum tempo, mas a decisão da marca austríaca de desenvolver um protótipo para a classe intermediária causou estranheza na época de sua exibição.
 
Hoje, a Moto2 utiliza motores padrão e o contrato em vigor determina que todos os times têm de usar o propulsor 600cc fornecido pela Honda até o fim da temporada 2018.
Pit Beirer avaliou que uso de motor Honda é concessão para atingir objetivos da KTM (Foto: Red Bull KTM Ajo)

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Em uma entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, Pit Beirer, diretor da divisão de esporte a motor da KTM, explicou que a ideia com o projeto da Moto2 é manter os pilotos sempre dentro da estrutura da marca da Áustria.
 
A fábrica laranja oferece hoje uma das principais portas de entrada para o campeonato. Por meio da Red Bull Rookies Cup, a KTM ajudou a desenvolver o talento de pilotos como Johann Zarco, Danny Kent e Brad Binder, por exemplo.
 
“A clara meta com a Moto2 é, algum dia, eliminar a distância entre a Red Bull MotoGP Rookies Cup, o nosso programa na Moto3 e o atual projeto da MotoGP, com foco na perspectiva dos pilotos”, explicou.
 
Questionado pelo GP sobre o uso de motores da concorrência em uma moto desenvolvida dentro da KTM, Beirer reconheceu que gostaria de contar com um propulsor próprio, mas avaliou que é preciso fazer concessões para atingir as metas da marca.
 
“É claro que nós preferiríamos fornecer, como em todas as outras disciplinas, uma KTM de verdade, com motor próprio, mas, levando em conta as regras atuais e a nossa meta, nós temos de ignorar, no momento, esta situação”, concluiu.
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