Líder nos testes em Jerez, Viñales vê resultado “totalmente diferente” do GP da Espanha e admite: “É um pouco frustrante”

Líder do teste coletivo realizado pela MotoGP na segunda-feira (8), Maverick Viñales saiu de Jerez de la Frontera um pouco frustrado. O #25 conseguiu uma performance mais competitiva no exercício, embora estivesse usando a mesma configuração da corrida de domingo na YZR-M1.

 

Apesar das temperaturas mais elevadas, os pilotos relataram um aumento considerável na aderência do traçado.

 

Após o GP da Espanha, o quarto da temporada 2017, Maverick se mostrou incomodado com a performance do pneu Michelin e, após a teste, segue confiante em sua teoria.

“Hoje nós fizemos uma comparação com a corrida de ontem e o resultado foi completamente diferente”, disse Viñales. “Pude rodar em 1min40s médio, e estava no ritmo de Marc [Márquez] e Dani [Pedrosa], então é um pouco frustrante”, continuou.

 

“De qualquer forma, temos de olhar para a frente. Nós testamos muitas coisas, algumas positivas, outras negativas”, contou. “Em Le Mans, já temos um bom acerto. Vamos tentar melhorá-lo. Espero que o tempo possa permanecer realmente bom”, comentou.

 

Questionado sobre qual foi a diferença entre a corrida e o teste, Viñales respondeu: “Nenhuma”.

 

“Na simulação de corrida eu fiz dez ou 12 voltas com o tanque cheio, o mesmo acerto, os mesmos pneus e foi totalmente diferente”, apontou. “Mas, de qualquer forma, depois nós testamos um novo chassi e não funcionou tão mal, tinham algumas coisas positivas de que eu gostei. Temos de checar bem os dados. De qualquer forma, com nosso chassi antigo, me senti realmente bem o dia todo”, falou.

 

“O que foi difícil hoje foi a temperatura. Estava muito quente depois da primeira, da segunda saídas, aí foi fácil ir para 1min40s alto. Foi bem estranho que a vida do pneu tenha sido assim tão curta”, opinou. “Eu sei o que afetou isso. Mas hoje nós fizemos uma checagem para garantir. Ontem na volta 16, 1min41s9, hoje na volta 16, 1min40s8. Isso é quase 1s por volta, é muita coisa. Nós éramos capazes de estar no pódio, pelo menos no pódio, ou talvez lutando com Marc e Dani”, considerou.

 

Indagado se a borracha depositada na pista pelas corridas de Moto3 e Moto2 influenciou na performance de domingo, Maverick ficou em dúvida.

 

“Não acho. Porque nas outras pistas, como na Argentina, por exemplo, tive o mesmo feeling depois da Moto2 que tive no warm-up. No Catar também e em muitas corridas do ano passado, então este é o problema. Talvez no pneu traseiro, onde temos menos aderência, mas na frente é completamente diferente”, explicou.

 

Ainda, Viñales fez uma avaliação positiva do novo chassi testado pela Yamaha em Jerez de la Frontera.

 

“O que sei é que posso ganhar um pouco de aderência, o que é realmente importante em pistas que não têm muita aderência. Agora temos de checar. Minha sensação é que temos um pouco mais de aderência, e posso levantar melhor a moto. É importante para pistas que temos de parar e andar”, indicou.

 

Por fim, Viñales deu sua avaliação sobre o pneu dianteiro testado na Espanha. A Michelin deu aos pilotos o mesmo composto usado no GP da Comunidade Valenciana do ano passado para uma reavaliação;

 

“Se tiver de correr com ele, posso correr. Não tenho nenhum problema, porque já com aquele pneu nós temos muitas voltas e bons tempos de voltas”, afirmou. “Eu gosto do que nós tivemos na Argentina, o que tive em Le Mans. Esses são os pneus de que gosto. Ou o duro com que fiz a simulação de corrida. De qualquer forma, se eles querem trazer de volta, voltamos e tentamos ajustar nosso estilo de pilotagem ou a moto a este pneu. De qualquer maneira, são bons pneus. Para mim, não é um problema”, concluiu.

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