Lorenzo confirma arrancada a partir de Mugello e vai para GP da Catalunha como favorito à vitória

Parecia que a história de Jorge Lorenzo com a Ducati teria um fim melancólico, mas o #99 conseguiu se entender com a Desmosedici e, quase que replicando a história do time de Bolonha na temporada passada, usou o fim de semana em Mugello para dar início a uma arrancada. Superada a barreira da primeira vitória, o piloto de Palma de Maiorca agora entra no GP da Catalunha como favorito

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Jorge Lorenzo virou do avesso sua história com a Ducati. Embora o fim do casamento já seja definitivo ― o #99 vai guiar pela Honda nos próximos dois anos ―, o piloto de Palma de Maiorca conseguiu transformar o que seria um fim melancólico de relação em algo muito mais… festivo.
 
Depois de um início de ano bastante abaixo de suas capacidades, Lorenzo, enfim, conseguiu o que queria da Ducati e, mais confortável a bordo da Desmosedici, pôde voltar a guiar da forma como fazia com a Yamaha.
 
Como se isso já não fosse bom o bastante, o #99 deu mais um passinho neste sábado (16), quando faturou a pole-position em Montmeló. Com sua melhor volta em 1min38s680, Lorenzo superou Marc Márquez por 0s066 e, assim, pela 14ª vez seguida, vai sair na primeira fila do traçado catalão.
Jorge Lorenzo entra no GP da Catalunha como favorito (Foto: Michelin)
Com o resultado, Lorenzo se tornou o oitavo piloto a conquistar a pole com motos de duas fábricas diferentes. Antes do espanhol, apenas Andrea Dovizioso, Cal Crutchlow, Casey Stoner, Max Biaggi, Sete Gibernau, Valentino Rossi e Aleix Espargaró tinham conseguido tal feito.
 
“Depois de uma vitória e um pódio, isso é o mais importante que você pode conseguir. E me faltava isso”, disse Lorenzo. “É para ficar contente, mas não te dá nenhum ponto”, frisou.
 
“O importante é que nós finalmente encaixamos as peças do quebra-cabeças. Me falta cada vez menos para ser natural com esta moto”, apontou. “Vai ser complicado alcançar isso até Valência, porque é uma moto que não é feita para o meu estilo, mas, aos poucos, ela está sendo mais dócil”, seguiu.
 
Além de faturar a pole, Lorenzo mostrou ao longo do fim de semana que tem o melhor ritmo entre os 26 pilotos no grid. Ainda assim, o espanhol não espera uma corrida fácil pela frente.
 
“Na MotoGP você sempre pode esperar surpresas e as Yamaha não estão tão longe, [Danilo] Petrucci está por perto… mas é verdade que hoje parece que nós somos os que têm mais ritmo”, reconheceu. 
 
Questionado se, a partir de agora, estará sempre entre os ponteiros, Lorenzo ponderou: “Como sempre, terão circuitos que se adaptem melhor à nossa moto e outros onde será mais difícil. Em Sachsenring ou Phillip Island, temos algo pendente, mas vejo a moto melhor do que nunca, mais completa do que nunca e todo o trabalho que fizemos neste ano e meio está dando frutos”.
 
Atrás de Lorenzo na grelha, Márquez colocou o piloto da Ducati como favorito, mas, apesar de ter tido um fim de semana mais tumultuado, com quedas e aquelas suas tradicionais salvadas, se mostrou confiante para a corrida.
 
“Sofrendo, nós vamos chegando. Jorge é o favorito”, apontou. “O ritmo dele é melhor, mas não estamos longe. É esse um décimo ou dois que podemos suprir se encontrarmos alguma coisinha”, ponderou.
 
Com 23 pontos de vantagem para Valentino Rossi na tabela do Mundial, Márquez sabe que um erro amanhã pode complicar o panorama do campeonato.
Marc Márquez também figura entre os candidatos (Foto: Repsol)
“Se eu falhar, eles estão lá. Saio com a intenção de encontrar boas sensações e lutar pela vitória. Veremos onde posso chegar”, comentou. “O pódio é factível. Para vencer, as coisas precisam se alinhar. Faz duas corridas, a Honda parecia uma supermoto, mas este é o Mundial. Tem pistas em que você vai melhor e outras em que vai pior. Nós chegaremos em outras onde a Honda será melhor”, garantiu.
 
Companheiro de Lorenzo, Dovizioso aparece para fechar a primeira fila e também sabe que os pneus serão chave na disputa.
 
“Veremos, tudo pode acontecer. O consumo dos pneus é uma interrogação”, disse Dovizioso. “Não acho que exista uma estratégia clara de corrida. Temos de ficar tranquilos e estar preparados para qualquer situação”, ponderou.
 
Além de ter o #99 em conta na briga pela vitória, Andrea sabe que Márquez também não pode ser descartado.
 
“Márquez, como sempre, sairá na frente e tentará. Ele vai tratar de estar conosco e não está longe de que isso seja possível. No ano passado, parecia que ele não tinha ritmo aqui e, no final, estava lá a corrida toda e disputou comigo”, lembrou. “Pode ser uma corrida estranha, que seja decidida no final e na qual não sirva para nada o que aconteceu em 24 das 25 voltas. Ele teve um bom ritmo, mas estava muito no limite em algumas voltas e isso na corrida não será fácil. Mas temos de levá-lo em conta, certamente”, assegurou.
 
Quarto no grid, Maverick Viñales acredita que poderia ter feito mais na classificação, mas fechou o sábado satisfeito, especialmente por conta da performance no quarto treino livre.
 
“Com certeza, eu esperava um pouco mais da classificação, mas, na verdade, estou feliz com o nosso trabalho no quarto treino livre. Eu estava trabalhando no acerto da corrida e ficamos bem perto do topo”, contou. “Acho que amanhã teremos de fazer uma boa largada. No geral, estou feliz. Vamos ver amanhã. Temos de sair com o melhor pneu e forçar”, sublinhou.
 
Companheiro do #25, Rossi ficou só em sétimo, mas, mesmo decepcionado com a classificação, entende que a cenário pode mudar no domingo. 
 
“Eu errei em uma tentativa de volta rápida e parei. Aí, voltei a tentar, mas o pneu deslizava um pouco. Tinha potencial para largar na segunda fila”, lamentou Rossi. “Parece que as Ducati são mais rápidas do que nós, especialmente Lorenzo. É só sábado. Por sorte, tudo pode mudar”, considerou.
 
O #46 avaliou, no entanto, que o #99 pode repetir a receita de Mugello e disparar na ponta sem dar chances à concorrência.
 
“Lorenzo poderia fazer o mesmo que fez em Mugello, porque ele é o mais rápido”, alertou. “Vai ser uma corrida dura para todo mundo. Todos vão sofrer com o pneu dianteiro, então vai ser difícil, mas espero que seja para todo mundo”, torceu.
Andrea Dovizioso também mostrou bom ritmo em Barcelona (Foto: Michelin)
Assim como a dupla da Yamaha, Andrea Iannone também enxerga a Ducati mais forte na Catalunha, alertando inclusive para o desempenho dos pilotos de equipes satélite.
 
“Vai ser uma corrida muito, muito dura, muito difícil, muitíssimo”, disse Iannone. “Na minha opinião, a moto que melhor gerir o consumo de pneus é a que vai ganhar do resto. Este aspecto é muito importante”, comentou. 
 
“Ducati e Honda são as que melhor cuidam. Teremos de estar muito atentos na segunda metade da corrida, porque alguma Ducati satélite pode chegar nos ponteiros. Não podemos descartar ninguém”, salientou.
 
“Não existe nada impossível, mas, neste momento, não estamos em condição de pódio. As Ducati estão em forma, Márquez estará em forma apesar de andar no limite, e a temperatura nos prejudica muito. Se amanhã fizer menos calor, ficarei feliz. Mas, com tanto calor, perco o feeling com os pneus e patina muito. É a mesma coisa para todo mundo, mas nós sofremos mais”, concluiu.

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